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Checklist – Panini com 16 títulos nas bancas em Junho

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paninijunhoSeu bolso não curtiu esse checklist.

Começamos o mês com mais um checklist, como sempre. E nesse mês sem lançamentos da Panini. O mangá de Tiger & Bunny deve ficar para o próximo mês, mas apenas uma suposição, sem confirmação. Enquanto a editora não anuncia mais nada (nossos bolsos agradecem) ela coloca dezesseis mangás nas bancas nesse mês.

Os mensais Dragon Ball, One Piece e Naruto Pocket, muitos bimestrais e um trimestral. Destaque para Monster e 20th Century Boys que realmente começaram a ser publicados “juntos”. Temos também o retorno de Sora no Otoshimono que estava paralisado desde o comecinho do ano. Outra curiosidade é a grande quantidade de títulos da Shounen Jump. Só nesse mês temos Dragon Ball, One Piece, Naruto, Toriko, Reborn e Bleach nas bancas. Praticamente uma filial da Shueisha por essas bandas. Para os fãs de shoujo apenas 2 nesse mês (ainda assim só com um sendo “romance”).

Enfim, chega de papo e vamos ao checklist de Junho da Panini! Não esqueçam de colocar nos comentários as suas compras e suas dúvidas! Para ampliar as fotos basta clicar sobre as capas!

Dragon Ball 14 - PaniniDragon Ball 14

Autor: Akira Toriyama
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal - Concluído com 42 volumes (Distribuição nacional)
Formato: 13,7 x 20 cm, 192 páginas
Preço: R$ 10,90

Olha o Goku crescidinho aí! É hora de se despedir das aventuras do nosso pequeno garoto do rabo de macaco e começarmos a nos acostumar com as batalhas tomando conta de Dragon Ball. Não, ainda não é o começo da saga “Z”, mas a partir daqui você já percebe um pouco da mudança de tonalidade do mangá. O que é um ponto negativo ou positivo dependendo dos olhares de cada um. Pra mim Dragon Ball é bom de qualquer forma, então não vale muito falar a minha opinião.

One Piece 17 - PaniniOne Piece 17

Autor: Eiichiro Oda
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal - Em andamento no Japão com 69 volumes (Distribuição nacional)
Formato: 13,7 x 20 cm, 216 páginas
Preço: R$ 10,90

E lá vamos ao décimo sétimo volume de Um Pedaço. Se você está triste com o pequeno hiato do titio Oda na Jump não precisa se preocupar porque a Panini preparou esse volume especialmente para você (cof cof). No checklist passado me disseram que eu citei alguns spoilers na descrição de One Piece, mas eu realmente não consegui encontrar. Se foi sobre o Chopper… Bem, estava na capa! Mas de qualquer modo tomarei mais atenção para não falar que nesse volume o Luffy morre é ressuscitado pelas esferas do dragão.

One Piece 44 - PaniniOne Piece 44

Autor: Eiichiro Oda
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Bimestral - Em andamento no Japão com 69 volumes (Distribuição nacional)
Formato: 13,7 x 20 cm, 216 páginas
Preço: R$ 10,90

Pra não ficar sem falar de One Piece vamos para essa fucking amazing awesome flawless victory capa do volume 44. Não dá pra deixar de elogiar essa capa porque ela está simplesmente fantástica. Primeiro porque tem a Robin. Segundo porque essa é uma das minhas partes favoritas da série. Sério, a luta de Luffy e Lucci é daquelas que me marcam até hoje, tanto no mangá quanto no anime (e olha que eu nem gosto muito do anime de One Piece). Enfim, estamos quase alcançando o Japão.

Naruto Pocket 37 - PaniniNaruto Pocket 37

Autor: Masashi Kishimoto
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal – Em andamento no Japão com 64 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:11,4 x 17,7 cm, 192 páginas
Preço: R$ 9,50

Ver o Azuma nessa capa de Naruto me faz bater uma nostalgia – que só quem já leu o mangá vai entender. Aproveitem essa versão caprichada de Naruto Pocket se você a coleciona. A qualidade é realmente ótima. E estou dizendo isso porque enquanto escrevia isso peguei a minha edição 37 “normal” e ela enfrentou uma época que alguns mangás da Panini vinham com uma qualidade tão estranha que ao abrir ele fazia um barulho de “estalo”. Aquilo é triste. Mas nessa nova edição não existe nada disso e podem ficar tranquilos com o resultado final.

Toriko 2 - PaniniToriko 2

Autor: Mitsutoshi Shimabukuro
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Bimestral – Em andamento no Japão com 23 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13,7 x 20 cm, 208 páginas
Preço: R$ 10,90

Como eu suspeitava, Toriko parece ter dividido o público. Alguns leram e adoraram o que viram. Outros leram e não conseguiram digerir (sem piadinhas com o roteiro) a história. Outros nem leram mas mesmo assim continuam com o “preconceito” bobo sobre a obra. Eu acho muito engraçado alguém falar que o mangá X ou Y deveria receber mais atenção quando ela mesma não se dá espaço para descobrir coisas novas. Toriko não é “só” um battle shounen comum. Tem elementos, como qualquer um dentro da Jump, mas também tem seu carisma próprio. Basta você querer descobrir.

Reborn 3 - PaniniTutor Hitman Reborn! 3

Autor: Akira Amano
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Bimestral – Concluído no Japão com 42 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13,7 x 20 cm, 192 páginas
Preço: R$ 10,90

O carinho do público brasileiro com Reborn parece cada vez mais claro com o lançamento do mangá por aqui. Sinceramente não achei que teríamos uma recepção tão boa como estamos vendo. Ainda bem. Reborn foi durante muito tempo um dos meus queridinhos na Jump, com direito a site especializado e tudo mais. Como não custa lembrar, caso a recepção de Reborn seja realmente boa a Panini estuda a possibilidade de tornar o título mensal nas nossas bancas! Portanto se você é fã, não deixe de apoiar a causa!

20th Century Boys 05 - Panini20th Century Boys 5

Autor: Naoki Urasawa
Demografia: Seinen (Big Comic Spirits)
Periodicidade: Bimestral – Concluído no Japão com 22 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13,7 x 20 cm, 216 páginas
Preço: R$ 10,90

E a Panini ficou doida da cabeça e resolveu que agora 20th Century Boys e Monster vão sair juntos no mesmo mês. Pra gente quanto mais melhor, mas agora não tem nada pra preencher o espaço de um mês e outro do titio Urasawa. Bem, chegamos ao quinto volume de Garotos do Século 20 com mais uma capa muito criativa. De verdade, adoro essa coisa que a Panini faz com o layout das capas desse mangá. Muito superior a versão original, de longe. Talvez a americana ainda seja mais bonita pela uniformidade, mas a nossa é muito válida na prateleira.

Monster 7 - PaniniMonster 7

Autor: Naoki Urasawa
Demografia: Seinen (Big Comic Original)
Periodicidade: Bimestral – Concluído no Japão com 18 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13,7 x 20 cm, 216 páginas
Preço: R$ 10,90

Vocês já conseguiram imaginar que estão lendo um roteiro de uma série da HBO? Esse mangá é um orgulho. Não é o meu favorito do Urasawa (no caso meu favorito é Pluto) mas com certeza é o que eu acho o melhor. E saber que isso será adaptado para uma série de TV fiel me faz pensar como nós temos sorte de algumas pessoas entenderem que existem mangás que são voltados para todos os tipos de públicos. Não perca tempo. Comece hoje mesmo a sua coleção e não deixe de ter essa obra prima nas suas mãos. Monster é demais.

Air Gear 17 - PaniniAir Gear 17

Autor: Oh! Great
Demografia: Shounen (Shounen Magazine)
Periodicidade: Bimestral – Concluído no Japão com 37 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13,7 x 20 cm, 208 páginas
Preço: R$ 11,90

Air Gear vai seguindo sua vida tranquilamente, ao menos por enquanto. Volume 17 esse mês, quase encerrando a primeira metade do mangá. Algumas pessoas pedem para Air Gear voltar a ser mensal e realmente seria interessante pela quantidade de volumes da série… Mas acho que muitas pessoas que pedem não comprariam o mangá nessa periodicidade e eu nem gosto de imaginar o que aconteceria em um caso assim.  Que a sombra do cancelamento passe longe de todos os títulos que temos no Brasil, de uma editora ou de outra. Ah, e essas capas de Air Gear continuam com o selo de qualidade Oh! Great, como sempre.

Bleach 53 - PaniniBleach 53

Autor: Tite Kubo
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Bimestral – Em andamento no Japão com 58 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13,7 x 20 cm, 216 páginas
Preço: R$ 10,90

Olhei pra esse logotipo amarelo de Bleach e quase fiquei cego. Eu adoro essa capa – como grande maioria das capas da série – mas esse amarelo tá tão “TÃO” que o mangá deveria vir acompanhado com um óculos escuro para a observar melhor. Enfim, a saga dos Fullbringers continua e Bleach está encostando no Japão mais uma vez. Faltam só 5 volumes para chegarmos lá. Ano que vem já teremos tudo em dia com os olhinhos rasgados, provavelmente. Bom para os colecionadores que economizarão uma graninha com a periodicidade maior do mangá.

Black Butler 6 - PaniniBlack Butler 6

Autor: Yana Taboso
Demografia: Shounen (GFantasy)
Periodicidade: Bimestral – Em andamento no Japão com 16 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13,7 x 20 cm, 176 páginas
Preço: R$ 10,90

Ver uma capa de Black Kuro Butler Shitsuji sem o nosso amado mordomo Sebastian é tão estranho. Mas enfim, depois de 5 edições com ele tomando conta das estampas agora temos a presença do pequeno chatinho Ciel (eu nem odeio ele, mas de vez em quando esse moleque merece uns tapas, por favor). A tendência daqui pra frente é a variação dos “modelos”. E sobre o volume anterior, eu adorei o desfecho daquele arco da culinária. Acho que não consegui parar de rir ao acompanhar. Espero que os personagens apareçam mais vezes.

Triage X 2 - PaniniTriage-X 2

Autor: Shouji Sato
Demografia: Shounen (Dragon Age)
Periodicidade: Trimestral – Em andamento no Japão com 6 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13 x 18 cm, 168 páginas
Preço: R$ 10,90

Segundo volume de Triage X, o Highschool of the Dead sem zumbis e com mais peitos (brincadeirinha). Depois de um primeiro volume sem muito alarde, Triage X vem embalado no lançamento da edição colorida de HOTD no mês anterior. Acredito que o fato de ser do mesmo autor nesse caso pode chamar muito a atenção dos compradores e pervas de plantão. Isso sem falar nessa capa que… deixa pra lá. Vale lembrar que o mangá é um lançamento trimestral, portanto agora só em Setembro.

Sora no Otoshimono - PaniniSora no Otoshimono 10

Autor: Suu Minazuki
Demografia: Shounen (Shounen A)
Periodicidade: Bimestral – Em andamento no Japão com 17 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13 x 18 cm, 200 páginas
Preço: R$ 10,90

Depois de alguns meses de pausa por problemas de cronograma, a Panini retoma com Sora no Otoshimono em sua décima edição em uma capa digna de Sora no Otoshimono. Ao mesmo tempo que a pausa foi “ruim” agora temos uma distância considerável para o Japão para alcançarmos a obra. Portanto os leitores podem ficar mais tranquilos. Será que a Panini pretende investir em mais títulos desse estilo? Seria interessante saber qual o retorno de Sora no Otoshimono para a editora. E público aparentemente nós temos.

MaidSama - PaniniMaid-Sama 13

Autor: Hiro Fujiwara
Demografia: Shoujo (LaLa)
Periodicidade: Bimestral – Em andamento no Japão com 16 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:11,4 x 17,7 cm, 192 páginas
Preço: R$ 10,50

Mais de dois anos de Maid-Sama em nossas bancas. Outro que realmente não parece. Enfim, chegamos ao décimo terceiro volume de um dos meus shoujos favoritos atuais. O mangá é outro que vai se encaminhando para a reta final no Japão e logo encontraremos com eles por aqui também – se bobear ainda esse ano. Apesar da série ter alguns pontos que me cansam eu ainda gosto muito de como a história é desenvolvida. Sem falar que a autora não parece querer inventar muita coisa e vai acabar no “ponto certo”. Torçamos para que isso realmente se concretize.

Karin 11 - PaniniKarin 11

Autor: Yuna Kagesaki
Demografia: Shounen (Dragon Age)
Periodicidade: Bimestral – Concluído no Japão com 14 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13 x 18 cm, 168 páginas
Preço: R$ 10,90

Quando a Beth mostrou essa capa de Karin eu achei que fosse de outro mangá. Nem parece da série. Além de uma capa muito bonita, por um instante me lembrou o outro mangá da autora (AiON). Bem, Karin já vai se encaminhando para seus volumes finais e de acordo com as pessoas que acompanham a série vai tomando um tom bem diferente do esperado de quando começou. Um dia mato a curiosidade pra ver qual o caminho que a mangaká optou aqui. Gosto dela em AiON e por isso merece um crédito.

07 Ghost 12 - Panini07-Ghost 12

Autor: Yuki Amemiya e Yukino Ichihara
Demografia: Shoujo (Comic Zero-Sum)
Periodicidade: Bimestral – Em andamento no Japão com 16 volumes (Distribuição setorizada)
Formato:13 x 18 cm, 184 páginas
Preço: R$ 10,90

Essa capa de 07-Ghost é puro, puro e puro amor. E nem ligo se sou suspeito pra falar por gostar do mangá. Bem, vamos ver se conseguimos mais leitores: Alguém aí está acompanhando o anime de Karneval? 07-Ghost é publicado na mesma revista de Karneval, Amatsuki (que também já teve anime), Are You Alice e outras obras muito bacanas que dificilmente você veria em outra revista (talvez na GFantasy ou na Asuka, no máximo). Você que gosta dessas obras com certeza vai adorar o clima de 07-Ghost. É um história que consegue te prender bastante com o decorrer da mesma.



Mangá de Soul Eater chega ao fim em Agosto no Japão

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souleaterfimTudo acabando.

Mais um mangá se despedindo agora em 2013. Soul Eater chegará ao fim na edição de setembro (que sai em agosto) da Shounen GanGan, confirmado pelo próprio autor no último capítulo na revista. Restam assim apenas 3 capítulos para o fim da série que deverá ter no total cerca de 25 volumes encadernados.

Publicado na revista Shounen GanGan, tendo seus capítulos sendo lançados mensalmente, Soul Eater conta atualmente com 23 volumes no total. Para quem não assimilou o nome, essa é a mesma revista onde o sucesso Fullmetal Alchemist foi publicado. Soul Eater é uma criação de Atsuhi Ohkubo e é lançado desde 2003, tendo ganhado um anime de 51 episódios que alavancou o sucesso do mangá em 2008, nas mãos do estúdio Bones. A série ainda ganhou um spinoff – Soul Eater Not! – atualmente com 2 volumes encadernados e também lançado mensalmente ao lado do mangá principal. No Brasil, Soul Eater é publicado pela editora JBC desde Julho de 2012 e conta atualmente com 10 volumes lançados – sendo o 11º previsto para esse mês.

Se você não conhece Soul Eater, confira o nosso review do primeiro volume do mangá.

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via Manga-News


Checklist – A volta de Death Note é o destaque da JBC em Junho

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jbcheaderJBC manda 12 títulos para as bancas nesse mês.

Calma galera. A espera acabou. O checklist da JBC está no ar! Alguns imprevistos acabaram fazendo com que esse atrasasse um pouquinho mas ninguém morreu por isso, portanto podem ficar tranquilos! Mas enfim, chegamos ao sexto mês do ano com a JBC mantendo a ideia de um lançamento por mês. Agora em Junho chega a vez de Death Note Black Edition chegar nas livrarias do Brasil. Essa com certeza é uma das maiores apostas da editora para o ano. A JBC também tem a retomada de Rosario + Vampire II e o último volume disponível de Hunter x Hunter no Japão por enquanto. Já RG Veda chega ao seu antepenúltimo volume. Enquanto isso, o fim de Soul Eater confirma mais um título da editora que tem “data programada” para terminar.

No próximo mês a JBC deverá ter em mãos os lançamentos de Genshiken e com menor probabilidade de King of Thorn. Mesmo assim, se considerarmos o lançamento apenas de Genshiken, a editora ficará com somente 10 títulos em banca mensalmente. Ao menos os reforços para o segundo semestre devem chegar e serem anunciados em breve.

Mas agora chega de papo e vamos ao checklist comentado JBC de Junho!

DN Black Edition_Cover.inddDeath Note Black Edition 1

Autor: Tsugumi Ohba e Takeshi Obata
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal - Concluído no Japão com 6 volumes (Distribuição em Livrarias)
Formato: ?? x ?? cm, 400 páginas
Preço: R$ 39,00

Light, L, Ryuuk e toda a cambada de Death Note está de volta nessa edição especial do mangá que surgiu nos Estados Unidos e que foi “adotada” por diversos países pelo mundo. A versão Black Edition conta com “2 volumes em 1″ e reúne as páginas coloridas publicadas na Shounen Jump, um material diferenciado, extras e pode ser resumida em um verdadeiro mimo para os fãs da saga de Takeshi Obata e Tsugumi Ohba. Vale lembrar que a JBC lançará o produto somente em livrarias, e apesar da periodicidade mensal o título estará disponível sempre nas prateleiras delas para vocês. Vão encarar?

HXH32_Capa.inddHunter x Hunter 32

Autor: Yoshihiro Togashi
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal - Em andamento no Japão com 32 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 13,5 x 20,5 cm, 192 páginas
Preço: R$ 11,90

E lá vamos nós com mais uma pausa em Hunter x Hunter. A JBC traz agora no mês de Junho o volume 32 da série, último disponível por lá. Agora dependemos da boa vontade do titio Togashi para voltar a fazer a sua série de uma vez na Jump e parar com seus games. Vamos todos dar as mãos e torcer para que nessa E3 não anunciem nada que ele se empolgue muito. Sei lá, imagina se anunciam um Dragon Quest para o Playstation 4? Aí eu acabo com todas as minhas esperanças de ler essa coisa até o final.

FairyTail31Capa.inddFairy Tail 31

Autor: Hiro Mashima
Demografia: Shounen (Shounen Magazine)
Periodicidade: Mensal - Em andamento no Japão com 37 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 13,5 x 20,5 cm, 192 páginas
Preço: R$ 11,90

Volume 31 de Fairy Tail, mangá que marca o começo “pós-timeskip” que aconteceu no último volume. Não vou contar detalhes para aqueles que não leram ainda, mas é aqui que a história começa a se encaminhar para um “rumo” que foi elogiado por uns e criticados por outros. Eu acompanho o mangá com o Japão atualmente e tudo leva a crer que a obra não vai durar muitos volumes mais. Vamos ver o que titio Mashima nos prepara de agora em diante. De qualquer modo, Fairy Tail continua sendo um dos mangás que eu mais me divirto durante a leitura.

Kenshin08_Capa.inddRurouni Kenshin 8

Autor: Nobuhiro Watsuki
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal - Concluído no Japão com 28 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 13,5 x 20,5 cm, 192 páginas
Preço: R$ 13,90

Oitavo volume de Rurouni Kenshin? Mas já? Esse negócio tá indo rápido demais. Enquanto o novo mangá do retalhador acabou de terminar no Japão na revista Square, no Brasil estamos nos deliciando com um dos mais belos e bem feitos arcos de um mangá que eu já tive o prazer de ler. A saga de Shishio é simplesmente maravilhosa, até difícil de explicar. Não deixem de acompanhar Kenshin pois tenho certeza que cada centavo investido será compensado a cada página da sua leitura. Esse com certeza é um dos mangás recomendados para todo o sempre e amém.

Mirai_5_Capa.inddDiário do Futuro 5

Autor: Sakae Esuno
Demografia: Shounen (Shounen Ace)
Periodicidade: Mensal - Concluído no Japão com 12 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 13,5 x 20,5 cm, 204 páginas
Preço: R$ 13,90

E Mirai Diário do Nikki Futuro chega ao seu quinto volume, quase na metade da coleção da editora. E até o momento parece vir correspondendo nas bancas o sucesso da série na internet. Mirai Nikki realmente é um mangá que “viaja” em muitos momentos, mas inegavelmente apanha um público carente desse tipo de histórias por aqui. Vamos torcer para que com o sucesso do Diário do Futuro a JBC pense em trazer os outros spinoffs da série que saíram por lá. Lembrando que atualmente uma nova série está sendo lançada no Japão chamada de Mirai Nikki Redial.

Nura09_Capa.inddNura 9

Autor: Hiroshi Shiibashi
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal - Concluído no Japão com 25 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 13,5 x 20,5 cm, 192 páginas
Preço: R$ 11,90

Essas capas de Nura são tão perfeitas que dá até raiva de não ter dinheiro pra colecionar esse mangá só por causa delas. É daquelas que você chega na banca e compra só pelo amor a primeira vista. Sou desses que compra livros pela capa, podem me julgar. Enfim, Nurarihyon no Mago chega ao seu segundo terço da coleção e é mais um dos muitos títulos da Shounen Jump publicados aqui no Brasil. Pararam pra perceber como tem coisa deles por aqui ultimamente? Se juntarmos as duas editoras nacionais dá pra abrir quase uma filial da Shueisha. Fico pensando se um dia uma “VIZ” da vida resolve invadir o mercado brasileiro…

Love_Hina_03_Capa.inddLove Hina 3

Autor: Ken Akamatsu
Demografia: Shounen (Shounen Magazine)
Periodicidade: Mensal - Concluído no Japão com 14 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 13,5 x 20,5 cm, 192 páginas
Preço: R$ 14,50

E então meus amigos? O que estão achando da nova versão de Love Hina da JBC? Depois de dois volumes já dá pra ter alguma ideia do trabalho da editora e das impressões de quem nunca acompanhou a história. E realmente, tudo passa muito rápido. Foram 3 volumes já. Esse ano tá voando ou sei lá o que tá acontecendo. Agora sobre a capa: é fato que essa fonte deixou a capa mais elegante. Deu um outro toque para o mangá. No primeiro momento não aparenta tanto, mas quando você trabalha e se envolve tanto com design esse tipo de coisa faz você dar aquele sorrisinho de “tá bonita essa criança”.

SoulEater11_Capa.inddSoul Eater 11

Autor: Atsuhi Ohkubo
Demografia: Shounen (Shounen GanGan)
Periodicidade: Mensal - Em andamento no Japão com 23 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 12 x 18 cm, 192 páginas
Preço: R$ 10,90

Essa capa de Soul Eater tá tão estilosa que dá vontade de voltar a comprar o mangá antes do esperado só pra ter ela na prateleira. Eu adoro Soul Eater, e saber que o mangá está prestes a ser encerrado no Japão me deixa ainda mais contente. Com a previsão de 25 volumes encadernados, a JBC tem ainda mais de um ano com o título em mãos, tempo suficiente pra trabalhar com calma e até lá pensar em um substituto a altura do “mangá mais cool”, como o nosso tio Cassius Medauar trata o seu filhote aqui. Realmente, Soul Eater tem um toque de “descolado” que não se vê todos os dias.

rgveda08_capa.inddRG Veda 8

Autor: CLAMP
Demografia: Shoujo (Shinshokan Wings)
Periodicidade: Mensal - Concluído no Japão com 10 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 12 x 18 cm, 192 páginas
Preço: R$ 10,90

Se no mês passado eu não curti muito a capa de RG Veda, agora não há muito o que falar. A capa está novamente sensacional com um balanço de artes e cores incrível. Como dito lá no começo, o único shoujo restante da editora JBC chegará ao fim em agosto. Será que alguma coisa vem para substituir o mangá? Uma nova edição de Chobits? Outro shoujo diferente do que conhecemos? Dificilmente será algo do CLAMP de novo (lembrando que Gate 7 está com outra editora) caso não seja um relançamento. Vamos aguardar e esperar pelas novidades.

RosarioII 12 Capa.inddRosario + Vampire II 12

Autor: Akihisa Ikeda
Demografia: Shounen (Jump Square)
Periodicidade: Mensal - Em andamento no Japão com 12 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 13,5 x 20,5 cm, 192 páginas
Preço: R$ 11,90

Rosario + Vampire está de volta com suas belas capas. Ou melhor, a sua bela capa. O mangá está novamente em dia com o Japão, portanto demoraremos alguns meses para ter um volume novo por essas bandas. Enquanto isso, os fãs vão se contentando com a agilidade da editora em trazer o mangá assim que é lançado no Japão. Nesse quesito a JBC dá de 10 a 0 em qualquer outra editora no Brasil, principalmente a sua principal concorrente. Com esse volume, a série Rosario + Vampire chega ao total de 22 volumes lançados em nosso Brasil, lembrando que a primeira fase da série conta justamente com 10 volumes.

CDZ17_Capa.inddSaint Seiya 17

Autor: Masami Kurumada
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal - Concluído no Japão com 28 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 13,5 x 20,5 cm, 192 páginas
Preço: R$ 11,90

Volume 17 de Cavaleiros se encaminhando para o final da saga de Poseidon. Em breve teremos o começo da aguardada saga de Hades. Aqui vai um comentário especial: um leitor disse que eu “falava muito mal” de Cavaleiros nos checklists. Sempre deixei claro em todos os lugares que gosto de Cavaleiros, que fez parte da minha infância e que acho uma série super “porradaria divertida”. Mas nunca deixei de falar que é fraca e que se salva muitas vezes pelo fator nostalgia. Não estou mentindo. Tanto que insisto em dizer que Lost Canvas e a saga G são imensamente superiores em roteiro. As pessoas devem aprender a gostar das coisas mas entenderem que nem tudo é perfeito do jeito que acham. E nem sempre uma crítica é uma ofensa para uma série.

Freezing12Capa.inddFreezing 12

Autor: Lim Dall-Young e Kim Kwang-Hyun
Demografia: Seinen (Comic Valkyrie)
Periodicidade: Mensal - Em andamento no Japão com 19 volumes (Distribuição setorizada)
Formato: 13,5 x 20,5 cm, 192 páginas
Preço: R$ 12,90

Um ano de Freezing! Bem, tirando algumas pausas do mangá, mas é praticamente um ano de Freezing! O mangá parece ter conquistado muitos leitores nesse período mesmo se tratando apenas de uma aposta da editora. Atualmente com 19 volumes no Japão, uma porrada de spinoffs e um novo anime a caminho, a série conseguiu seu espacinho por aqui no mercado nacional. Ao seu favor? O belo traço, as porradas e os pervas de plantão querendo as páginas coloridas com as garotas de pernas e outras coisas de fora.


Evento da editora JBC acontecerá amanhã em São Paulo

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henshinEvento anual da editora tem o nome de Henshin+.

Amanhã acontece em São Paulo o Henshin+, nome dado pela editora JBC para o evento anual planejado para um encontro com o público, imprensa e etc. O primeiro foi realizado no ano passado na FNAC da Avenida Paulista servindo como a apresentação de Cassius Medauar e de algumas explicações sobre a editora na época. Um ano se passou, muita coisa se passou e agora a JBC prepara um evento maior, com palestras com profissionais e a promessa de anúncios que serão “bombas” dentro do mercado nacional. Além disso, o evento – que agora será na livraria Cultura do Shopping Bourbon – terá uma parceria com o local e venderá mangás da editora em um preço mais em conta. Uma boa oportunidade para os que querem completar ou começar coleções.

blackeditionO fato é que no evento de amanhã a maior espera do público é sobre o lançamento de Death Note Black Edition (para ver o resultado do material em mãos, o tratamento da editora e etc.) e também sobre o anúncio de novos títulos – ou mesmo um relançamento de Yu Yu Hakusho, título realmente preferido pelos fãs do novo formato. Como estamos falando há algum tempo, a JBC vem perdendo muitos títulos mensais em seguida (atualmente são pouco mais de 10 mangás para bancas) e não sabemos se isso é algo bom ou não do ponto de vista da editora, tendo em mente que a concorrente apresenta uma variedade maior. É fato que deveremos ter o anúncio de algum título de impacto para bater de frente com a recente “invasão” de Shounen Jump do outro lado (Beelzebub, Toriko e principalmente Reborn). Acredito que a estrategia até então de buscar o que há “por fora” é válida – como por exemplo o lançamento de Genshiken – mas algum medalhão para segurar as contas é necessário.

Também é fato que a JBC melhorou muito nesse “ano de equipe Medauar”. Como ele mesmo disse em sua página pessoal do Facebook, o crescimento é de todo o time da editora que parece ter abraçado a ideia de melhorar o estado da mesma no cenário nacional. Acho uma bela iniciativa essa proximidade com o público e a maior transparência com relação aos seus trabalhos. No último vídeo da editora, por exemplo, a JBC usa um humor e suspense muito válido para mostrar a “surpresa” da edição de Death Note, por exemplo. São coisas assim que, como disseram em uma rede social, fazem você perceber que as pessoas aprenderam a “ter amor pelo que fazem”.

Infelizmente a equipe do Chuva de Nanquim não poderá marcar presença amanhã no evento, mas manteremos vocês informados via site, Twitter e Facebook durante o fim de semana. Por isso, fiquem de olho e não deixem de comparecer se tiverem a oportunidade.

henshin+Henshin+

Cidade: São Paulo /SP
Data e Hora: Sábado, 08 de junho, das 11h00 ás 14h00
Loja: Livraria Cultura – Pompéia (Shopping Bourbon)
Local: Auditório Cultura
Lotação: 125 lugares

Programação:

– 10h45 – Abertura do auditório
– 11h00 – Inicio do Evento – 11h00
– 11h10 – Palestra – O Retorno dos Combo Rangers
– 12h00 – Palestra – O momento do quadrinho nacional
– 13h00 – Palestra – EDITORA JBC
– 14h00 – Encerramento


JBC lançará o mangá de Ao no Exorcist

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O capeta azul invadirá as nossas bancas em breve.



A editora JBC anunciou a publicação do mangá Ao no Exorcist no Brasil. No Brasil o mangá deverá se chamar Blue Exorcist, mesmo título adotado nos Estados Unidos e no exterior (e que é a tradução de “Ao no”, lembrem-se).

Ao no Exorcist é um dos mangás mais esperados no Brasil desde a exibição de seu anime em 2011. Sucesso absoluto no Japão, sendo o título mais vendido atualmente da linha Square, Blue Exorcist tem atualmente 10 volumes publicados e é de autoria de Kazue Kato. O mangá é publicado desde 2009 na Square e ganhou um anime de 25 episódios – que modificou totalmente seu enredo a partir da segunda metade, vale dizer. O título chega para ser um dos principais mangás da JBC nessa nova fase. Vale lembrar que no original, o mangá um “mini-pôster” em todas as edições – mais ou menos como vemos por aqui em D.Gray-Man da Panini, além de alguns mimos comuns em mangás da Square (menos em Claymore, por algum motivo desconhecido da natureza). Vamos torcer para que a JBC mantenha isso por aqui, o que é bem provável já que vem sendo o tratamento padrão da editora por enquanto.

A história gira em torno de Rin, um garoto que é criado por um padre e que um dia descobre que na verdade se trata do filho do demônio, e que seu pai deseja que o garoto vá com ele para o Gehenna (o inferno) para começar a missão de dominar os seres humanos. Rin possui um grande poder que é despertado  quando desembainha uma espada e que é capaz de derrotar qualquer um que cruze seu caminho. Porém o garoto se nega a servir seu verdadeiro pai e seguirá o mesmo caminho daquele que o criou: tentará se tornar um exorcista para acabar com o demônio.

Em breve mais informações como formato, preço e outras especificações técnicas do mangá.


JBC lançará o mangá de Sailor Moon

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sailormoonmangaEsse mangá vai castigar você, em nome da lua!



A editora JBC acaba de anunciar que nos próximos meses lançará o aguardado mangá de Sailor Moon! Depois de anos de “batalhas” com a titia Naoko Takeuchi, finalmente teremos a oportunidade de ter o mahou shoujo por aqui. Sailor Moon é um mangá lançado no Japão em 1992 na revista shoujo Nakayoshi, sendo concluído com 18 volumes encadernados no total e se tornando uma das séries mais consagradas do gênero. O mangá viveu “tempos difíceis” pois a autora não permitia a publicação da obra em outros países, mas nos últimos anos isso parece ter mudado e diversos lugares começaram a publicar a série pelo mundo. No Brasil a série ficou conhecida pelo anime – que por sinal é totalmente diferente do mangá.

Pretty Guardian Sailor Moon 01Sailor Moon conta a história de Usagi Tsukino, uma estudante totalmente atrapalhada que um dia encontra uma gata chamada Luna que diz à ela que a garota é a guerreira lunar, a Sailor Moon. Usagi tem a missão de combater demônios e o mal da terra em nome do poder da Lua e da Princesa da Lua, a qual ela “herda” os poderes necessários para cumprir sua missão. Ela não estará sozinha e encontrará outras Sailors que a ajudarão a manter a paz na terra e não deixar que o mal ganhe em nenhuma hipótese.

Em breve teremos mais detalhes da edição. Aguardem.


Mangá de Sket Dance chega ao fim na Shounen Jump

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sketdanceMangá terá 32 volumes ao todo.

O que já era esperado aconteceu de verdade. Sket Dance chegará ao fim nas próximas semanas na revista Shounen Jump, entre a primeira ou segunda semana de Julho, provavelmente na edição 31 ou 32. O autor confirmou que o volume 32 será o último da série, que atualmente se encontra no volume 31 no Japão. O mangá de comédia de Shinohara Kenta começou a ser publicado na revista em 2007 e ganhou um anime de 77 episódios entre 2011 e 2012 pelo estúdio Tatsunoko e com a mesma equipe de produção de Gintama. O anime cobriu cerca de 19 volumes do mangá. O mangá ganhou em 2009 o Shogakukan Manga Award como o melhor shounen manga daquele ano, o maior reconhecimento possível da obra.

sketSket Dance começa nos apresentando 3 jovens inusitados: o energético, tapado e prestativo Bossun (Fujisaki Yuusuke), a esquentada e poderosa Himeko (Onizuka Hime) e o estranho nerd que fala através de um computador Switch (Usui Kazuyoshi). Os três fazem parte de um clube diferente dentro de sua escola, o Sket-Dan, responsável por auxiliar as pessoas das mais diversas maneiras tendo como único objetivo resolver seus problemas, sejam eles quais forem. Apesar da temática simples, o clube enfrentará os olhares diferentes de outros clubes do colégio gerando os seus próprios conflitos e problemas com novos personagens no decorrer do tempo, surgindo assim os tais rivais da série. Claro que tudo envolvendo o bom humor dos personagens, suas atitudes bizarras (como o Switch saber de toda a vida de alguns, Himeko sair distribuindo porrada em todos e o Bossun resolvendo tudo na base de suas meditações mágicas) e situações que com certeza fazem Sket Dance um mangá que deixará uma boa lembrança na revista.

via Manga-News


Editora Globo Livros lançará o livro de ‘Battle Royale’ no Brasil

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battleLivro que supostamente inspirou “Jogos Vorazes” chega ao Brasil em 2014.

Depois de ter seu mangá lançado completo pela editora Conrad e até mesmo seu primeiro filme Live Action lançado no mercado nacional, finalmente teremos a chance de possuir a origem de tudo. ‘Battle Royale’, livro de Koushun Takami, será lançado no Brasil em 2014 pela editora Globo Livros. O lançamento é a maior aposta da editora para o mercado infanto juvenil em um novo segmento da mesma e virá no próximo ano como carro chefe dessa estratégia de público alvo. O livro foi lançado no Japão em 1999 e no origina possui 666 páginas. Nos Estados Unidos a obra foi publicada em 2003.

Battle Royale apresenta uma distopia formada por uma sociedade alternativa do Japão em que o controle da população é o principal objetivo do governo. Para isso eles se utilizam de um modo “pouco humano”: matar. Uma classe colegial é selecionada para uma espécie de “big brother” e são abandonados em uma ilha com o objetivo de sobreviver. Do que? Deles mesmos. O objetivo do jogo é um matar ao próximo, sendo o vencedor aquele que sobreviver aos jogos. Battle Royale ficou ainda mais comentado nos últimos anos com a suposta inspiração da autora Suzanne Collins em seu livro “Jogos Vorazes”, blockbuster e responsável por um sucesso cinematográfico.

Eis uma ótima notícia para os fãs da série e para o mercado nacional. Um livro tão cultuado pelo mundo merece esse lançamento.

Via Globo Livros
Agradecimentos ao meu amigo @shaqit pela notícia.



Table of Contents – Edição 28/2013

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headeropRetorno de One Piece e capítulos finais de Sket Dance!

Isso mesmo, mais um mangá da Jump estará se despedindo em breve da revista. Vamos lá acompanhar mais uma ToC da Jump!

Para saber qual capítulo foi rankeado, subtraia o número do capítulo atual por 7. Abaixo você verá na tabela as séries, suas posições e os capítulos que foram rankeados.

tocOne Piece retorna após duas semanas ausente devido ao estado de saúde do mangaká Eiichiro Oda. Como se nada tivesse acontecido, a Jump já pediu que no capítulo de retorno tivesse uma página dupla colorida, só pra dificultar mais o trabalho do pobre autor. Além da página colorida, o mangá estampou a capa da revista nessa semana.

CapaE vamos partir para o ranking da ToC, começando com Kuroko no Basket em primeiro lugar! Já não é nenhuma surpresa, tendo visto as boas posições que recebe desde a estreia do anime. É Toriko que pega o segundo lugar, após algumas semanas sendo rebaixado por outros mangás novatos que buscam rapidamente pela fama. A outra página colorida da edição foi para Assassination Classroom, outro que pega ótimas posições e desde quando começou na revista, prestes a completar um ano sem cair fora do Top 5. Em terceiro, temos Naruto, o que também não é nenhuma surpresa. Logo abaixo temos Smoky B.B., ainda em seu terceiro capítulo, e por isso não conta como rankeado.

Shokugeki no Souma foi contemplado com página colorida, e é o mais recente mangá da revista que anda subindo, aos poucos, o patamar da fama. O mangá já tem uma ótima base de fãs e parece não correr risco algum de cancelamento. Mutou Black é outro que ainda não está sendo rankeado, então pulemos para Nisekoi, que recentemente teve o anúncio do seu anime que poderá estrear até o final do ano. O que ainda preocupa é a pequena quantidade de capítulos que o mangá deve ter até lá, por isso não esperam um anime longo. 

CP3 - NigashiyaSoul Catcher(S) faz parte da última rodada de estreias na revista, e também não conta no ranking da ToC, mas está a poucas semanas de fazer parte disso. Fechando o Top 5, temos PSI Kusuo Saiki.

A última página colorida da edição vai para o oneshot Nigashiya, de um autor novato chamado Yoshimichi Okamoto. Á primeira vista, achei que pertencia ao autor de Nurarihyon no Mago, o que me leva a crer que o autor desse oneshot já foi assistente de tal mangaká. Dessa vez não tive a oportunidade de dar uma conferida, mas só a arte dessa página colorida já ganhou alguns pontos comigo. Gintama consegue mais uma pequena subida nos rankings, mas ainda permanece junto com Haikyu!! nessa zona baixa, mas é devido ao fato de 3 mangás da revista não estarem rankeados. World Trigger caiu de 3º lugar para 8º lugar, o que desanimou muitas pessoas que achavam que o mangá ficaria lá em cima por um bom tempo. Pelo menos não está sendo um Beelzebub, que apesar de estar em um arco que muitas pessoas vem comentando super bem, não consegue melhores rankings já há algum tempo.

CP2 - ShokugekiAgora é a hora do fundão. Como dito semana passada, Sket Dance vai começar a ocupar essas posições baixas devido ao seu fim que estava próximo, e dessa vez foi confirmado: O mangá vai acabar dentre 4 semanas. No último volume lançado, de número 31, há uma nota na página final dizendo que o volume 32 será o último do mangá. Como faltam apenas 4 capítulos para completar o volume 32, o mangá pode acabar na edição 31 ou 32 da Shonen Jump. Pelo menos não foi cancelado, e sim um fim natural, terminando a obra do jeito certo.

Bleach cai feio e vem ocupar o fundão da revista depois de um longo tempo. Kochikame está logo depois, e no final temos os dois mangás que serão cancelados na próxima rodada: Cross Manage e Koisuru Edison. Mesmo se algum dos novos mangás cair feio, acredito que os dois citados acima já não tem mais nenhuma chance de sobrevivência. De um lado temos o odiado Koisuru Edison, e do outro temos Cross Manage, aquele mangá simpático que não é odiado por ninguém, mas a falta de popularidade está levando a sua morte.

Cross Manage em penúltimo e Koisuru Edison em último. Serão esses os próximos cancelados? Até lá muita coisa pode acontecer e algum novato pode cair pra proteger alguma série… Mas quem será esse azarado, hein?!

E na próxima edição, Issue #29 de 2013, temos:

- Capa e páginas coloridas para Toriko;

- Página colorida para Haikyu!!.

por LucasSeinen


Semanada – One Piece #710: To Green Bit

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headerEstamos de volta!

Então, o Oda parece ter se recuperado de sua doença e com isso, tivemos capítulo novo essa semana! Vamos torcer que não ocorram problemas de novo… Teve uma capa e um colorspread pra comemorar a volta, ambos bem bonitos, como sempre. Mas não tem muito o que comentar além disso, então…

2One Piece #710

To Green Bit

O capítulo começa mostrando o que está acontecendo logo após o final do Bloco B. Bellamy mostra surpresa pelo Luffy ter torcido para ele, e ainda mostra surpresa com a força do haki do Mugiwara. Como ele conseguiu descobrir o nível do haki do Luffy que eu não se direito, mas enfim… E um quadrinho no final dessa página mostra Bartolomeo, surpreso ao ouvir a menção ao nome “mugiwara”. Aeee, mais uma coisa pro plot! Eu já perdi a conta de quantas coisas vão ter que ser resolvidas ainda, espero que o Oda não tenha.

E depois disso, o capítulo inteiro mostrou o caminho do “Grupo de devolução do Caesar” até Green Bit (É, sem flashback de Dressrosa por enquanto), o que deixou essa página um pouco ‘jogada’ em comparação ao resto. Parece que foi só pro Oda poder jogar logo essa conversa e esse “mistério” do Bartolomeo de uma vez.

1E bem, prosseguindo, vemos o grupo atravessando a ponte que leva a Green Bit, e sendo atacados por aqueles peixes gigantes que tinham sido mencionados (Detalhe que são como os  que ficavam circundando a arena do torneio, só que bem maiores. E o Oda aproveitou essa situação para mostrar um pouquinho dos golpes do Usopp e da Robin (finalmente!), que foram até bem legais. Mas os peixes eram muitos, então o Law permite que o Caesar comece a lutar, dizendo que ele não se arriscaria a fugir, pois estava sem seu coração…

Após isso, o Usopp pergunta ao Law porque raios ele não está lutando também, e a resposta recebida é de que “usar os poderes dele gasta muita energia, e que cada gota será fundamental contra o DoFlamingo”. Essa parte deixou as pessoas confusas, pois meio que deu a entender que ele tinha um limite pra sua akuma no mi, mas eu entendi simplesmente como ele estar poupando energias. E isso foi interessante, até porque ajuda a hypar o DoFlamingo.

4E de repente, os peixes são pegos por uma rede vinda de… algum lugar, facilitando a passagem do grupo. E na chegada deles, vemos mais um cenário lindo do Oda, que é o de Green Bit! Bem legal mesmo, adoro essa sensação de aventura que One Piece possui (E que tem ficado um pouco mais rara recentemente, mas meh). E jogado contra uma árvore, a equipe de devolução vê um navio da marinha, e Robin nota que ele chegou lá recentemente. Ou seja, a marinha também entrou nessa confusão! (Como lembramos, o Fujitora ordenou a ida de navios para Green Bit, alguns capítulos atrás.)

3O Law pede para que o Usopp e a Robin vasculhem a floresta em busca de possíveis emboscadas, e eles descobrem os Marines falando com…alguém invisível, que diz se chamar Leo.  E de repente, os Marines são totalmente roubados, ficando só de cuecas. Devem ser aquelas fadas de Dressrosa, então, né? Mas a Robin usa um golpe que faz criar braços em uma área gigante, e consegue capturar um deles! Quando perguntada, ela diz que eles provavelmente são… anões!!

E então? São a mesma coisa que as fadas, só chamadas diferente? Tem outro nome? Vamos esperar pra ver! Eu, pessoalmente, achei esse um capítulo mediano, mas teve alguns momentos legais, e o principal foi ver a Robin (<3) participando ativamente dele!

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Semanada – Naruto #633: Seguindo em Frente!

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headerEu invoco o dragão branco de olhos azuis!

Pera, invocação errada…

1Naruto #633

Seguindo em frente

Seguimos acompanhando os shinobis no campo de batalha; Naruto e Sasuke estão se estudando, observando o quanto cada um evoluiu em suas técnicas. O foco então muda para os outros que um dia foram os novatos da prova chuunin, começando pelo time 8 com um Kiba mordido (com trocadilho), que não quer ser passado para trás por Naruto e Sasuke de jeito nenhum!

Se dizendo motivado por Sasuke dizer que se tornaria hokage, Kiba faz clones das sombras e usa o jutsu da família Inuzuka que transforma ele e Akamaru em um lobo de três cabeças, que atacam os clones do Jyuubi. Shino também tem seu ataque, inserindo pequenos insetos dentro dos clones do Jyuubi, que alimentados por chakra, crescem assustadoramente rápido, explodindo os clones de dentro para fora.

2A última a mostrar do que é capaz é Hinata. Ela quase interrompe a execução do jutsu das 64 palmas, mas ao se lembrar das palavras de Neji, que lhe disse para avançar sem hesitar, e da confiança que Naruto tem nela, ela foi capaz de finalizar os 64 golpes. Decidida a se esforçar como Naruto e assim ser capaz de estar ao seu lado, ela decide combinar as 64 palmas com o Punho Gentil dos Leões Gêmeos, e seguir em frente!

O time 10 também se prepara para mais uma formação Ino-Shika-Chou. Shikamaru usa o jutsu de Garra de Sombras, Chouji o seu jutsu de expansão, enquanto Ino detecta os inimigos e repassa a informação para os dois companheiros. Combinando suas técnicas, os três criam uma “quarta” entidade, que usa Chouji como um ioiô de carne (literalmente), atingindo os clones em várias direções.

4Até Sai reparece, dizendo que também é parte do time 7, e resolve atacar o Jyuubi pelo alto, usando um de seus pássaros de tinta. Mas o dez caudas o acerta com facilidade, e Sai precisa ser salvo por Naruto. Mas os clones continuam se multiplicando, cada vez dificultando ainda mais a chegada até o corpo principal. Os shinobis estão sem chakra, e Naruto não pode ajudá-los, pois Kurama ainda está “recarregando”. Sai então o alerta que eles precisam derrotar primeiro os clones maiores, mas não podem se arriscar a derrotar todos de uma vez, ou colocar o esquadrão médico na linha de frente…

A solução para esse impasse? Naruto, Sasuke e Sakura sabem exatamente o que fazer. Uma mordida no dedo, a invocação e o time 7 trás para a batalha os três animais que um dia representaram os sannins lendários: um sapo, uma cobra e uma lesma. 

5Se o capítulo anterior deu destaque à reunião do time 7 e à evolução de Sakura, o capítulo dessa semana deu espaço para o resto dos novatos também mostrarem ao que vieram. E antes que se questione o sumiço de Lee e Tenten, preciso lembrá-los que os chamados “novatos” do exame chuunin eram apenas nove – os times 7, 8 e 10. O time Gai não era mais novato na prova, já era o segundo ano deles, lembram-se?

No time 8, Kiba pareceu mais movido por inveja de Naruto e Sasuke do que por qualquer outra coisa, enquanto Shino mostrou suas habilidades com seu costumeiro jeito contido. E Hinata completou as 64 palmas, tendo sempre Naruto como sua força e inspiração. O time 10 mostrou mais uma vez sua capacidade de cooperação, criando um jutsu combinado que derrotou até com uma certa facilidade os clones do 10 caudas.

3E a cereja do bolo com certeza ficou por conta do time 7 e a confirmação do que muitos já desconfiavam: que Sakura também seria capaz de invocar as lesmas, assim como sua mestra; fazendo finalmente dos três membros do time os verdadeiros sucessores dos sannins lendários. O final do capítulo também deixou claro Sasuke não perdeu o contrato com as cobras, apesar de também ter um contrato com falcões (e é preciso lembrar que em nenhum momento da história foi dito que um shinobi não pode ter mais de um contrato com um animal).

Alguns reclamaram que o capítulo foi puro fanservice para agradar leitores. Concordo de certa forma, mas não penso que tenha sido uma coisa ruim. A nostalgia criada pela reunião do time 7 se espalhou pelos outros times, que se sentiram novamente na prova chuunin, cada um querendo se mostrar mais capaz que o outro, mesmo numa guerra. Até Shikamaru, que de início alertou que ali não era uma competição, se deixou levar por esse sentimento. O sentimento da nostalgia que com certeza alcançou os leitores também – ao menos a mim :D

6Agora a expectativa para o capítulo seguinte fica sobre uma luta do time 7 em conjunto com suas invocações. Você pode dizer que o fanservice vai continuar, mas que está cada vez mais irresistível, ah está!

Até a próxima!


Pra comemorar: ‘Dragon Ball Z: Batalha dos Deuses’ será exibido no Brasil!

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dbzheaderFilme mais recente de Goku e companhia aparecerá nas telas brasileiras ainda em 2013.

Dragon Ball nunca morre no Brasil e no mundo. O sucesso dessa série é eterna. E para nos presentear, a distribuidora Diamond Films confirmou que está trazendo o longa para ser exibido em nossos cinemas ainda em 2013, no segundo semestre do ano. Muito provavelmente o longa “Battle of Gods” terá seu título traduzido para “Batalha dos Deuses”. Resta saber agora se o elenco escalado para o longa metragem será o mesmo da série clássica de Dragon Ball Z ou a de Dragon Ball Kai – que inclusive foi muito contestada pelos fãs, não só pela troca das vozes mas sim pela qualidade da tradução.

battle of gods

Dragon Ball Z – Battle of Gods, foi lançado no Japão em Março desse ano e conseguiu uma bilheteria assombrosa no país, provando que o nome  da série ainda é tudo. Com roteiros de Yusuke Watanabe e do próprio Akira Toriyama, o filme se encaixa na cronologia correta de Dragon Ball se passando após os eventos da saga Majin Boo – eliminando Dragon Ball GT da história. A história gira em torno do deus Bills, que irá enfrentar nosso herói para provar a sua força.

Ansiosos para conferir mais uma vez nossos guerreiros nos cinemas?

via Diamond Films


Promoção – Concorra a duas edições do mangá Tools Challenge!

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toolsheaderLeve para casa o primeiro volume de Tools Challenge!

No ano passado, divulgamos aqui no Chuva de Nanquim o projeto do mangá Tools Challenge do autor Max Andrade. A ideia era simples: através do Catarse conseguir a verba necessária para a realização do primeiro volume impresso de um mangá totalmente feito no Brasil e financiado pelos próprios fãs.

“A história se passa em um mundo como o nosso só que com uma grande peculiaridade: cada pessoa nasce com uma ferramenta. Algumas pessoas nascem com ferramentas especiais, chamadas “série ouro” e não podem viver mais de 15 anos longe delas. Raion é um garoto que nasceu com este tipo de ferramenta especial, mas teve ela roubada quando nasceu, prestes a completar 15 anos terá que lutar para recuperar sua ferramenta se quiser viver.”

No dia 17 de Janeiro desse ano a meta foi alcançada e Max trouxe a vida o mangá de sua criação em um formato de deixar muita editora “profissional” por aí pra trás. O mangá então foi distribuído entre aqueles que colaboraram com o projeto e começou a ser vendido na loja própria de seu site oficial com o preço de R$14,90 (e também na loja física da Comix, em breve no site). Um sucesso. Hoje, restam somente 80 unidades restantes para venda e Max já participou de eventos pelo Brasil para divulgar sua obra e foi muito bem recebido onde passou. Uma gratificação para um autor que correu atrás e realizou seu sonho. Um prêmio pelo reconhecimento.

Quer comprar Tools Challenge no site oficial?

toolscomprar

Mesmo assim queremos mais. Agora o Chuva de Nanquim em conjunto com o Tools Challenge sorteará dois volumes do mangá para vocês! E claro, em breve uma análise da primeira edição para todos conferirem o acabamento da obra e sua história. Esse é o pontapé inicial para a continuação da história chegar e Max nos conceder daqui alguns anos os volumes 2, 3, 4 ou quantos ele achar necessário para desenvolver seu mangá.

Capa Tools Challenge 1Hoje, duas pessoas terão a chance de ganhar o primeiro volume de Tools Challenge! Prepare seu Facebook, confira as regras e boa sorte!

1 - Curta as páginas Tools Challenge (AQUI) e Chuva de Nanquim (AQUI) no Facebook.

2 - Compartilhe a promoção no seu mural através DESSE LINK.

3 - Inscreva-se nesse outro link AQUI.

4 - Cruze os dedos e torça. O resultado sai no dia 1 de Julho e teremos DOIS ganhadores!

Obs: Não será aceita a vitória de fakes criados somente para o concurso.

Obs²: Os vencedores terão no máximo 3 dias para entrarem em contato ou será realizado um novo sorteio.


Volumes 1 e 2 do mangá de Gurren Lagann e novidades da Nova Sampa

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lagannheaderMangá deve ir para as bancas em Julho.

O editor Marcelo Del Greco, da editora Nova Sampa, revelou em seu Facebook a capa do primeiro volume e do segundo de Gurren Lagann, mangá programado para ser lançado agora em Julho pela editora. Confira as capas da edição nacional.

gurren lagann

Gurren Lagann 2

Tengen Toppa Gurren Lagann é um mangá de Mori Kotarou lançado desde 2007 na revista Dengeki Daioh e que atualmente conta com 9 volumes encadernados, com previsão de término ainda para esse ano. O título segue o mesmo roteiro do anime de sucesso do Gainax, mas com algumas modificações que são vistas por bons olhos pelos conhecedores do título pela internet.

A história gira em torno de uma humanidade que vive em vilas localizadas no subsolo e que já não acredita mais na superfície após tantos anos de confinamento. Simon é um dos melhores escavadores da vila Jeeha, que perdeu os pais devido aos inúmeros desmoronamentos de terra que acontecem após os frequentes terremotos. Um dia ele encontra uma pequena chave em formato de broca, o garoto acaba trombando com um de seus amigos enquanto andava tentando descobrir o que era aquilo, seu nome é Kamina e é o um dos poucos que ainda acredita que existe a superfície e até diz que já viu o céu com seu pai. Ele diz a Simon que o garoto estava entrando na Brigada Gurren, uma espécie de gangue que tem como objetivo sair do subsolo! Durante uma noite, Simon encontra uma espécie de mini robô que reagia a chave que ele tinha achado, e nesse mesmo dia acontece mais um terremoto e uma espécie de monstro gigante desaba no meio da vila, junto com uma garota vestindo pouca roupa e usando um rifle. Mal sabiam os três que todos os acontecimentos desse dia iriam mudar suas vidas e talvez todo o universo.

Além de Gurren Lagann, a editora também divulgou as capas dos terceiros volumes de Oldboy e Ikkitousen. Os mangás têm preço de R$10,90 e periodicidade bimestral por enquanto.

Oldboy3

Ikkitousen3

ATUALIZAÇÃO: Algumas pessoas têm nos perguntado sobre Hitman. Entramos em contato direto com Marcelo Del Greco e ele nos esclareceu mais novidades sobre o título:

Hitman não está cancelado! Não se preocupem! O  projeto de Hitman será da seguinte forma: O mangá será dividido por temporadas. Isso quer dizer que o volume 4 será o volume 1 da segunda temporada, que também terá 3 edições (4 ao 6 da versão original). O contrato com a editora e o autor está totalmente aprovado nesse novo modelo, portanto não se preocupem pois os lançamentos continuarão em breve. Será a primeira vez que uma série longa assim é dividido em temporadas. Além disso, teremos uma palestra no Anime Friends com o próprio Marcelo onde ele falará um pouco mais de seus títulos, anunciará novidades e fará sorteio de brindes e coisas relacionadas aos mangás da editora.


Editora NewPOP lançará mangá Mahou Shoujo Madoka Magica

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madokanewpopheaderCom um “atrasinho” mas tá valendo.

Um dos animes mais populares de 2011 e para a grande maioria das pessoas o melhor daquele ano. Essa é a definição técnica para Mahou Shoujo Madoka Magica, anime do estúdio SHAFT que fez um barulho enorme em seu lançamento e colocou Gen Urobuchi no topo dos roteiristas mais hypados do Japão. Claro que com o sucesso da série outros produtos relacionados foram lançados e entre eles mangás. O principal da série, que leva o mesmo nome, chega em breve ao Brasil pela editora NewPop. O lançamento se dará no Anime Friends desse ano e a “notícia” foi divulgada de uma forma que nem se eles quisessem esconder conseguiriam, a la easter eggs de tempos de JBC.

Madoka MangasLançado na revista Manga Time Kirara Forward e com desenhos do artista “Hanokage”, Madoka Magica conta com 3 volumes encadernados e é o mangá que segue a história original do anime (apesar de pequenas mudanças). Nos Estados Unidos o mangá foi publicado pela Yen Press. Segundo a editora no site do Anime Friends, Madoka Magica terá 152 páginas, folhas em offset, tamanho de 11,3 x 17,7 e custará R$12,00. A periodicidade do título será bimestral, o que não quer dizer muita coisas se tratando da NewPOP.

Você pode conhecer mais do anime de Madoka Magica conferindo o nosso review publicado em 2011. 



Otakismo – Um panorama da arte contemporânea japonesa

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otakismoA volta dos textos do Otakismo ao Chuva de Nanquim.

“Ao discutir arte contemporânea do Japão, há uma necessidade crônica de ir além do kawaii, anime, mangá, otaku e essas coisas. De muitas maneiras, o que o Ocidente vê como o ‘Japão de hoje’ é mais precisamente um reflexo dos dias de glória da geração otaku nos anos 90, ou seja, uma visão do Japão 10 anos desatualizada.” (Adrian Favell, em 2009!)

Quando somos levados a pensar em arte japonesa, uma sorte de figuras costuma aparecer em nossas mentes de imediato. Imagens chapadas de pontes, flores ou do Monte Fuji, construídas com pinceladas precisas e suaves. Alguns podem buscar a memória do som do shamisen acompanhando a dança das gueixas. Entre outros exemplos, quando se fala de arte japonesa, as imagens que povoam o imaginário coletivo, de modo geral, são aquelas do Período Edo (1603-1868), típicas do Japão recém-descoberto pelo Ocidente no século XIX ou baseadas no estilo artístico daquela época. Se nos desafiarmos a pensar o que é a arte japonesa de hoje em dia, é muito provável que nossa primeira lembrança seja dos produtos de consumo da indústria pop japonesa, advinda dos mangás, animes e jogos eletrônicos. Temos dificuldade em distinguir o que é arte ou entretenimento nas produções japonesas que vieram após a pacificação do país com o término da Segunda Guerra Mundial.

tabaimoExiste uma explicação para o fato de que as imagens do Japão pop tenham sido internacionalmente generalizadas como a representação do Japão do nosso tempo, ou melhor, nomeadas como embaixadoras do país mundo afora. Essa justificativa não passa pela hipótese da inexistência de artistas de qualidade (entendendo ‘artista’ na concepção ocidental do termo). O pós-guerra japonês apresentou artistas de renome como Yayoi Kusama, Hiroshi Sugimoto, Yasumasa Morimura, Yoko Ono, Tatsuyo Miyajima e Tadashi Kawamata. Trouxe também contribuições importantes em movimentos modernos como a Anti-art e o Mono-ha. Atualmente continua preparando jovens com grande potencial, caso da Tabaimo, Miwa Yanagi, Motohiko Odani e Kohei Nawa. Apesar disso, apenas três artistas contemporâneos do Japão são mencionados como nomes que guiarão o mundo da arte no século XXI junto com os estrangeiros, todos eles relacionados de alguma maneira com as fantasias pop do movimento Superflat: Takashi Murakami, Yoshitomo Nara e Mariko Mori. Murakami, particularmente, foi considerado pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2008.

Makoto Aida3Que caminho percorreu a arte japonesa no final do séc. XX para que ela se confundisse com o imaginário descartável da cultura pop comercial? Para esclarecer essa questão, será necessário primeiro mapear o contexto histórico, de modo que a produção artística nipônica seja compreendida à luz da realidade objetiva do país que lhe deu origem. Com tal missão, este texto passará brevemente pelo contexto global do nosso tempo, pela história do pós-guerra asiático (pela relação do povo com a sua memória histórica) e pelos esforços do governo japonês em internacionalizar sua cultura nacional. Por fim, investigar o que a arte contemporânea do Japão produziu nas últimas duas décadas, seus principais artistas e movimentos (Superflat, Zero Zero Generation, Chim↑Pom e etc.), suas implicações e provocações direcionadas ao povo japonês e ao mundo/mercado da arte, bem como descobrir as vozes que não compactuam com esse universo pop, mas foram abafadas pela onipotência do discurso Superflat dentro e fora do Japão – enquanto tentam demonstrar que o país não é apenas composto de Hello Kitty’s. Nas considerações finais, o texto passará pelo que podemos esperar da produção artística japonesa no futuro, tendo em vista que ela foi profundamente modificada em propósito pelos desastres naturais e atômico de Fukushima, além de encarar a desleal concorrência por atenção e financiamento com a emergente produção artística da China (China Mania). Espero poder levantar questões relevantes durante a leitura deste artigo!

Matsuhiko OdaniAntes de falar de arte japonesa, eu preciso falar um pouco do ambiente japonês. Ah, o texto é grande, favorite e leia aos poucos se julgar mais confortável. As palavras sublinhadas são links clicáveis que ilustrarão o dito.

~COOL JAPAN~

“‘Cool Japan’ celebrou o Japão quando não havia muito o que celebrar. Ao contrário. Políticos estagnados, negócios internacionais vacilantes, má relação com o resto da Ásia, uma crise demográfica iminente, um monte de jovens trancados em seus quartos com problemas psicológicos. Apesar disso, depois do 11 de Setembro nos EUA, houve uma demanda por imagens de brilhantes torres prateadas com flores e dinossauros felizes [Roppongi Hills],  e não de uma colapsando com fumaça e chamas ao redor [World Trade Center].” (Adrian Favell)

Nenhum país no mundo apresentou durante o século passado crescimento econômico e progresso material de forma tão vertiginosa quanto o Japão. O país emergiu da 2ª Guerra fisicamente em frangalhos, militarmente ocupado e moralmente arruinado. Quatro décadas depois as corporações japonesas solapavam colossos industriais dos Estados Unidos e Europa enquanto economistas apostavam na inevitável superação da economia americana pela nipônica. Isso não aconteceu, ao contrário, desde o início dos anos 90, quando estourou a bolha imobiliária do país, o Japão se encontra estagnado, sofrendo há mais de 15 anos com uma economia deflacionária que perde dia após dia a relevância e a competitividade que possuía nas décadas passadas.

~kawaii~Como afirmou o próprio governo japonês em um relatório oficial: “Já não podemos mais contar com os modelos convencionais da indústria e economia japonesa, que consistem em produção em massa, consumo em massa e competição por custo. O Japão não irá sobreviver sem a criação de novas fontes de receita”. Com a falência do modelo econômico responsável peloMilagre Japonês’, o governo buscou novas formas de rentabilizar sua produção, e enxergou em sua cultura nacional, principalmente a cultura pop, uma alternativa de valor.

“De alguma maneira, nesse universo dos animes, mangás e jogos, criou-se uma aproximação com algumas questões que estão em jogo em diversas situações e se referem à perda da humanidade, da identidade, dos gêneros, ou da própria vida. É o mundo pós-Akira que começa quando quase tudo já acabou, como propôs Katsuhiro Otomo no mangá de 1984, que originou o filme homônimo.” Christine Greiner

VersaillesA nova política comercial recebeu o nome oficial ‘Cool Japan’, possivelmente inspirado no esforço inglês de fazer o mesmo com o Britpop, denominado ‘Cool Britannia’. O Ministério da Economia, Comércio e Indústria espera quadruplicar o faturamento com a exportação de elementos culturais até 2020, saltando dos atuais US$50 bilhões para desejáveis US$200 bilhões, tendo como foco estratégico a alimentação, moda, anime, mangá, artesanato, utensílios do cotidiano e turismo; Além de usar, é claro, sua desejada imagem pop como atributo para agregar valor em sua produção industrial (marketing). Com a mira apontada, sobretudo para a classe média ascendente da Ásia, como as de Singapura e Indonésia, o Japão tem relatórios detalhados com os passos necessários para se tornar cool em cada país. No caso de Singapura, por exemplo, o governo é claro:

“A crescente popularidade do conteúdo da Coreia do Sul está causando um declínio na imagem do Japão ente os jovens que determinam o que é popular em Singapura e em outras nações asiáticas. Para reverter esta tendência, este projeto vai trabalhar como um consórcio composto principalmente por empresas japonesas que estão alarmadas com a situação presente, para garantir oportunidades de exposição regular de conteúdo japonês e para que os membros do consórcio adquiram ganhos no exterior” (METI)

Ichi Rittoru no NamidaAdrian Favell classifica o Cool Japan como um Neo-Japonisme, um renascimento do encanto ocidental pelo Japão (em referência ao Japonisme do século XIX, momento no qual inúmeros artistas impressionistas europeus se inspiraram na arte clássica japonesa). Não foi por acaso que o Japão se tornou pop no mundo inteiro a partir dos anos 90 (e o boom começou no Brasil em 1994 com Cavaleiros do Zodíaco). O estereótipo do salaryman japonês, que produzia as maravilhas tecnológicas modernas como o Walkman, foi substituído – de modo consciente e arquitetado – pelo estereótipo da cultura urbana e otaku japonesa, do divertimento jovem, hedonista e descompromissado.

A influência da cultura japonesa deveria substituir a extensão internacional da manufatura e das finanças nipônicas. Cool Japan, nas mãos dos políticos conservadores do país, se tornou ferramenta de política externa. O Ministério de Relações Exteriores do Japão nomeou como ‘embaixadoras do kawaii’ três meninas vestidas com a moda juvenil de Harajuku. Garotos propaganda da cultura japonesa foram internacionalmente divulgados, como os cineastas Takeshi ‘beat’ Kitano e Takashi Miike, o fashion designer Issey Miyake, o romancista Haruki Murakami, o chefe de cozinha Nobu Matsuhisa, o artista plástico Takashi Murakami (de quem falarei muito), entre outros.

Takeshi KitanoÓrgãos como o Japanese Foreign Ministry, a Japan Foundation e a Agency for Cultural Affairs (Bunka-cho) gastam milhões de ienes todos os anos para moldar a imagem que o Japão presente terá no mundo. A arte contemporânea virou uma das principais frentes de batalha por dialogar com uma elite rica e cosmopolita.

“O que eles falavam a respeito, enquanto a economia permanecia estagnada e a influência do Japão no mundo diminuía, era cultura: como ressignificar e remontar a imagem internacional do Japão. E assim eles colocaram mangás e animes em folhetos oficiais. Videogames e personagens de brinquedo substituíram carros e computadores como os símbolos principais da indústria exportadora japonesa” (Adrian favell)

Embaixadoras do KawaiiÉ evidente, apenas o lobby político de Tóquio não seria capaz de criar uma mentalidade voltada para a arte, a realidade mundana do Japão pós-industrial foi um excelente combustível para movimentar esta máquina. A economia degringolou, o Imperador Hiroito morreu (em 1989) e o período Showa terminou levando consigo os tempos áureos do país. O capital internacional migrou para outras regiões da Ásia, como a China e a Coreia do Sul, e o sonho japonês terminou. Sem esperanças de encontrar ou construir um futuro melhor para si e para o Japão, muitos jovens perderam a referência e passaram a apresentar sérios problemas de socialização. A sociologia japonesa a partir dos anos 90 criou ou intensificou o uso de uma infinidade de termos para tipificá-los, como hikikomori (isolamento doméstico extremo), parasaito singuru (adultos solteiros que vivem eternamente na casa dos pais), make inu (mulheres que não se casam), enjo kosai (meninas quase sempre menores de idade que participam de encontros compensados),  homens herbívoros (que voluntariamente deixam de competir por mulheres e empregos), otaku e etc.

Olha o nível do cidadão...Outros jovens, no entanto, reagiram de modo diferente ao Japão que gangrenou. Com sonhos esfacelados, eles debandaram do sistema corporativo japonês para viver como ‘espíritos livres’, afastados da lógica comercial vigente. Eles aceitam viver de freelas ou em empregos temporários que apenas garantem subsistência sem luxos. O entusiasmo dessas pessoas, que em tempos melhores era aproveitado pela indústria do país, hoje é quase que completamente desaguada em expressões culturais. É a geração de Hiroshi Fujiwara, Cornelius e Jun Takahashi. Tendo que viver num mundo de fantasias, fartamente alimentados por mangás e animes, estes jovens dão corpo aos seus pensamentos na forma de arte, geralmente ingênua e quase sempre medíocre, enquanto estão trancados em seus quartos.

Favell defende que o Japão atual vive um superávit criativo, mas ele não está mais sendo empregado pela indústria nacional para se reinventar e recuperar a competitividade perdida nos mercados internacionais, está sendo, na verdade, desperdiçado em arte adolescente. Do mesmo modo que, como orientam Hiroki Azuma e Etienne Barral, o rígido ensino matemático das escolas japonesas não está sendo integralmente aproveitado em complexos sistemas estatísticos que aperfeiçoam a administração corporativa. Muitos jovens estão usando estas habilidades adquiridas para registrar e categorizar dados inúteis sobre suas fixações nerd, atividade que não o leva, nem leva seu país, a lugar algum (tabulação é uma das características que melhor caracteriza um otaku hardcore – não a toa o livro do Azuma chama-se ‘Otaku: Japan’s database animals’).

Cornelius

Vamos lá, passagem do séc. XX ao XXI, esforço governamental para a popularização do Cool Japan e uma geração de jovens imaturos criadores. Podemos, finalmente, entrar onde interessa. O Manifesto Superflat de Takashi Murakami.

SUPERFLAT

“O que aparentemente era entendido apenas como entretenimento ou depravação acabou por revelar espaço importante para reflexão e manifestação de ideias. Quando o artista Takashi Murakami lançou seu manifesto Superflat, em 2001, o mundo passou a compreender as experiências otaku ou o mundo dos nerds sob um viés politizado. A exposição de suas obras em Nova York (Little Boy: the arts of Japan exploding subculture, 2005) retomou a Segunda Guerra e as bombas atômicas, identificando os japoneses, desde então, como portadores de ‘membros fantasmas’ que não seriam propriamente braços e pernas amputados, mas princípios dilacerados. Little Boy era codinome da bomba atômica que explodiu em Hiroshima (…). Desde então a questão mais complicada passou a ser como olhar para frente sem tentar erradicar a história ou como conviver com a noção de sujeito individual, importada do Ocidente, sem perder o sentido da coletividade” Christine Greiner

Superflat [supercompactação/supernivelamento/superachatamento] não é apenas um estilo artístico do criador Murakami, ou o nome de uma exposição em particular, mais do que isso (já que abarca também esses fatores), é uma teorização sobre a produção e o consumo de arte no mundo globalizado que surgiu com a queda da URSS. Movimento estético pós-moderno nascido nas artes plásticas japonesas, parte do pressuposto de que o mundo está bidimensional.

murakami-1

O Superflat, em termos estéticos, é uma criação que faz ponte entre a arte clássica japonesa (já que perspectiva e outras técnicas desenvolvidas na Europa medieval ainda não eram conhecidas) e a cultura pop do Japão. Dito de outra forma, ela faz construções com o imaginário otaku (animes, mangás e games), utilizando algumas técnicas e estéticas que consagraram a arte japonesa pré-ocidentalização (não exclusivamente, já que os mangás foram imensamente influenciados pelas técnicas ocidentais). Suas obras são propositalmente artificiais, sem profundidade aparente. Parecem ilustrações publicitárias criadas por designers gráficos. Atraente e de fácil consumo, a arte Superflat, nas palavras da curadora Catherine Taft, tem muita força por dar a impressão de que oculta algo do espectador. Por trás das suas imagens pop e descartáveis, às vezes grosseiras e de mau gosto, esconde-se algo perturbador e provocativo. Porque realmente tem. Como defendeu o curador na exposição de Los Angeles, Michael Darling, Murakami ficou famoso por colocar sentido em produtos comerciais superficiais e vender isso aos adultos por milhões de dólares.

“O mundo do futuro pode ser como o Japão é hoje – Superflat. Sociedade, costumes, arte, cultura: todos estão extremamente bidimensionais” (T. Murakami)

Chiho AoshimaO Superflat, em termos conceituais, turvou as fronteiras entre a ‘alta arte’ e a cultura popular, entre local e global, Japão e EUA, modernismo e pós-modernismo, real e virtual, capitalismo e arte, leste e oeste, analógico e digital. Todas estas coisas estariam niveladas, supercompactadas e indistinguíveis no mundo contemporâneo, como um hambúrguer cultural. Tudo no mundo está processado, prontamente disponível para ser digerido com igual facilidade, mas também está achatado e sem profundidade. Carregam consigo apenas odores daquilo que um dia lhes caracterizavam. Assim é a provocativa arte de Murakami: flat, como a tela do computador que produz arte no mundo de hoje. Flat, como ficaram as cidades de Hiroshima e Nagasaki após os ataques nucleares. Isso fica muito claro quando ele coloca suas esculturas plásticas multicoloridas em exposição no opulento Palácio de Versailles na França, símbolo da realeza e da alta cultura europeia. Murakami é um teórico da arte, publicou livros como The Art Entrepreneurship Theory e Art Theory Battle, e tem muito a dizer sobre o atual estado da sociedade japonesa.

“A superfície lisa do Superflat é um terreno de contestação, marcando tanto a ausência de divisões hierárquicas entre a arte e cultura tradicional quanto a presença de múltiplas estruturas que demarcam os diversos contextos culturais, políticos, sociais e históricos aos quais o Superflat se insere à medida que circula globalmente” (K. Sharp)

murakamiversaillesMais do que denunciar o nivelamento do Japão, e de certa forma de todo o planeta, o manifesto Superflat tem uma proposta destrutiva e reformadora que direciona seus canhões ao mundo da arte japonês (e por isso mesmo jamais concordaria com críticos de arte como Jerry Saltz que afirmam Murakami como um simples vendedor de sensações visuais). Crítico ferrenho da arte moderna japonesa (kindai bijutsu), Murakami delata seus conterrâneos por se apropriarem – de maneira malfeita e incompleta, ainda por cima – dos conceitos e instituições da arte ocidental no período Meiji (1868-1912). Técnicas, materiais, a noção de museu, escolas de arte e o próprio conceito de arte do Oeste (todos diferentes das japonesas) foram importados e assimilados sem maiores critérios e considerações pela tradição artística nacional. Murakami veria no mangá, no anime, na moda e no design gráfico do Japão atual a beleza e a originalidade artística do passado, sumariamente descartadas pela arte moderna do país. A crítica não é ao padrão da arte ocidental em si, mas à absorção acrítica dela por parte dos japoneses.

Murakami e seu manifesto são híbridos. A pop-art americana é sua grande influência, enquanto Andy Warhol e Jeff Koons são referências declaradas do japonês. Ao mesmo tempo, ele se formou na Geidai e foi o primeiro Ph. D em nihonga na história do Japão (nihonga é a produção de arte que segue as convenções estéticas e materiais japonesas pré-ocidentalização). Com proposta global, fez grandes esforços para internacionalizar sua arte e os produtos manufaturados produzidos em seus estúdios, que levam o carimbo da sua valiosa marca. E conseguiu. Murakami levou sua arte para Los Angeles, Nova Iorque, Paris, Bilbao, Londres, Veneza e Frankfurt. Dono de forte veia comercial, 70% de suas obras foram comercializadas no Ocidente, e não no Japão.  Ele globalizou sua arte não apenas porque gosta de ganhar dinheiro com isso, mas porque isso também faz parte do seu manifesto.

Parceria comercial com a marca Louis Vuitton

“Quando os produtos e costumes pop saíram do Japão, tornaram-se independentes do contexto em que foram concebidos, e, na maioria das vezes, passaram a ser embalados na estética da mera diversão. Murakami fará uma crítica à sociedade japonesa consumista, e ao mesmo tempo mostrará como uma nova geração de artistas poderia valer-se do próprio mercado e dos meandros da política cultural para construir um novo pensamento, aliando arte e consumo” (Christine Greiner)

Ao crescer junto a outros artistas que foram identificados como representantes do neo-pop, Murakami, segundo leitura de Noi Sawagiri, parodiou o infantilismo da cultura de consumo japonesa do pós-guerra. Eles remixavam e faziam sampling (atitude 100% pós-moderna, não?) usando as referências da cultura junk com a qual os japoneses preencheram suas vidas pacíficas e dependentes dos EUA. Os americanos criaram o novo Japão com a cultura pop fazendo o papel do cimento que pavimentava o futuro e amaciava os nativos (outrora ensinados pela lógica militarista do Império Japonês). Inundaram a vida dos japoneses com seus enlatados culturais. Os japoneses gostaram. Não só gostaram como aprenderam a fazer o mesmo. Com o Superflat sendo apresentado no exterior, Murakami devolveu a cria aos criadores. Ele pegou todo o entulho cultural que despejaram no Japão, reprocessou, prensou tudo até deixá-lo flat como fazem os caminhões de lixo, e enfiou num container destinado aos Estados Unidos. Sua exposição encheu Nova Iorque com imagens de menininhas pré-púberes perigosamente seminuas, sugestivos cogumelos (atômicos), flores sorridentes e uma gigantesca estátua de um jovem ejaculando. Foi a vez dos americanos. Eles adoraram. Gastaram fortunas comprando as obras e os produtos confeccionados nos estúdios do Murakami. E a cobra acabou mordendo o próprio rabo.

Little Boy

“Não seria exagero dizer que a constituição feita pelos americanos [imposta ao Japão em 1945] impediu a nação de tomar uma postura agressiva e forçou o povo japonês no sentido de uma mentalidade de dependência sob a proteção militar dos Estados Unidos. No entanto, por mais justa ou injusta que tenha sido a posição americana na época, ela lançou o Japão ao papel de uma ‘criança’ obrigada a seguir a orientação ‘adulta’ dos Estados Unidos” (T. Murakami)

Provocações a parte, a cama já estava montada. Mais do que depositar no Japão sua cultura, o governo americano foi um pai muito rígido para os japoneses. Na visão de Murakami, infantilizou o país ao impedi-lo de desenvolver suas Forças Armadas numa região abarrotada de potências bélicas (os nucleares China, Rússia, Índia, Paquistão e agora Coreia do Norte, além do poderoso exército sul-coreano), sendo que o país ainda tem disputas territoriais em andamento, como as ilhas Curilas com a Rússia e as ilhas Senkaku com a China. Quando uma disputa retórica ameaça ferver o Pacífico, principalmente agora que a Ásia está se tornando o centro geopolítico do mundo, o Japão precisa correr para o colo dos americanos.

Shinzo Abe a o polêmico 731

Ben Hamamoto enxerga essa mesma infantilização, mas com outras lentes. Os americanos poderiam transformar o arquipélago num gigantesco pasto após a Rendição Incondicional se assim desejassem (e muitos queriam), mas por questões estratégicas colocaram o Japão na direção do progresso material. Mais do que isso, não levaram o Imperador ao julgamento das cortes internacionais para ser avaliado por crimes de guerra pelos quais foi responsável, permitindo assim que o Japão silenciasse sobre seus abusos militares – privilégio não concedido aos demais países derrotados, sobretudo Alemanha e Itália.

Esvaziaram a memória histórica do povo japonês. Não pense no passado, aproveite o seu presente que é próspero, ensinaram às crianças do Japão. Esse mindset, o excesso de paz física do pós-guerra e a dependência geral em relação aos EUA teriam ajudado a criar uma mentalidade mimada, dependente, frágil e pueril no Japão – amplamente disseminada pela cultura pop e agora ironizada pelo Superflat. Os artistas ligados ao movimento não vivenciaram a guerra ou seus momentos de reconstrução, mas são testemunhas vivas de um processo radical de ocidentalização e a conseqüente dificuldade de fixar uma identidade numa atmosfera tão fluida.

“Renderizar um país através de uma figura bidimensional fofinha também proporciona uma forma de mascarar o cadáver ensangüentado do cachorro que é o Japão Imperialista  [referência ao personagem Maromi do anime Paranoia Agent]. Experiências com humanos (incluindo vivissecções sem anestesias), rapto de mulheres para servirem de escravas sexuais, e o infame Massacre de Nanquim; todas essas coisas escondidas debaixo do olhar tolo da Hello Kitty. O Japão foi também um participante extra-oficial na Guerra do Vietnã, Guerra da Coreia e nas Guerras do Iraque. Ainda sim o Japão é visto como inocente e pacífico.” (Ben Hamamoto)

Propaganda do Império Japonês

Essa ideia é poderosa. A arte criada nos tempos do Cool Japan frequentemente remete à cultura das garotas. Seja ao dar espaço para a criação delas próprias, seja ao pintar a fantasia do que é a cultura infanto-feminina que brotava das cabeças dos homens otaku envolvidos com o Superflat (obcecados pela juventude e frescor delas). Cores chapadas, meninas virginais e vulneráveis, mas ao mesmo tempo um pouco ressentidas e violentas – um quadro freqüente na arte contemporânea japonesa. Murakami reuniu algumas dessas meninas (Aya Takano, Chiho Aoshima e Mahomi Kunikata) sob a sua bandeira Superflat na exposição Tokyo Girls Bravo, que foi levada da capital japonesa à costa oeste americana. No catálogo, artes pueris, fotos das artistas remetendo à mocidade (ainda que algumas delas já beirassem os 30 anos), mas com descrições textuais duras: relatos de angústias existenciais, perversões sexuais e violência. Kunikata levou isso além e foi mais direta na exploração destes elementos. Essas meninas eram, sob qualquer perspectiva crítica, amadoras. Murakami as empacotou como o melhor da arte contemporânea japonesa. O mundo comprou a ideia.

Mahomi Kunikata

Em sua escola de arte (GEISAI), Murakami trouxe para baixo de sua tutela esses jovens insatisfeitos com o intuito de destruir o sistema de arte vigente no Japão. Em seus estúdios KAIKAI KIKI, em Tóquio e no Brooklyn (EUA), a produção de arte e dos artigos colecionáveis com a marca MURAKAMI, como chaveiros e camisetas, funciona em regime fordista. Seu papel na história da arte mundial ficará marcado pela forma como ele trabalhou o branding (a gestão da marca pessoal) da sua produção criativa, unindo conceito artístico e sanha comercial. Foi um dos precursores, no mundo, da arte na era da internet 2.0 (banda larga, 3G, blogging, wiki, redes sociais, fóruns de discussão, scanner pessoal e proliferação dos softwares de edição de imagens). Sua arte funciona bem, talvez até melhor, fora das galerias. Pode ser consumida e distribuída na tela do PC. Vendida em chaveiros, cadernos e bolsas – mesmo as Louis Vuitton (afinal, o mundo está flat). A reprodutibilidade técnica elevada à potência máxima.

Confecção no Kaikai KikiLocalmente, será lembrado pela sua tentativa de desconstruir o sistema de produção e comercialização de arte no Japão. Lá, a arte clássica ainda é muito forte, conta com mão-de-obra qualificada, amplo financiamento, escolas conceituadas e orientação teórica voltada ao domínio absoluto da técnica. Murakami, um conceitualista, dá espaço e notoriedade para a inovação – mesmo que nas mãos de amadores. Será reconhecido também por tecer uma crítica estética ao contexto social que gerou essa superficialidade no Japão, e ao mesmo tempo como um oportunista que se aproveita dessa falta de fronteiras. Alguns críticos mais temerosos se questionam se Murakami está nos guiando ao futuro da arte ou terminando de destruí-la.

Em parte porque Murakami é sim um conceitualista (que pode talvez estar guiando muita gente ao caminho errado), mas muitos dos artistas contidos no guarda-chuva do seu Superflat não são! Na verdade alguns são otaku que vivem de reproduzir seus fetiches estéticos grotescos, e a ideia do Takashi pode acabar se diluindo lado a lado com outras obras que estão lá contribuindo apenas com o choque pelo choque, não com o choque via distorção do real para escancarar o ridículo de algo em termos críticos. Exemplifico:

My Lonesome Cowboy

“Maio de 2008 foi certamente um momento histórico para a arte japonesa. Milhares de anos de história da arte nipônica, com a sua sensibilidade estética refinada e requintada; bem como o desenvolvimento urbano dramático do pós-guerra e mudanças culturais sem paralelos em qualquer lugar durante o século XX, de alguma forma, se concentraram nisto: uma estatueta plástica de oito pés de altura se masturbando na frente de uma multidão de magnatas da classe executiva e estrelas das passarelas, a aplaudindo, no coração de Nova Iorque” (Adrian Favell)

My Lonesome Cowboy – vendido para um colecionador europeu por US$ 15 milhões (não postarei aqui sem censura) – parodia, na leitura de Sharp, a noção de autonomia e da expressão subjetiva da Modernidade Ocidental, claramente expressa em artistas como Jackson Pollock. A estátua era apresentada a frente de uma tela chamada Milk, onde o estilo splash de Pollock é emulado (Expressionismo Abstrato), mas os traços caóticos são feitos referenciando o sêmen da estátua. A obra também faz escárnio com os otaku (acusados de praticar o ‘ato’ com muita freqüência), faz referências ao ukiyo-e de Katsushika Hokusai e aos animes (dinamismo estático), além de brincar com os clichês do pop japonês (cabelo estilo Goku, o jato simulando a energia emanada por um personagem do gênero shonen, a confiança do protagonista etc).

My Lonesome Cowboy é considerado um caso raramente feliz de casamento entre conceito e forma, apesar do aspecto burlesco de mau gosto aparente. Já outros artistas Superflat como ‘Mr.’ parecem mais dispostos a apenas explorar suas fascinações, produzindo sempre sob o perigoso véu do ‘Lolita Complex’. Um exemplo é a ilustração 15 Minutes from Shiki Station (a censura é minha, vocês sabem o que ela esconde):

15 minutes from Shiki Station

O discurso ou posicionamento Superflat, diretamente influenciado pelos mangás e animes, foi posteriormente absorvido por eles em títulos como Paranoia Agent [de Satoshi Kon] e Puni Puni Poemi [de Shinichi Watanabe]. Sayonara Zetsubou Sensei [Adeus, professor desesperado] de Koji Kumeta, no entanto, talvez seja a expressão máxima do conceito aplicado ao pop comercial. No título, um professor extremamente pessimista, que vê em tudo um motivo para o suicídio, dá aulas em uma classe repleta de personagens derivativos dos clichês do pop japonês: tem a hikikomori, a certinha, a possuidora de um otimismo cego, a menina machucada com tapa-olho (Rei Ayanami quem?), entre outros. Ainda não li o mangá, portanto tomarei o anime como base de análise.

No fragmento de um episódio chamado ‘A estudante ilegal’, Mari-san, uma imigrante ilegal vinda de algum canto misterioso da Ásia, se encanta com o maravilhoso Japão, onde as pessoas são gentis, generosas e tratam bem as crianças. SZS está, na verdade, demolindo o Cool Japan e nos lembrando que o Neo-Japonisme é propaganda. Enquanto ela elogia os japoneses por tratarem bem as crianças, as imagens nos mostram um pedófilo abordando uma menina, num país cujo padrão de beleza padrão é o infantilismo (NÃO ESTOU DIZENDO QUE OS JAPONESES SÃO PEDÓFILOS). Quando ela sai de cena dizendo “É um bom país, eu gosto dele!”, rodeada pelo belíssimo despetalar das cerejeiras, paisagem tão usada nas propagandas de turismo, ao fundo podemos ver que há um casal de nativos se suicidando por enforcamento em um dos galhos destas árvores (num país com media de 30 mil suicídios por ano). Maria-san, encantada demais, não percebeu que por trás de tanta beleza há um país como outro qualquer, com inúmeras qualidades, mas também com sérios defeitos. Você pode ver a cena legendada em inglês clicando aqui.

Sayonara Zetsubou Sensei

YOSHITOMO NARA

Se há no Japão algum artista que compartilha com Murakami o mesmo faro comercial, ele se chama Yoshitomo Nara. Com uma distinção. Diferente de Murakami, que alcança cifras inéditas para um japonês, mas cujo faturamento flutua muito de acordo com as especulações no mundo da arte e as crises econômicas, Nara obteve um sólido reconhecimento financeiro com a chegada de sua maturidade artística. Suas produções estão ficando progressivamente mais caras, de forma consistente, sem flutuações. Antenado, produz o que sabe vender, sobretudo nos mercados asiáticos.

Yoshitomo Nara2

Iniciou sua carreira artística na Alemanha, mas alcançou sucesso nos EUA, Japão e Coreia do Sul (onde é um fenômeno e constante vítima de pirataria). Ganhou notoriedade primeiro com um livro ilustrado, In the Deepest Forest, mas se tornou um dos grandes com suas pinturas de crianças (olha elas aqui de novo). Geralmente pequenas, indefesas, por vezes com aspecto tristonho. Em alguns quadros, elas estão armadas ou com feições de raiva e medo. Sua obra costuma ser interpretada como o registro do sentimento de desesperança e frustração que os jovens japoneses degustam, isolados, numa sociedade hiper-conectada pela tecnologia.

Yoshitomo Nara

Ele desconversa. Diz que as crianças são apenas auto-retratos (de um homem que já passou dos 50 anos). Brinca que as pessoas entendem mais da arte dele do que ele próprio. Nisso difere muito de Murakami, não é um conceitualista, não pretende reformar nada, apenas quer viver de sua arte. De todo modo, a estética rígida de uma eterna adolescência, que ele continua pintando por incontáveis anos, foi um prato cheio para os públicos sul-coreano e japonês. Geralmente associado ao movimento Superflat, Nara foi também um dos principais nomes do Micropop, do qual se desvinculou posteriormente.

MARIKO MORI

Mariko Mori seguiu um caminho muito diferente daquele galgado por Murakami e Nara, aliás, por quase todos os aspirantes ao mundo da arte, com suas intrínsecas dificuldades financeiras. Ela pertence a uma das famílias mais ricas do Japão. Estudou moda em Tóquio (Bunka Fashion College de Shinjuku) e arte em Londres e Nova Iorque. Sua posição social lhe garantiu contatos privilegiados e condições materiais raras para um iniciante.

Mariko Mori1

Obteve sucesso ainda nos anos 90 com seus trabalhos fotográficos, nos quais atuou como modelo. Em Love Hotel (1994, quando o Japão começava a discutir sobre o enjo kosai) ela se metamorfoseou em uma ciborgue… Vestida de colegial numa cama de motel. No mesmo ano se fotografou como uma idol em Birth of a Star. Na época sua obra discutia o papel da mulher na modernidade das metrópoles japonesas.

“Sua arte é uma síntese de opostos: realidade e fantasia, seriedade e humor, homem e máquina, tecnologia e natureza, ciência e religião. Assim como o Xintoísmo e o Budismo coexistem no Japão, essas bipolaridades, como uma síntese entre Oriente e Ocidente, também se manifestam nas obras de Mariko Mori” (Kunsthaus Bregenz, galeria austríaca)

Na sequência sua preocupação teórica abraça o conceito budista de conexão entre os elementos do universo, trabalhando o contraste entre a investigação lógica, típica do cenário japonês atual, com a espiritualidade tão esquecida em nossos tempos – ou, nas palavras de Gwen Kuo “a justaposição de modernidade tecnológica com mitologia tradicional”. Essa ideia permeou obras como Burning Desire (1996-98), Dream Temple (1997) e Kumano (1998). Dream Temple, para comentar uma obra, é um templo multimidiático de aspecto high-tech, onde os visitantes aproveitam sensações audiovisuais muito elogiadas.

Oneness no Brasil

Enlightenment Capsule (1998) consiste em uma flor de lótus transparente feita de cabos de fibra ótica em uma cápsula de vidro. A cápsula é conectada a um sensor no teto do museu que utiliza o desvio cromático para separar os raios ultravioletas e infravermelhos dos raios da luz solar. A luz tem uma função de dualidade material e metafísica: forças visíveis e invisíveis trabalham em conjunto para alcançar uma combinação entre ciência e espírito” (descrição em museu sueco)

Infelizmente sua arte, muito representativa na década de 90, perdeu força nos anos 2000 e ela já é estudada em termos mais históricos que atuais. Isso se deu por uma série de razões. A China tomou do Japão o papel de referência de futuro para a modernidade asiática, e as pessoas perderam um pouco do interesse pelo high-tech japonês. Outro elemento que justifica sua queda é a obsolescência de temas acadêmicos que alavancavam a popularidade da obra dela, como o pós-humanismo e o pós-modernismo.

Budismo mais Ciência

Sem contar que suas obras mais recentes tomaram proporções hollywodianas (como Tom Na H-iu), e a produção envolve engenheiros, arquitetos, cientistas (staff que inclui até mesmo um prêmio Nobel japonês) – tudo isso é muito caro, depende de patrocínio parrudo, coisa que não está sobrando no Japão. Por outro lado, esse gigantismo do aparato artístico de Mori, bem como o faro comercial de Murakami e Nara, foi o que lhes possibilitou renome internacional, defende Favell. Conforme a arte extrapolou a tela para abraçar formas arquitetônicas e digitais, envolvendo toda uma variedade de profissionais, é impossível para um artista se tornar proeminente sem apoio financeiro e organização logística (Kaikai Kiki funciona, literalmente, como uma empresa). Não a toa são os únicos três japoneses capazes de ainda competir com artistas chineses, americanos e ingleses.

ZERO ZERO GENERATION

“A experiência de amadurecer por volta de 1995 e depois foi desastrosa. Eles deixaram a escola ou universidade para um mundo economicamente abalado. As oportunidades secaram. Ninguém estava contratando. A ambição selvagem do Japão oitentista tinha desaparecido. Tóquio ainda era o destino porque a dor nas demais províncias era ainda maior, e a cultura da cidade grande forneceu o escape para a crise econômica. O melhor que eles podiam fazer era conseguir algum trabalho temporário em uma loja de conveniência e manter seus sonhos particulares presos em seus mundos internos. Os jovens japoneses que nunca conheceram os anos da bolha econômica como adultos são “A Geração Perdida” (…) Os baby boomers nasceram correndo, a Geração Perdida teve que aprender a engatinhar novamente” (Adrian Favell)

Lost Generation

O Superflat, e os artistas a ele ligados de alguma maneira, como Nara e Mori, foram apropriados pelo governo e corporações como uma ferramenta extra do Soft Power japonês, um trunfo a mais em prol do Cool Japan. O movimento terminou por monopolizar a visão do mundo a respeito da arte japonesa, generalizando-a como um grande mangá. A conseqüência disso foi que o Superflat jogou sombra sobre todos os artistas e movimentos que não estavam atrelados ao seu discurso, marginalizando-os.

As principais vítimas desse processo foram os artistas nascidos a partir de 1975, a geração que atingiu a maturidade física, intelectual e artística em um Japão que, maduro demais, já ameaçava cair do pé. Diferente dos Baby Boomers (geração do Murakami), a Geração Perdida é mais aberta às diferentes possibilidades que a tecnologia pode proporcionar a serviço de sua estética. Se distanciando assim do propagado colapso da técnica do Superflat, eles se voltaram novamente ao treino e valorização da habilidade individual.

nuclear hokusai

Testemunharam também a queda das teorias pós-modernas e pós-humanas, sendo assim pessoas voltadas a uma vida mais calma, porém concreta. Rejeitam os excessos do Milagre Japonês, responsável inclusive por mortes decorrentes do excesso de trabalho [karoshi] e pelas humilhações escolares [ijime]; bem como se afastam das teorias apocalípticas que propagam o fim do Japão, a morte da arte e da cultura. Não querem retornar ao sucesso do passado, pois ele continha falhas inerentes, nem querem dar de ombros, pois um futuro os aguarda.  Sintonizados com os novos tempos, são artistas que querem construir algo novo nos escombros daquilo que ficou para trás. Com tal missão, usam e abusam de materiais e ideias ligadas ao conceito de sustentabilidade. Após o desespero do “No Future” propagado por vozes como Superflat e Aum Shinrikyo, eles querem plantar árvores no hambúrguer do Murakami e lutar para viver suas vidas no “Post-No Future”.

THE ECHO e ‘THE ECHO – EMBORA EU AINDA ESTEJA VIVO’

“As pessoas acham que o Japão só produz anime, videogames e arte grotesca e erótica. (Michiko Ogura, um dos organizadores de The Echo – Embora eu ainda esteja vivo)

Um grupo de artistas se insurgiu contra o sistema de artes do Japão em termos bem distintos da revolta Murakamiana. Eles estavam exaustos de tudo. Da falta de incentivo dado à arte contemporânea; da predominância do discurso e da estética do Superflat; dos museus e galerias que só reuniam artistas que confirmavam a teoria de algum curador consagrado e não necessariamente exibiam a pluralidade da nova arte nipônica (ataque direto a gente como Matsui Midori e seu manifesto Micropop – sobre o qual os anglófonos podem ler mais clicando aqui).

The Echo Yokohama

Este grupo organizou uma exposição em Yokohama chamada The Echo, um show inteiramente organizado por artistas e sem curadoria. Nomes como Satoru Aoyama, Kei Takemura, Satoshi Ohno, Daisuke Ohba, Taro Izumi, Koichi Enomoto, Hiraki Sawa e Ichiro Sobe tentaram assim gritar em nome de uma nova geração, que apresentam novidades em termos de conteúdo e estilo. A intenção era apresentar ao Japão uma nova visão de criação, fazendo uso de materiais sustentáveis e oficinas de trabalho intensivo. Foram, naturalmente, ignorados pela mídia e massacrados pelos intelectuais do meio.

“No Japão não há uma tradição de arte contemporânea, isso não faz parte do nosso mundo artístico. As grandes galerias só se interessam pela arte tradicional japonesa e o sistema lá também é diferente. Só os artistas consagrados conseguem exibir, pois as galerias têm que ser alugadas e funcionam como um showroom” (Takahiro Ueda)

Sako Kojima

Medida semelhante foi tomada em Berlim com ‘The Echo – Embora eu ainda esteja vivo’. A proposta é a mesma: declarar a multiplicidade de visões, posições e estilos da arte japonesa e internacionalizá-la. Mentalidade esperada de uma geração globalizada (10 dos 17 artistas dessa mostra nasceram no Japão e moram na Alemanha). Como afirma Michiko Ogura, um dos organizadores: “Os artistas são jovens, originais, versáteis e da mesma geração. Queremos mostrar que temos orgulho de sermos japoneses, mas somos pessoas do mundo”.

Neo Tokyo Contemporaries e Síndrome de Galápagos

Alguns nomes envolvidos na exposição The Echo em Yokohama estão ligados a um dos novos movimentos denominado ‘Neo Tokyo Contemporaries’, dando apoio a inovação e artistas não comerciais. Tóquio tentou canalizar essa nova energia com a Tokyo Art Week em 2005. A ausência de estrangeiros na visitação levou os organizadores, em 2010, a realizar simpósios sobre a Síndrome de Galápagos que afeta o Japão, com foco maior no mundo da arte.

Sídrome de Galápagos faz referência ao conjunto de ilhas situadas no oceano Pacífico que reúnem uma fauna de quase 2000 espécies que evoluíram somente lá. É uma alusão também ao tablet nomeado Galapagos que a Sharp desenvolveu exclusivamente (ou ao menos visando prioritariamente) o mercado japonês. Acho que já deu para notar a acidez do termo.

Galapagos

Se no mundo analógico dos bens de consumo os japoneses dominaram a Terra com suas exportações, o advento do mundo digital fez o Japão aninhar-se no próprio umbigo. O mercado dá exemplos nítidos disso. Waichi Sekiguchi, editor do Nihon Keizai Shimbun, comenta que a telefonia móvel japonesa era a melhor do mundo. Empresas japonesas foram as primeiras a introduzir internet, televisão e GPS nos aparelhos, mas se preocuparam em atender apenas as necessidades locais e se alienaram das demandas internacionais (enquanto a Apple entendeu que o celular para as pessoas era também um artigo de design, ostentação, diferenciação e pertencimento a um grupo). Hoje as corporações nipônicas detêm apenas 5% de participação de mercado global, sendo a maior parte disso dentro do próprio Japão. Os finlandeses (Nokia, Motorola) e os sul-coreanos (Samsung e LG) têm população nacional pequena, insuficiente, portanto se voltaram principalmente aos desejos dos grandes mercados e hoje dominam o setor.

Sharp Galapagos

E eu relembro a cultura pop, já que a Hallyu sul-coreana está tomando o mercado que antes era do Japão, enquanto os nipônicos se agarram com todas as forças ao porto seguro do mercado interno – ainda rico e volumoso, mas cada dia mais inexpressivo no contexto globalizado.

O mesmo acontece quando as galerias não disponibilizam tradução do japonês em seus catálogos, atenção destinada aos visitantes internacionais que por ventura possam se interessar pela apresentação, ou quando alguns artistas se mostram desconectados das vanguardas do exterior. Como as espécies de Galápagos perdidas nas ilhas do Pacífico, segundo essa visão, os japoneses parecem bastante confortáveis em seu habitat natural, mas seriam capazes de sobreviver fora dele? Com alegria percebo que empresários, governantes e artistas já observaram essa realidade e aos poucos tomam medidas para contorná-la, e então, como defende Sekiguchi, escapar de Galápagos.

MAKOTO AIDA E Chim↑Pom

Makoto Aida

“Muitas pessoas no Japão pensam que Makoto Aida é o artista mais importante de sua geração. Mesmo assim, ele foi mal interpretado ou ignorado na Europa e Estados Unidos. Murakami sempre reconheceu que ele e Aida compartilham ideias e sensibilidades semelhantes, mas Murakami tem sido muito mais eficaz em mascarar isso com uma superfície plana e atraente. Em um de suas melhores obras, de 1996, Aida pintou Mitsubishi Zeros circulando em ‘moebius loop’ sobre uma Nova Iorque em chamas. (…) era difícil isto cair bem no Museu de Arte Moderna de NY (…) Murakami, por outro lado, veio a Nova Iorque triunfante. A mensagem subjacente estava lá. Ele nomeou seu show com o nome da bomba que destruiu Hiroshima, mencionou nuvens de cogumelo atômico e Akira. Mas transformou cogumelos em desenhos animados e encheu o show com flores felizes.” (Adrian Favell)

Se Takashi Murakami é o nome basal da arte japonesa nos anos 2000, Makoto Aida cumpriu esse papel na década de 90. No Japão é até mais respeitado que Murakami, homem que não goza de muita simpatia pública em sua terra natal. Aida, não obstante, foi uma das principais vítimas do rolo compressor do Superflat, responsável por amassar tudo o que veio antes dele no hambúrguer do achatamento cultural. Aida foi obliterado pelo sucesso do Murakami. Muito por causa da semelhança em estética e argumento de ambos. Em Mokomoko (2008, por exemplo, Aida traz a tona novamente a ideia de um povo que ainda luta para sublimar o trauma nuclear.

Perceberam a Hello Kitty no canto

“Eu queria que fosse uma fusão de três imagens: a fofura da cultura pop japonesa do pós-guerra, simbolizada por personagens como Hello Kitty; um pênis ereto; e a capacidade de destruição em massa da bomba atômica. Eu pensei que essa combinação iria simbolizar o infantilismo distorcido que caracteriza o Japão contemporâneo.” (Makoto Aida, sobre Mokomoko)

Agora que o discurso Superflat perdeu vigor e a poeira começou a cair, alguns curadores estão revisitando a história da arte para devolver ao Makoto o lugar que é dele por direito, finalmente reconhecendo sua importância para o período. Mais do que reescrever os livros de história, existe uma preocupação em apontar novos caminhos, e nessa observação descobriram uma prolífera ninhada de novos artistas diretamente ligados ao Makoto Aida. Entre eles, destaca-se o grupo Chim↑Pom.

Makoto Aida2

Chim↑Pom, nome derivado de chimpo (uma forma de dizer pênis em japonês), é um grupo artístico sem treinamento formal em artes, composto por cinco homens e uma garota na faixa dos 20-30 anos de idade, que se comportam quase como uma banda de J-rock (Ellie, Ryuta Ushiro, Yasutaka Hayashi, Masataka Okada, Toshinori Mizuno e Motomu Inaoka). A tônica do grupo se dá em intervenções urbanas provocativas, irônicas e cômicas. Suas interferências são gravadas em vídeo enquanto fazem troça com o absurdo da vida contemporânea, principalmente a toquiota. Vale a pena descrever algumas das divertidas ações de guerrilha artística do grupo.

Em Super Rat (2005) os jovens caçaram alguns ratos ariscos e resistentes ao veneno desenvolvido pelos humanos que povoavam uma região central de Tóquio. Eles mataram as ratazanas, submeteram os corpos ao processo de taxidermia e os pintaram de Pikachu. O Pokémon é kawaii, mas ainda é um rato, alerta o Chim↑Pom. Estão ironizando as meninas que freqüentam o Center Gai vestidas de Pikachu, e por tabela toda a moda urbana japonesa. Você pode ver um pequeno vídeo sobre Super Rat clicando aqui.

Pikachu girl

Black of Death (2007) tinha um alvo mais geral. Nesta intervenção os artistas saíram às ruas antes da coleta de lixo, com megafones para amplificar o som que os corvos (abundantes no Japão) usam para se reunir em bandos. Fizeram isso em locais como o Shibuya 109 (famoso local de compras), o Parlamento e a Torre de Tóquio. A ideia era fotografar uma revoada de corvos circulando logo acima de construções simbólicas do Japão. A mensagem? Excesso de riqueza também atrai corvos que chafurdam os lixos em busca dos restos. O vídeo pode ser visto clicando aqui.

Se esses dois exemplos parecem mais uma brincadeira adolescente, com Pika (2008) o Chim↑Pom revolveu a memória histórica dos habitantes de Hiroshima. Com um avião, eles picharam “ピカッ” no céu (Pika!, flash em japonês),  em cima do Memorial da Paz de Hiroshima, uma das poucas construções que permaneceram de pé após a explosão da Little Boy. Fizeram isso sem permissão ou consentimento dos habitantes de Hiroshima que se revoltaram, sobretudo os hibakusha, aqueles que sobreviveram à bomba e classificaram a ação como desrespeitosa e insensível. Curiosamente, Hiroshima recebeu muito bem os fogos de artifício do chinês Cai Guo Qiang, cujo Black Fireworks (2008) simulou, ao lado do Memorial, primeiro um cogumelo atômico; Depois, ao se dissipar, deu a impressão da chuva negra, lembrando o pé d’água radiativo que caiu horas depois da explosão em 1945. Você pode assistir a impactante queima de fogos clicando aqui.

pika

Após as catástrofes de Fukushima, o grupo se voltou para a problemática nuclear caseira, a discussão sobre a fonte energética do país e a vida daqueles diretamente afetados pela radiação em 2011: “Não há como nós continuarmos a viver como antes. Nós devemos trabalhar para fornecer oportunidades de reflexão sobre o que aconteceu”, afirmou Ellie. Criaram novas intervenções para falar do assunto, como Real Times, mas também ressignificaram obras antigas. Ao reeditar Super Rat em 2011, o Chim↑Pom fotografou os ratos em Shibuya. Ratos e humanos convivem em harmonia na cidade – ou tolerância, por falta de opção. Do mesmo modo que os cidadãos japoneses são obrigados a coexistir em casa com usinas nucleares mal administradas e com alimentos contaminados pela radiação.

O crítico Yoshitaka Mouri, em contato com as intervenções da cria do Makoto Aida, se questiona a respeito do papel da arte no mundo atual, quando os artistas mais parecem ídolos pop praticando um J-Jackass de vapor politizado e provocação vazia.

A AMEAÇA DO CONTINENTE: CHINA MANIA

O Japão entrou no século XX crente que seria o curador e porta voz da arte asiática ao mundo. Hoje percebe que a arte chinesa o deixou na sarjeta do mercado internacional. A China é atualmente o que o Japão foi nos anos 60, o mundo olha para lá com a curiosidade de conhecer uma nova alternativa de modernidade com tempero asiático. Se Neuromancer fosse escrito hoje, Gibson não situaria seu cyberpunk nas ruas marginais japonesas, mas sim nas vielas de Pequim ou Xangai. Os olhares que antes se deslocavam para a China com desdém ou mesmo nojo hoje já contêm traços de curiosidade e mesmo temor. Até onde o Dragão recém-desperto é capaz de chegar?

East is red

Quando falamos em arte, os criativos chineses recebem muito mais financiamento público do que os japoneses, principalmente quando falamos de arte contemporânea. A favorável condição econômica do país permitiu o surgimento de empresários milionários que patrocinam artistas locais como legítimos mecenas, enquanto os ricos japoneses apertam os cintos para não perder ainda mais ienes para as nações emergentes da Ásia. A numerosa classe média chinesa (os novos ricos) e o recrudescimento do interesse ocidental pelo país criaram uma verdadeira bolha de especulação no mercado da arte chinês – e onde tem dinheiro, tem museu interessado. Claro, sem ignorar o período árduo e recente do Maoísmo e o tema do pós-comunismo que com freqüência alimentam a imaginação dos criadores chineses (ao contrário do pacificado Japão que se abriu à tolice pop em tempos de paz extrema). Tudo isso, é evidente, sustentado por uma tradição milenar herdada do Império Chinês que confere consistência artística às obras atuais. Não podemos esquecer também que o contrabando ilegal de obras chinesas que foram censuradas pelo Partido também dá mais dinâmica ao comércio de quadros.

Ufa! Motivos e tanto para o Japão temer a concorrência chinesa. Aliás, não há o que temer, já aconteceu, o Japão ficou para trás. A arte chinesa hoje é mais criativa, fresca e dinâmica que a nipônica. Em termos comerciais, as obras dos chineses movimentam quantias muito maiores de dinheiro comparadas aos japoneses; mesmo Murakami virou café pequeno.

Coke Ai Weiwei

Numa divisão simplista, os chineses podem ser separados entre aqueles que são apoiados pelo governo, seja por fazerem arte despolitizada ou a favor do regime, e aqueles que usam a arte para atacar as lideranças políticas da China, principalmente em temas como a falta de liberdade de expressão e a tortura. Caio Guo Qiang (de Black Fireworks citado acima) é o principal nome do grupo apoiado por Pequim, ele não entende a arte como ferramenta política e sempre se cala quando questionado sobre temas espinhosos da realidade chinesa. Zou Cao, por outro lado, compra briga quando associa o Maoísmo ao leninismo em East is Red – quadro onde o rosto de Mao Tsé-Tung aparece como digitais sobre a bandeira da União Soviética.

O artista mais midiático da China é sem dúvidas Ai Weiwei. Crítico ferrenho do regime comunista, ele cumpre prisão domiciliar desde 2012 por suposta fraude fiscal (e também por isso tem muita visibilidade no ocidente, arrematando o 3º posto entre os mais influentes da arte, segundo a revista Art Review). No clipe Dumbass ele retrata ao som de heavy metal o período em que ficou encarcerado. Brincalhão, em 2012 entrou na onda viral de Gangnam Style e gravou sua versão: em certo ponto no passinho do cavalo ele não segura rédeas imaginárias, e sim algemas. Você pode ver o vídeo clicando aqui.

Ai Weiwei

Remembering (2008) é sua obra mais visceral. Em exposição na Alemanha, Weiwei empilhou 9 mil mochilas escolares num paredão. Usando cores diferentes, a muralha virou um grande painel onde se podia ler em chinês “Ela viveu feliz neste mundo por sete anos”. Frase de uma mãe que perdeu a filha no terremoto de Sichuan, responsável por matar mais de 80 mil pessoas. Weiwei avança contra os oficiais corruptos do Partido que desviaram dinheiro das obras e construíram escolas com fundações fracas, incapazes de suportam o abalo sísmico (diferente do Japão, onde as escolas eram os prédios mais seguros para se abrigar durante o terremoto/tsunami de 2011). A pilha de mochilas é uma homenagem aos milhares de estudantes soterrados nas escolas, e uma lembrança macabra das cenas do terremoto, onde mochilas se misturaram aos escombros e corpos enquanto os bombeiros lutavam para resgatar os sobreviventes.

O Japão deixou de ser interessante quando se tornou menos Cool e deixou de movimentar dinheiro no mercado da arte. Favell conclui que isso é uma perda lamentável, pois o mundo desenvolvido tem mais a aprender com um país que vive uma realidade mais próxima do decadente “welfare state’ europeu do que com a locomotiva mandarim.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Cool Japan foi soterrado pelo terremoto e contaminado pela radiação de Fukushima. Como conseqüência o Superflat foi afogado pelas águas do tsunami e virou história, não há mais espaço para suas ideias e estéticas. O projeto de se autodenominar ‘legal’ do governo japonês está fracassando como o Cool Britannia, que já virou motivo de piada na Inglaterra. A visão do Japão perante o mundo se alterou profundamente em 11 de Março de 2011. O impacto do terremoto, tsunami e acidente nuclear fez o mundo olhar com mais atenção para um país que patina na deflação há quase duas décadas e não é mais visto como vanguarda do mundo tecnológico, da modernidade ou do “Século Asiático”, como alguns definem o atual.

Fukushima

O mundo descobriu que o Japão está com a economia e com as lideranças governamentais estagnadas no paroquialismo político, que a população envelhece rapidamente e não se renova, que os índices de suicídio são alarmantes, que a pressão escolar ainda é insustentável, e que o país como um todo está sendo derrotado, em vários setores, pelas sociedades chinesa e coreana. O interesse pelo Japão perdeu força, e o Cool Japan dá pinta de que será esquecido e jogado na lixeira junto com a Década Perdida que o pariu.

O Japão encontra dificuldades de transformar sua cultura pop em Soft Power e, mais ainda, numa política industrial capaz de substituir a manufatura de bens de consumo que serviu de locomotiva no pós-guerra. O atual governo do Shinzo Abe já percebeu isso e está fazendo esforços pela revitalização da manufatura japonesa. Novamente reconhecer que a vantagem competitiva do Japão é a excelência técnica (atenção aos detalhes). Alguns destes projetos você pode conhecer no site do governo Made in New Japan”.

“Hoje, tenho o prazer de fazer um anúncio: As pessoas que sofreram tremendamente não perderam a esperança. Em Watari, os produtores de morango se recuperaram. Eu comi o produto deles, aqueles morangos grandes e vermelhos. Eles estavam deliciosos. Na verdade, até mais saborosos, já que a fruta agora cresce com uma nova tecnologia de controle de temperatura, uma tecnologia de ponta. Este é o novo Japão: O resultado da determinação do povo somado ao conhecimento avançado. Um país que enfrentou um desafio inimaginável e renasceu. A nação, uma vez auxiliada por sua boa vontade, está agora à beira de um novo futuro” (Shinzo Abe, Primeiro Ministro do Japão)

Honda

É verdade que mangás são lidos no mundo inteiro e eventos otaku acontecem por aí, mas o país está se mostrando incapaz de rentabilizar seriamente isso (dá lucro, mas não substitui nem serve como complemento). A estética japonesa se desvinculou do país. O clichê da dialética tradição-modernidade já não seduz como antes. O mundo se cansou de olhos grandes, uniformes de colegial, meninas ingênuas e tons pastel. Não há mais espaço para a Akihabarização das galerias de Arte.

Tóquio novamente está saindo da rota global de circulação da arte.  Porém, os artistas (não necessariamente apenas os jovens) estão percebendo seu papel na criação de novas diretrizes que norteiem o futuro do Japão pós-crise e pós-desastre, o tal “Post-no future”.  Este é o trabalho de gente como Tabaimo, Kumi Machida e de curadores como David Elliott (e seu projeto Bye Bye Kitty!!!). Alguns artistas estão abandonando Tóquio e as instituições consagradas da produção artística para se instalar em escolas abandonadas do interior. Outros estão visitando as zonas afetadas pela radiação para se inspirar e inspirar as pessoas que ainda sofrem com o desastre. Enfim, muita gente no mundo da arte, dos negócios e da política está lutando por um novo Japão. E esse novo Japão não se pretende um hambúrguer de pelúcia, sarin e menininhas prensados, como pregam os apocalípticos do Superflat e da seita Aum Shinrikyo, e sim um país mais plural, dinâmico, otimista e integrado com a comunidade internacional.

por Kauê Antonio Lee

(Se você suportou esse texto até o fim, é possível que se interesse também pelo
Hallyu – A onda coreana do pop de Seul invade o mundo!)

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Fontes:
Before and after Superflat – A short history of Japanese Contemporary Art 1990-2011 (Adrian Favell)
SUPERFLAT WORLDS: A Topography of Takashi Murakami and the Cultures of Superflat Art (K Sharp)
Os corpos do J-pop (Christine Greiner)
Taboos in Japanese postwar art: mutually assured decorum (Ashley Rawlings)
Entertainment Re-oriented: Atomic Pop Pt. II: Hello Kitty and the Rape of Nanking (Ben Hamamoto)
Superflat: A Reação do Pós-Modernismo Japonês ao “Boom” Otaku (Alexandre Soares)
After the Gold Rush: Japan’s new post-bubble art and why it matters (Adrian Favell)
Bye Bye Little Boy (Adrian Favell)
Bye Bye Kitty: The Dark Side of Art in Japan (Lucy Birmingham)
Cool is not enough (Christopher Graves)
Escape from Galapagos (Waichi Sekiguchi)
Cool Japan Strategy (Modified version of the Interim Report submitted to the Cool Japan Advisory Council) (METI/2012)
Cool Japan Strategy: Singapore Program (METI)
Generation Superflat: Fashion Fusions and Disappearing Divisions in the 21st Century –(Cindy Lisica)
Micropop, and what it says about Japan (iMomus)
Ai Weiwei’s “Remembering” and the Politics of Dissent (Khan Academy)
Exposição em Berlim desmistifica a jovem arte contemporânea japonesa (Marco Sanchez)
Nihilist Moralists for a Traumatized Japan: Chim Pom’s “Real Times” (Alan Gleason)
Mariko Mori: Digital Deity of Technology and Spirituality (Gwen Anes Kuo)
Mariko Mori: Dream Temple (autor desconhecido)
http://chimpom.jp/index.html (site oficial do ChimPom)
http://english.kaikaikiki.co.jp/ (site oficial do Superflat)

Mangá Code:Breaker chega ao final no Japão

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CodeBreakerHeaderSérie chegará ao fim no dia 17 de Julho.

Mais uma série preparando a sua despedida em breve do Japão. Depois de Deadman Wonderland, Gantz, Evangelion e tantos outros, chega o momento de Code: Breaker se despedir da Shounen Magazine, revista onde é publicado semanalmente desde 2008. A obra é de autoria de Kamijyo Akimine, famoso no Japão por seu mangá anterior – Samurai Deeper Kyo, que rendeu 38 volumes. Code:Breaker chegou a ganhar um anime de 13 episódios em 2012 pelo estúdio Kinema Citrus mas não conseguiu colaborar muito com a fama de sua obra original, sendo inclusive criticado pelos que já acompanhavam a versão quadrinizada. A série chegará ao fim no dia 17 de Julho e deverá ter ao seu total 26 ou 27 volumes encadernados.

Code Breaker 1A história de Code:Breaker tem como protagonista Sakurakouji Sakura, uma garota que parece ser graciosa e modesta, mas na realidade é muito habilidosa nas artes marciais. Um dia andando de ônibus ela acaba testemunhando um garoto da sua idade em volta de pessoas queimando com uma espécie de fogo azul. No dia seguinte ela acaba voltando para aquele lugar, mas não tem mais nenhuma evidência de qualquer assassinato ali e ainda mais estranho é o fato que o novo aluno transferido para a sua classe se parece exatamente com o garoto que ela viu antes. Seu nome é Oogami Rei, ele é um Code Breaker, aquele que não existe. Ele aparentemente é um assassino de sangue frio, seguindo o princípio de “olho por olho”, usando “o mal contra o mal”. Sakurakouji acha que matar não está certo e resolve o deter, tentando entrar em seu coração “de gelo”. Porém não será tão fácil assim.

Como curiosidade o mangá de Code:Breaker foi interrompido nos Estados Unidos após 3 volumes de publicação pela editora Del Rey. O motivo foi a chegada da Kodansha no país que retirou todas as suas obras das mãos de outras editoras. A Kodansha US não tem previsão de continuar o mangá no país até o momento.

via Manga-News


Segunda temporada de Magi estreia em Outubro no Japão

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magiheaderAgora acabaram-se as dúvidas de vez.

Ao final do anime de Magi em março (!!) fomos recebidos pela notícia de que a série ganharia uma segunda temporada. Porém, alguns meses depois começaram boatos de que a segunda temporada na verdade se tratava de um filme e com isso a sua existência ficou “ameaçada”. Mas agora é oficial: De fato a segunda temporada de Magi estreia em outubro no Japão cobrindo o arco de Magnostadt. A única dúvida agora fica por conta da duração da série do A1-Pictures se teremos 12~13 ou 25~26 episódios de duração. Levando em conta que a primeira temporada ficou conhecida pelo seu ritmo bem “acelerado” não é de se duvidar que a segunda cubra poucos episódios.

magianimeA história de Magi gira em torno de Aladdin, que viaja pelos desertos cheios de bandidos e criaturas maléficas e que possui uma flauta mágica que possui dentro dela um gênio chamado Ugo, que curiosamente não tem cabeças, mas mesmo assim possui um corpo extremamente forte. No meio de sua jornada em busca das “Dungeon”, Aladdin conhece outras pessoas como Alibaba e outros nomes bastante conhecidos do universo das histórias que conhecemos desde criança. O mangá – publicado desde 2009 na Shounen Sunday – está atualmente em seu décimo sétimo volume no Japão e é publicado nos Estados Unidos pela VIZ após o grande sucesso do anime no exterior.

Fiquem atentos e não estranhem se em breve o Aladdin japonês aparecer nas nossas bancas também.

via Manga-News


Segunda temporada de Silver Spoon estreia em Janeiro de 2014

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silver spoon headerE a primeira nem começou ainda.

O sucesso provavelmente tem o cheiro de Hiromu Arakawa, a autora de Fullmetal Alchemist e de Silver Spoon – ou Gin no Saji, anime que estreia agora em Julho no Japão e que já tem a sua segunda temporada confirmada para Janeiro de 2014! Isso mesmo, a primeira nem bem começou e os produtores já se adiantaram com a continuação para o próximo ano. Isso que eu chamo de confiança no material. A primeira temporada durará até outubro, tendo uma pausa de três meses para a sua continuação. O anime será exibido dentro do bloco noitaminA e será produzida pelo estúdio A1-Pictures (Sword Art Online, Space Brothers, Tsuritama), terá direção de Tomohiko Ito (Sword Art Online) e Kotomi Deai (Hayate no Gotoku Movie), roteiros de Taku Kishimoto (Usagi Drop), character design de Jun Nakai (Mardock Scramble) e trilha sonora de Shusei Murai (Supernatural The Animation).

Confira abaixo o trailer do anime:

Gin no Saji (ou Silver Spoon) conta a história de Yugo, um garoto que sempre viveu na cidade grande mas tenta a sorte de estudar em uma universidade no campo para se “destacar” e ganhar o respeito de sua família. O garoto chega ao interior com a intenção de se dar bem nos estudos, mas… ele não contava que fosse na verdade ter que se tornar um fazendeiro de ofício, cuidando de animais e de toda a vida “na roça”. Lá ele terá que se adaptar a essa vida nada agitada e com a ajuda de amigos feitos por lá, continuará insistindo em seu objetivo.

via Manga-News


Confira o trailer da segunda temporada de Kuroko no Basket

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KurokoAnimeHeaderSegunda temporada estreia em outubro.

Tá chegando. A segunda temporada de Kuroko no Basket estreia em outubro no Japão as informações começam a aparecer, entre elas o primeiro trailer – que por acaso conta com um fator muito engraçado, mas que deixarei vocês perceberem ao assistir por conta própria. Confira abaixo a animação – literalmente.

A série que vem se firmando cada vez mais como um dos sucessos da Shounen Jump (tanto nos rankings semanais quanto nas vendas dos volumes encadernados) foi uma das mais vendidas no ano passado no mercado de home video (Blu-Ray e DVD) e por esse motivo o estúdio Production I.G. não perdeu tempo em anunciar a continuação para o anime, que se demonstrou uma surpresa para todos que não conheciam a série e imaginavam apenas algo genérico. Se depararam com episódios emocionantes e uma tensão que se predominou durante todos os episódios da primeira temporada. Ansiosos para a continuação?

A história de Kuroko no Basket gira em torno do clube de basquete do Colégio Seirin e seus dois novatos: Kagami Taiga - que estudou nos Estados Unidos e possui uma grande técnica – e Kuroko Tetsuya. A grande surpresa se dá no fato de que ninguém percebeu quem era “esse tal de Kuroko”, e então veem que ele fazia parte da Geração dos Milagres da escola Teiko, um colégio que foi incrivelmente forte, com mais de 100 membros e três títulos consecutivos em campeonatos! Kuroko mal é percebido entre as pessoas, mas em seu primeiro treino do clube de basquete ele vai mostrando sua habilidade que consiste exatamente em utilizar essa pouca percepção que os outros têm dele para fazer com que a bola chegue rápido ao seu companheiro de time, fazendo com que compreendam que ele era o “jogador fantasma” da Geração dos Milagres da Teiko. Depois disso, Kagami reconhece sua habilidade, e decide derrotar os outros jogadores da Geração dos Milagres, o que Kuroko diz ser impossível. Contudo, diz que toda luz precisa de uma sombra, e que quanto mais forte é a luz, mais forte é sua sombra, por isso seria a sombra de Kagami, e o ajudaria a ser o melhor jogador do Japão.


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