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Mushishi ganha segunda temporada em abril no Japão

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mushishianimeAnime volta para as telas quase nove anos depois de sua primeira temporada.

Sucesso de críticas pelo mundo e adaptado de um mangá de 10 volumes, Mushishi é um dos bons animes que surgiram em meados dos anos 2000. A série, no entanto, cobriu apenas 6 dos volumes totais e os fãs aguardaram durante muitos anos, praticamente sem nenhuma esperança, que uma segunda temporada fosse confirmada. Porém o que era impossível aconteceu. Para comemorar os 15 anos do mangá, a editora Kodansha ao lado do estúdio Artland lançaram um especial de 1 hora na televisão japonesa e ao mesmo tempo confirmaram que a segunda temporada – que conclui a história do mangá – será lançada ainda em abril desse ano.

O estúdio de produção seguirá sendo o mesmo da primeira temporada e do especial (Artland) e boa parte da equipe de produção foi mantida, inclusive o elenco de dubladores encabeçado por Yuto Nakano, o protagonista Ginko. Assim como aconteceu com o especial, a temporada provavelmente será exibida no Crunchyroll e cogita-se o total de 13 episódios aproximadamente. A primeira temporada de Mushishi foi lançada em 2005 e teve um total de 26 episódios. O anime chegou a ser exibido no Brasil no canal Animax em novembro de 2008.

A história gira em torno de Ginko, um “Mushi-Shi”. Mushis são espécies de micro-organismos que possuem ligações com o mundo sobrenatural e com algumas “maldições”. Ginko decide viajar pelo mundo para descobrir mais sobre os Mushis e em seu caminho decide ajudar muitas pessoas que acabam sendo alvos de problemas que podem estar ligados aos Mushis.

Se você não assistiu Mushishi até hoje, eis a sua oportunidade. Um dos mais belos animes que você poderá adicionar em sua “biblioteca” e que com certeza vai lhe deixar com o gostinho de “chega logo” pela segunda temporada.

msushishi



Mangá Sora no Otoshimono chega ao fim no Japão

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sora no otoshimonoPanini tem o primeiro finalizado do catálogo no ano.

Pegando alguns de surpresa, a revista Gekkan Shounen Ace anunciou em suas páginas que o mangá Sora no Otoshimono está chegando ao seu final. O último capítulo será lançado já no dia 25 do mês de janeiro, na edição de março da revista (japoneses e suas lógicas em edições). De autoria de Minazuki Suu e publicado nas páginas da Ace desde 2007, Sora no Otoshimono deverá ter ao seu final o total de 19 volumes publicados. No Brasil o mangá é publicado pela editora Panini desde 2011 e se encontra no volume 12 e você pode conferir uma resenha aqui mesmo no Chuva de Nanquim.

A história gira em torno de Sakurai Tomoki, um garoto como qualquer outro que não pensa em nada com nada da vida. O único problema de Sakurai é que ele tem constantemente um sonho em que ele recebe um pedido de ajuda de uma garota que ele não conhece, já que ele nunca consegue se lembrar do rosto dela. Um dia Sohara, uma amiga de infância do menino, resolve levá-lo até o veterano Sugita, um estranho rapaz que tem a teoria de um “Novo Mundo”. E para ele a garota que Sakurai tem em seus sonhos é uma das habitantes desse novo mundo. Em uma noite Sakurai é levado para um local que segundo Sugita o ajudará a resolver seus problemas e descobrir quem é a garota. Mas o plano não parece sair bem como o planejado, e no lugar disso Sakurai é atacado por uma “chuva de meteoros” que revela na verdade uma “garota anjo” que fica aprisionada à sua mão através de uma corrente e diz que fará tudo que o garoto pedisse para ela daquele dia em diante. O nome dela é Ikaros e a presença dela mudará para sempre a vida de Sakurai. E de seus amigos também.

Sora no Otoshimono ganhou duas temporadas animadas (uma com 13 e uma com 12 episódios), um OVA, e dois filmes animados sendo que o segundo terá seu lançamento no mês de abril no Japão e atende pelo nome de “Sora no Otoshimono Final: Eternal My Master”.


Mangá Rosario to Vampire II chega ao fim em fevereiro no Japão

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Rosario HeaderEditora JBC também terá a primeira perda de 2014 no Brasil.

Se 2014 for como 2013, muitas séries prometem se encerrar. O ano já começa agitado com a informação que o mangá Rosario to Vampire II, publicado no Brasil pela editora JBC, chegará ao seu fim em fevereiro nas páginas da revista Square. A obra deverá ter o total de 14 volumes encadernados. O mangá de Ikeda Akihisa é publicado desde 2007 na revista e é continuação direta de Rosario to Vampire, lançado em 10 volumes na revista Shounen Jump. A chamada “Season II” é conhecida pela mudança drástica positiva de visual e roteiro por parte do autor. No Brasil a editora JBC lança em janeiro o volume 13, recém publicado no Japão.

A história continua do ponto de onde parou a primeira temporada, alguns meses no futuro. O colégio foi reparado e um novo semestre acontece normalmente. Tsukune e sua turma estão de volta, mas dessa vez mais poderoso do que nunca. Novos adversários surgem e algo muito mais sinistro está prestes a aparecer, com uma força jamais enfrentada antes. Tudo acontece enquanto Tsukune tem de aprender a dominar o monstro que vive dentro de si, e com a ajuda de Moka, Mizore, Kurumu, Ruby, e Yukari treina intensamente para controlar o sangue de vampiro. Em Rosario to Vampire II, as garotas tomam seu merecido destaque e fatos como seus passados e as suas famílias ganham maior importância. Novos confrontos. Novos amigos e aliados. Todos os segredos do rosário de Moka serão finalmente desvendados?

Apesar de ser praticamente unanimidade entre os fãs da franquia, Rosario to Vampire II nunca ganhou uma adaptação animada, diferente de sua série antecessora. Rosario to Vampire ganhou duas temporadas com 13 episódios cada em 2008 pelo estúdio Gonzo – e ainda assim, sem cobrir totalmente o mangá. Com o fim do mangá, será que ainda resta uma ponta de esperança?


Nobuhiro Watsuki trabalha em spinoff de vilões de Rurouni Kenshin

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kenshinOlha que a ideia pode ser interessante.

Para Nobuhiro Watsuki, sua oba máxima Rurouni Kenshin é eterna. E isso parece cada vez mais evidente em seus últimos trabalhos. Em um evento realizado nos Estados Unidos, sua esposa, Kaworu Kurosaki, revelou que o autor está nesse momento trabalhando em mais uma série relacionada a Rurouni Kenshin – dessa vez uma saga totalmente voltada para os vilões da série. Podemos dizer que será uma espécie de “Gaiden” de alguns personagens marcantes na tropa inimiga de Kenshin e companhia. Ainda não existe uma data e nem mesmo uma revista certa para confirmar o lançamento da história, mas Kaworu admitiu que seu marido já está botando os planos em andamento, portanto em breve deveremos ter mais notícias relacionadas.

Nos últimos anos Rurouni Kenshin tem voltado de forma intensa para a mídia japonesa. Além de episódios especiais e sua adaptação para o cinema (que em breve terá a segunda parte), Watsuki também planejou um mangá alternativo da série nas páginas da Jump Square em 2012. O mangá continua sendo um dos mais queridos da história da Jump e do Japão, além da grande fama internacional, inclusive no Brasil onde o mangá vem sendo relançado em edição especial pela editora JBC desde 2012.

Desde que Watsuki concluiu Rurouni Kenshin, nenhum de seus trabalhos conseguiram o mesmo grau de notoriedade e muito menos de satisfação própria para o autor. Buso Renkin (que até chegou a ganhar um anime, mas nunca foi das obras mais adoradas pelo próprio mangaká) e Embalming (que sofre com as paralisações por conta dos trabalhos paralelos) não são os hits que o mestre de Eiichiro Oda gostaria de ter emplacado. Mesmo assim, a chance de um bom material com personagens já consagrados de Rurouni Kenshin é uma probabilidade alta, já que bons vilões e personagens antagonistas é o que não falta na saga do Retalhador. Shishio, Enishi e outros que o digam.

via Anime News Network


Primeiras informações do cast do anime de Soul Eater NOT!

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soul eater notMadoka vai tentar a sorte em outro mundo.

Em novembro do ano passado a revista Shounen GanGan confirmou a produção do anime de Soul Eater NOT! pelo estúdio BONES, o mesmo que ficou responsável pelo anime da saga “original” e que é conhecido pela magistral animação e o péssimo final filler. Apesar de nenhuma novidade sobre a data de estreia da série, o simples fato de ver um mangá de apenas 3 volumes sendo adaptado tão rápido para a TV ainda deixa os fãs com a pulga atrás da orelha. Mas a produção continua andando e dessa vez novas informações sobre o elenco que fará parte do anime foram divulgadas.

Na parte técnica teremos Masakazu Hashimoto (Tari Tari) na direção e nos roteiros, Satoshi Koike (Symphogear) cuidando do character design e da direção de animação, Toru Fukushi (Reboot de Evangelion) na direção de fotografia, além da dupla Asami Tachibana (Robotics;Notes) e Yuuki Hayashi (Blood Lad) cuidando da trilha sonora. Já no elenco de dubladores, a novata Haruka Chisuga fica na voz de Tsugumi, Aoi Yuuki (Madoka, de Madoka Magica) será Meme, e Saori Hayami (Ikaros, de Sora no Otoshimono) fica com o papel de Anya.

Soul Eater NOT! é um spinoff de Soul Eater e se passa no mesmo período da trama original. A história fala de Harudori Tsugumi, uma nova aluna na Shibusen, que, antes de viver seu sonho de ser famosa precisa arranjar um parceiro e sobreviver aos métodos de ensino do Shinigami-Sama (ou Deus da Morte). O mangá de Soul Eater está sendo publicado por aqui pela editora JBC, e seu volume 18 chega nesse mês nas bancas.

via Anime News Network


Anime Saint Seiya Omega pode acabar em março no Japão

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omegaheaderEpisódio 97 provavelmente é o último da série.

A Bandai aparentemente confirmou de forma indireta que o anime de Saint Seiya Omega está em seus dias finais. Isso porque a empresa que é responsável pelos DVDs da série anunciou que o box chamado de “Volume Final” lista o episódio 97 como o último da série dos novos cavaleiros. Com isso o anime terminaria no dia 30 de março no Japão e daria sua vaga para alguma estreia na temporada de abril. Vale lembrar porém que Omega atualmente se encontra em seu segundo arco que foi iniciado no episódio 52 da série. Na época, a Bandai também anunciou que o box com o episódio 51 seria o último do anime, mas em seguida a segunda temporada foi confirmada e a exibição continuou normalmente. Resta saber se dessa vez o fim é definitivo ou teremos um terceiro arco de Omega.

Saint Seiya Omega é uma continuação da saga clássica. A história começa com Saori, a eterna deusa Athena, segurando em suas mãos um bebê. Ela sofre um ataque surpresa do primeiro vilão da série, Mars, que quer a qualquer custo acabar com a deusa. Seiya aparece para salvar a deusa vestindo a sagrada armadura de ouro de Sagitário. Mars é derrotado por Seiya, mas antes de ir deixa uma “lembrancinha” para a deusa. Treze anos se passam e Kouga, o bebê que Saori segurava em seus braços, está sendo treinado para se tornar um cavaleiro com nada mais, nada menos que Shina. Porém Kouga acha que não vai conseguir se tornar um cavaleiro e é extremamente desanimado nos treinos por isso. Mas um fato pode mudar sua vida: o objeto deixado por Mars no passado desperta, e o próprio Mars aparece para atacar Saori e Kouga que estavam conversando naquele momento. Nesse momento Kouga descobre que ela é a deusa Athena e ao vê-la sendo atacada por Mars desperta seu poder como cavaleiro de bronze de Pegasus, lembrando todos os ensinamentos do cavaleiro de sagitário Seiya. É a partir daí que a história começa, com Saori recrutando um novo grupo de jovens guerreiros para se tornarem os cavaleiros de bronze e protegê-la do mal maior que está por vir com Mars.

O anime de Saint Seiya Omega começou a ser lançado em DVD no Brasil pela PlayArt mas ainda não tem previsão de estreia em nenhum canal de televisão. Apesar de ser parte da franquia de Cavaleiros do Zodíaco, a série não passa pela aprovação de parte do fandom.

via Anime News Network


Novo anime de Sailor Moon estreia em julho no Japão

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sailor2014Agora vai?

Depois de ser adiado por duas vezes, agora parece que temos a confirmação definitiva do novo anime de Sailor Moon. Segundo a Toei, a série tem previsão de estreia para a temporada de Julho e será transmitido via internet para o mundo através do NicoNico. O produtor da série, Atsutoshi Umezawa, confirmou que o novo anime não será um remake da série anterior, e sim uma adaptação do mangá de Naoko  Takeuchi (vale lembrar que existem muitas diferenças entre as duas mídias). A direção da nova série ficará a cargo de Munehisa Sakai (One Piece, Strong World e filmes de Dragon Ball Z do arco Brolly) e os roteiros com Yuuji Kobayashi (que participou de alguns episódios de Saint Seiya Omega, Aoi Bungaku e Smile Precure). Como já anunciado anteriormente, o grupo Momoiro Clover será o intérprete do novo tema da série.

Sailor Moon conta a história de Usagi Tsukino, uma estudante totalmente atrapalhada que um dia encontra uma gata chamada Luna que diz à ela que a garota é a guerreira lunar, a Sailor Moon. Usagi tem a missão de combater demônios e o mal da terra em nome do poder da Lua e da Princesa da Lua, a qual ela “herda” os poderes necessários para cumprir sua missão. Ela não estará sozinha e encontrará outras Sailors que a ajudarão a manter a paz na terra e não deixar que o mal ganhe em nenhuma hipótese.

Sailor Moon comemorou 20 anos em 2012. O anime “clássico” anterior da Toei possui 200 episódios divididos em 5 sagas, 3 filmes e 1 especial. O mangá de Naoko Takeuchi foi lançado em 1992 na revista shoujo Nakayoshi e possui 12 volumes (sendo que originalmente ele foi publicado em 18), se tornando um dos mangás do gênero mais importantes do Japão. No Brasil todas as séries animadas foram exibidas pelo Cartoon Network e também picotada entre a extinta rede Manchete e a rede Record. Um DVD de Sailor Moon S também chegou a ser lançado mas evaporou. O mangá por sua vez chega agora em 2014 pela editora JBC, bem como o spinoff de Sailor V.


Spinoff Magi: Sinbad no Bouken ganha anime no Japão

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sinbadanimeShounen Sunday sabendo faturar.

Os fãs de Magi estão com sorte. Além da elogiada segunda temporada do anime, a editora Shogakukan anunciou que chegou a vez do spinoff “Sinbad no Bouken” (As Aventuras de Sinbad) ganhar uma adaptação animada. Mas acalmem-se pois não se trata de um anime televisivo como seu pai. Com apenas 3 volumes, a série ganhará um OVA que acompanhará a edição especial de seu terceiro volume que deve sair no dia 16 de Maio. O mangá de Shinobu Ohtaka é publicado atualmente na revista virtual “Ura Sunday”, onde foi transferido depois de algumas edições na Shounen Sunday convencional (o que causou um grande volume de trabalho para a autora que chegou inclusive a pedir uma pausa no ano passado).

Nada de novo quanto a staff da produção será alterada. O estúdio A1-Pictures continua no comando e Daisuke Ono continua na voz de Sinbad – mesmo um pouco mais jovem. Como o próprio nome do mangá já diz, acompanharemos pequenas aventuras de Sinbad e descobriremos um pouco mais sobre seu passado.

Para os brasileiros, resta aguardar que o mangá de Magi venha ao Brasil – algo que não deve passar desse ano.



Eu Recomendo Especial Parte 2 – Os melhores de 2013: Verão e Outono

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recomendoverãooutonoSegunda parte das recomendações de 2013!

Confira a primeira parte do Eu Recomendo Especial em:
Os melhores de 2013: Inverno e Primavera

E chegamos com a tão aguardada continuação dos melhores animes do ano de 2013. E se na primeira metade as séries escolhidas foram “fáceis”, essa segunda nos fez suar e muito. Ao analisarmos com cuidado todos os animes das duas temporadas finais percebemos que seria fácil montar uma recomendação com 20 animes sem pestanejar. Mas como a ideia é “resumir” tudo, escolhemos apenas 10 com muito aperto no coração. Pra “reparar” um pouquinho do erro decidimos colocar notas daqueles que poderiam também marcar presença na lista, assim como fizemos no ano passado.

Obviamente a opinião de vocês deverá discordar em um ou (muitos) mais animes da nossa lista, mas a ideia é justamente fazer com que vocês interajam e possam opinar e dizer quais foram as suas séries favoritas para se acompanhar no ano que passou. Como foi dito na primeira parte, não estamos julgando aqui o que é melhor ou pior de forma “oficial”, apenas colocando nossos gostos e aqueles que consideramos as principais atrações das temporadas. Contamos com o apoio de vocês pra fazer mais esse post recheado com comentários.

Verão

Em muitos casos a temporada de verão é bem morna, e em 2013 a coisa não foi muito diferente. A diferença é que tivemos um número razoável de boas adaptações, continuações e até algum material inédito que conseguiu se destacar. No fim das contas foi uma boa temporada pra quem buscava coisas mais leves e rápidas (e com Uchouten Kazoku, uma das grandes surpresas do ano).

servant serviceServant x Service

Gênero: Comédia, Slice-of-Life
Numero de Episódios: 13
Estúdio: A1-Pictures

Se você gostou de séries como Working ou Baka to Test, provavelmente Servant x Service está esperando por você. Imagine você se tornar um funcionário público e ter que aprender a viver diariamente com sua nova profissão de uma forma bem inusitada? Essa é a premissa do anime que com certeza vai te tirar boas risadas com o passar dos seus 13 episódios. Muitas vezes esse tipo de comédia acaba passando em branco durante a temporada e com o tempo você percebe a grande oportunidade que perdeu de acompanhar semanalmente.

watamoteWatamote!

Gênero: Comédia, Slice-of-Life, Drama
Numero de Episódios: 12
Estúdio: Silver Link

Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaete mo Omaera ga Warui! Só uma série com um nome tão grande poderia ter um tema e um desenvolvimento tão bizarro. Watamote é o tipo de anime que pode te chocar dependendo do seu ponto de vista sobre a personagem principal. Ao mesmo tempo que o anime é uma comédia com ótimas sacadas, também temos um drama vivido pela protagonista que facilmente pode ser situado dentro da vida real de muitas pessoas. É o tipo de série que dependendo de como você está disposto a assistir pode se tornar um profundo pensamento sobre o seu modo de agir. Ou só uma comédia de te fazer rir em muitas situações.

gin no sajiGin no Saji

Gênero: Comédia, Slice-of-Life
Numero de Episódios: 11
Estúdio: A1-Pictures

Silver Spoon é a obra atual da nossa amada e idolatrada Hiromu Arakawa, autora de Fullmetal Alchemist. E se você acha que a mulher ficou doida em mudar seu rumo de battle shounen para um mangá totalmente slice of life está totalmente enganado. Gin no Saji é a prova de que a autora é definitivamente uma mulher genial. Com uma história extremamente cativante, reflexões do “crescimento” do ser humano em fases de sua vida, e uma bela adaptação feita pelo estúdio A1-Pictures, o anime se mostra mais que obrigatório para quem é fã desse mundinho. Assista e definitivamente não vai se arrepender. Lembrando que a segunda temporada é exibida a partir da temporada de janeiro de 2014.

uchouten kazokuUchouten Kazoku

Gênero: Comédia, Drama, Fantasia
Numero de Episódios: 13
Estúdio: P.A.Works

Uchouten Kazoku poderia ser traduzido literalmente para “Família Excêntrica”, algo que define totalmente uma das melhores séries de 2013. Unindo personagens de diversas histórias japonesas (tanukis, tengus e outros) com uma história tocante de uma família nada convencional, Uchouten Kazoku merece figurar ao menos no top 3 de melhores animes do ano. O estúdio P.A.Works adaptou a novel de mesmo nome em 13 episódios fantásticos, com um clima agradável e que te envolve a cada segundo de animação. Para fãs de séries como Natsume Yuujinchou, Mushishi e gênero, fica a recomendação principal da temporada.

gatchaman crowndsGatchaman Crowds

Gênero: Aventura, Ficção Científica
Numero de Episódios: 13
Estúdio: Tatsunoko Production

Gatchaman Crowds nessa lista? Sim, Crowds nessa lista. Para alguns um dos animes mais dispensáveis do ano. Para outros, uma das melhores releituras de clássicos dos últimos. Com certeza Gatchaman divide opiniões, mas é uma série que deveria merecer sua atenção. Talvez não por sua protagonista que em alguns momentos é “irritante”, mas pela forma como um clássico é adaptado e trazido para os dias atuais com uma roupagem totalmente diferente. O grande problema é que muitos encaram Crowds como um “remake” do consagrado Gatchaman, o que não é. Crowds é um material inédito que se utiliza dos mesmos conceitos de amizade, solidariedade, trabalho equipe e sentimentos humanos para exibir uma das mais consistentes séries do ano. Pra quem estiver disposto a conferir, fica a sugestão.

Menções honrosas

- Free! – Talvez o mais polêmico anime do estúdio Kyoto Animation dos últimos anos. Sempre conhecido pela sua “moeficação”, o estúdio apostou no fandom feminino com uma obra totalmente voltada para o público fujoshi e… deu muito certo. Vendas nas alturas e com certeza um futuro investimento para o estúdio em um novo público formado.

- Monogatari Second Season – A segunda temporada poderia facilmente estar na lista dos melhores do ano, mas como já marcou presença em outros anos por aqui decidimos abrir espaço para outra obra – e só e somente isso. Para os fãs de Monogatari e franquia, temporada mais que recomendada com um show de animação e direção pelo estúdio SHAFT.

- The World God Only Knows Season 3 – Keima voltou na terceira temporada de um dos animes mais divertidos e gostosos de se acompanhar. Sem perder o feeling das temporadas anteriores, fica a dica para aqueles que deixaram a série passar despercebida.

- Blood Lad – Adaptação do mangá que faz grande sucesso no Brasil na editora Panini. Muito medo rondava a animação dessa série mas o resultado final foi muito interessante. Além de seguir fielmente a obra original ainda tivemos diversos recursos para “dar o feeling” do mangá no anime. Pena que não deve rolar continuação. Vale pela curiosidade, mas parta pro mangá.

Outono

A última temporada é sempre conhecida por ser a mais aguardada do ano. E dessa vez parece não ter sido diferente. Com muitas opções para todos os gostos, definitivamente outono deu muito trabalho pra escolhermos aqui no ChuNan apenas 5 candidatos. Por esse motivo, definitivamente não deixem de dar aquela olhada nas menções.

log horizonLog Horizon

Gênero: Comédia, Aventura, Fantasia
Numero de Episódios: 25
Estúdio: Satelight

Não são apenas duas ou três pessoas que confirmam que Log Horizon é o que Sword Art Online deveria ter sido desde o começo. Se você busca uma série que literalmente te coloca dentro do universo de um MMORPG, poucos conseguem tão bem essa imersão como Log Horizon. Ao assistir você não só se identifica com um jogador como também consegue apreciar cada pedaço da animação e da história que te familiarizam com um mundo alternativo. Apesar da premissa parecida e que possa gerar alguns “Isso é uma cópia!” de fandom, Log Horizon se mostrou um belo anime com elementos muito bem trabalhados pelo estúdio Satelight. E destaque para uma das melhores aberturas do ano, é claro.

white album 2White Album 2

Gênero: Romance, Drama, Slice-of-Life
Numero de Episódios: 13
Estúdio: Satelight

Em primeiro lugar, White Album 2 não tem uma ligação direta com a antiga série White Album lançada anteriormente no Japão. Digamos que a coisa funciona mais ou menos como “Persona 3″ e “Persona 4″, entendem? Você não precisa assistir uma para entender a outra (e nem devem, palavra de amigo). De qualquer modo, WA2 foi incontestavelmente a melhor série de romance da temporada pelo drama desenvolvido pelo triângulo amoroso desde o começo da série. Não dá pra dizer muito mais pois qualquer comentário poderia ser um spoiler, mas se você busca drama e romance em doses certas e tocantes, não deixe de conferir o anime. Também há a possibilidade de uma segunda temporada, mas nada confirmado.

kill la killKill La Kill

Gênero: Comédia, Ação, Aventura, Fantasia
Numero de Episódios: 25
Estúdio: Trigger

Desde que foi anunciado Kill La Kill foi cercado com uma certeza: seria um dos melhores animes de 2013. E de fato ele realmente é, mas levanto muito mais suspeitas e rejeições do que provavelmente esperado – principalmente pelo grande uso do ecchi como ferramenta principal da série. Mesmo assim a equipe de Gurren Lagann segue a mesma linha de seu principal sucesso e lhe entrega um anime “recheado de testosterona”, como dizem. Com uma animação incrível e com personagens realmente memoráveis, Kill La Kill consegue se sobressair mesmo com seus pontos fracos. Provavelmente a melhor série de ação do ano ao lado de Shingeki no Kyojin no primeiro semestre, sem dúvidas. E a Mako é a melhor personagem da série, só pra deixar constado.

samurai flamencoSamurai Flamenco

Gênero: Comédia, Ação, Aventura, Fantasia
Numero de Episódios: 22
Estúdio: Manglobe

Quando Samurai Flamenco foi anunciado nós simplesmente não sabíamos o que esperar da série. E provavelmente mesmo com ela em execução ainda não sabemos! E isso talvez seja o principal trunfo do anime do estúdio Manglobe. Considerado por alguns como “semelhante a Tiger & Bunny” ou “o Kick-Ass japonês”, Samurai Flamenco é um anime que mistura elementos de tokusatsus e uma história totalmente imprevisível em uma divertida obra do noitaminA. Com certeza você se surpreenderá muito com a série depois de seu episódio 7 e sua reação será fundamental para continuar a assistir ou não. Mais uma vez personagens carismáticos e uma música de abertura viciante pelo grupo SPYAIR marcam mais um anime dessa seleção.

kyousougigaKyousougiga

Gênero: Aventura, Fantasia, Ficção Científica
Numero de Episódios: 10
Estúdio: Toei Animation

Uma verdadeira “overdose animada”. Mais um que entra fácil na lista de melhores animes do ano mesmo se tratando de uma série do debochado Toei Animation. Kyousougiga é uma “mistura de tudo e mais um pouco” utilizando uma espécie de releitura de uma famosa obra: Alice no País das Maravilhas. O ritmo alucinado, a transição de cenas e personagens e um clima que te mantem intacto durante todos os 10 episódios. Poucas palavras conseguem descrever Kyousougiga já que mesmo assistindo dezenas de vezes você provavelmente continuará descobrindo coisas incríveis dentro do anime. Um trabalho digno de parabéns do estúdio.

Menções honrosas

- Quarteto do Esporte – Obviamente esse não é o nome do anime, mas vamos agrupar as coisas para facilitar. Se você gosta de animes de esportes, definitivamente outubro foi feito para você. Com a segunda temporada de Kuroko no Basket, Ace of Diamond, Yowamushi Pedal e a terceira temporada de Hajime no Ippo, provavelmente tivemos o melhor ano e temporada possível para os animes esportivos. Todos de alto nível e mais do que recomendados. Apesar de estarem apenas nas menções são animes que com certeza você ainda verá aqui no Chuva de Nanquim.

- Little Busters! ~Refrain~ – Se a primeira temporada de Little Busters sofreu algumas críticas por conta da baixa verba, a segunda temporada mostrou que o J.C.Staff soube aproveitar muito bem a verba disponível e fechou em apenas 13 episódios um ótimo anime, comparado até com Clannad.

- Golden Time – Da mesma autora de Toradora, Golden Time merece sua atenção pelos personagens que envolvem a obra, embora para alguns a trama não tenha se desenvolvido tão bem assim com o passar dos episódios. Fica em sua escolha decidir o veredito final.

- Kyoukai no Kanata – O estúdio Kyoto Animation depois de Free quis novamente “inovar” e animar um anime com um toque maior de ação e sobrenatural. O resultado foi Kyoukai no Kanata, que em seu começo prometia muito mas com o passar dos episódios acabou perdendo o “amor”. Vale pra fã do estúdio.

- Magi: The Kingdom of Magic – A segunda temporada de Magi conseguiu elevar ainda mais o bom nível da primeira e vem conquistando muitos fãs com o bom trabalho do estúdio A1-Pictures. Resta saber até que ponto vão conseguir animar e se um dia teremos uma terceira temporada.

- Yozakura Quartet ~Hana no Uta~ – Nova série animada de Yozakura Quartet. O anime mistura alguns elementos diferentes com uma boa parte de adaptação do mangá. Yozakura é uma obra interessante, e embora a “confusão” com tantas séries e OVAs, vale a conferida.

- Gundam Build Fighters – Deixe o preconceito de lado e se divirta muito com Build Fighters, uma das melhores séries da franquia Gundam dos últimos anos. Com elementos que envolvem séries e personagens anteriores do universo de Gundam, Build Fighters vem se mostrando uma excelente surpresa e já superando sem muita dificuldade seu antecessor Gundam Age.


Dicas de Importação – Zombie Powder

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zombiepowderA obra “esquecida” do autor de Bleach.

O primeiro “Dicas de Importação” do ano vem com a obra de um dos mangakás mais queridos no Brasil, mesmo com as brincadeiras envolvendo sua principal obra. Trata-se de Zombie Powder, primeiro mangá serializado na Shounen Jump do autor Tite Kubo, o mesmo de Bleach. O mangá foi lançado na revista da Shueisha em 1999 e acabou não tendo uma grande aceitação por parte dos leitores, sendo cancelado depois de quatro volumes. Na época, o jovem Tite Kubo ainda nem sonhava a fazer sucesso dois anos mais tarde com Bleach. Mesmo assim o mangá ficou conhecido por estabelecer logo de cara o estilo do mangaká: personagens com visuais “cool”, frases de efeito e poderes sobrenaturais. Além disso, Kubo utiliza muitas vezes algumas imagens de Zombie Powder – ou até mesmo personagens – como “referência” em Bleach. Dúvida? Então clique aqui e veja por você mesmo.

De qualquer modo por  carregar o nome de Tite Kubo o mangá acabou sendo publicado em vários países pra aproveitar carona no sucesso de Bleach. Nos Estados Unidos não foi diferente e a VIZ lançou os 4 volumes da obra, sendo facilmente possível encontrá-las com ótimos preços, como o indicado hoje por aqui (menos de 10 dólares por mangá). Se tiver uma graninha sobrando e for fã do autor, eis a sua oportunidade.

Novamente avisando que as dicas rolam em torno do Book Depository, que possui frete grátis e que possui um guia bem fácil para os iniciantes AQUI. Além disso não esqueçam que os valores estão em dólar, portanto veja o valor do Real no dia e veja quanto custará sua compra. No dia de hoje, o dólar está avaliado em R$2,35.

zombiemangasZOMBIE POWDER

Dados Técnicos:
Editora VIZ
Preço: $7,70 cada volume aprox. (Frete Grátis)
Volumes: 4 volumes
Formato: Edição Simples
EM INGLÊS

COMPRAR OS VOLUMES SEPARADOS

Não espere uma edição luxuosa ou de grandes proporções em Zombie Powder. O material segue o padrão do americano (o que por si só já é superior ao brasileiro) e cada edição sai com um preço abaixo dos 10 dólares nos dias de hoje. Como dito anteriormente, título foi lançado por lá em 2007 pela editora VIZ, aproveitando o sucesso de Bleach.

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Dicas de Importação de Mangás – PLUTO
Dicas de Importação de Mangás – Box Completo Zelda
Dicas de Importação de Mangás – Nausicaa of the Valley of the Wind
Dicas de Importação de Mangás – AKIRA


Confirmado anime do mangá seinen Tokyo Ghoul

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tokyo ghoulTítulo da Young Jump ganha adaptação esse ano.

Uma das obras mais bem faladas da revista Young Jump no momento ganhará anime em breve. Trata-se de Tokyo Ghoul, mangá de Ishida Sui  que é publicado na revista desde 2011 e já era visto por alguns com bons olhos como adaptação animada há algum tempo. A obra atualmente conta com 10 volumes encadernados e o anúncio aconteceu no lançamento do próprio 10º volume que aconteceu no Japão nessa semana. Em breve novos detalhes devem ser divulgados.

Estranhos assassinatos começam a acontecer em Tokyo. Devido a evidência líquida nos casos, a polícia concluiu que os ataques são resultados de uma criatura que se alimenta de outros seres, um “ghoul” do tipo “eater”. Dois amigos de faculdade, Kaneki e Hide, criam a teoria de que os ghouls estão imitando os humanos, por isso nunca são vistos ou capturados. Eles nem imaginam que essa teoria pode ser verdade e a coisa sair do seu controle. Kaneki acaba se envolvendo sem saber com uma dessas criaturas, que ao atacar o garoto acaba morrendo acidentalmente, mas o deixa seriamente ferido e a ponto de morrer. A única salvação? Um transplante envolvendo a própria criatura, mas que poderá trazer consequências terríveis para Kaneki. O que acontecerá a partir de agora?

Tokyo Ghoul mistura elementos de horror, suspense e sobrenatural ao mesmo molde de mangás como Shiki. Esperamos que uma boa adaptação da obra possa ser feita já que o título tem todos elementos fundamentais para a popularização da obra, inclusive no Ocidente.

tokyo ghoul 1


Novo anime de Black Butler está em produção no Japão

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kuroshitsujiFormato da produção ainda é desconhecido.

Um dos grandes sucessos da G Fantasy está prestes a ganhar uma nova produção animada. Trata-se de Black Butler – ou Kuroshitsuji para os íntimos. A nova edição da revista apontou que uma nova produção está em início, mas ainda não se sabe qual o formato da mesma (uma nova temporada, um OVA ou mesmo um remake seguindo fielmente o mangá). Mais informações devem ser divulgadas durante as próximas semanas. Ainda nessa semana o mangá tem a estreia de seu Live Action e foi anunciado que o título já ronda 18 milhões de cópias em circulação no mundo. O volume 18 está programado para janeiro.

Ciel Phantomhive é o herdeiro único da família e dono de todos os negócios da mesma. Mesmo sendo apenas uma criança, ele domina com maestria os dons de conduzir suas empresas – que passam de fábricas de doces até de brinquedos. Mas Ciel guarda um passado não muito agradável, e sua vida está nas mãos de seu mordomo e fiel aliado Sebastian Michaelis, um belo, poderoso e misterioso ser que se apresenta como um demônio, e que aparentemente tem um pacto que pode custar a vida de seu amo. Juntos eles devem passar por algumas provações, que vão desde a fase de “crescimento” de Ciel até mesmo favores para a poderosa corte inglesa.

A autora Yana Taboso estreou Black Butler em 2006 na G Fantasy da editora Square Enix e hoje já é publicado em mais de 40 países. Duas séries animadas também foram lançadas em 2008 e 2010 respectivamente, tirando todos os produtos relacionados ao mangá. Black Butler é publicado no Brasil pela editora Panini. Com o anúncio de um novo anime, fica nossa esperança para que um remake fiel ao mangá possa ser o “vitorioso”, afinal a série animada acrescenta muitas coisas que não existem nas páginas e muitos bons arcos foram deixados de lado.

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Checklist – Panini: Janeiro de 2014

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gantzfimEditora também conta com lançamento de mangá shounen-ai no mês.

E nessa metade de janeiro chegamos com o aguardado checklist do mês da editora Panini, com direito a nova caracterização da imagem do cabeçalho e tudo mais. Nesse mês temos o primeiro lançamento de 2014 da italiana com Full Moon – Sussuros sob a  Lua Cheia, e também a primeira perda com o fim de Gantz, depois de 37 volumes publicados. Temos também muitos títulos perto de encostarem no Japão ou próximos do fim. Casos de Naruto, 07-Ghost e Kimi ni Todoke, por exemplo. O segundo volume de Ataque dos Titãs também marca presença depois do grande sucesso do primeiro, além dos já tradicionais One Piece, Dragon Ball, Beelzebub e Yakumo entrando em nova fase com direito a páginas coloridas. Tivemos também reajuste de preço de alguns mangás.

Vale aqui a nota que todos os mangás dos checklists da Panini são previstos para lançamento até o dia 10 do mês seguinte. Para quem não entendeu, até o dia 10 de fevereiro todos esses títulos deverão estar nas bancas em que são distribuídos, caso contrário aí sim teremos o atraso registrado.

Agora chega de papo e vamos para o checklist de janeiro, prontinho para as suas continhas de gastos.

Gantz#37_72dpiGANTZ 37

Autor: Hiroya Oku
Demografia: Seinen (Young Jump)
Periodicidade: Bimestral - Concluído com 37 volumes
Formato: 13,7 x 20 cm, 192 páginas
Preço: R$ 11,90
EDIÇÃO FINAL

E chegamos ao final de um dos primeiros mangás que comecei a colecionar pela Panini. Gantz chegou ao Brasil na mesma época em que a Panini investiu em títulos de peso como Naruto e Bleach e se firmou como um dos queridinhos pelos leitores, principalmente depois de ter seu anime exibido por aqui pelo Animax. Com altos e baixos, Gantz se despede com um gostinho de “poderia ter sido melhor”, mas ao mesmo tempo com a sensação de dever cumprido: diversão é o que não vai faltar nesse mangá. E até o próximo mangá, Oku. Nunca vou me esquecer do fato de você ter feito eu passar vergonha lendo o seu mangá no metrô voltando da faculdade.

Fullmoon#1_72dpiFULL MOON 1

Autor: Sanami Matoh
Demografia: Yaoi (Magazine Be x Boy)
Periodicidade: Bimestral - Concluído com 2 volumes
Formato: 13,7 x 20 cm, 224 páginas
Preço: R$ 11,90
LANÇAMENTO

A Panini tem seu primeiro lançamento de 2014. Full Moon – Sussurros sob a Lua Cheia é um mangá publicado em uma revista de temática yaoi, mas que no fim das contas passa mais perto de um shounen ai com uma aparência muito maior de shoujo. Com apenas 2 volumes é uma aposta da editora de abocanhar dois públicos carentes com uma obra curtinha. Sinceramente, espero que seja realmente apenas uma “porta de entrada”. Tenho certeza que leitores de ambos os gêneros esperavam muito mais. É o famoso “é o que tem pra hoje”.

AdT#02_072dpiATAQUE DOS TITÃS 2

Autor: Hajime Isayama
Demografia: Shounen (Bessatsu Shonen Magazine)
Periodicidade: Bimestral – Em andamento no Japão com 12 volumes
Formato: 13,7 x 20 cm, 192 páginas
Preço: R$ 11,90

O segundo volume dos Ataque dos Gigantes chega depois do sucesso do primeiro, que já se encontra em processo de reimpressão pela Panini. Esse dá pra carimbar um “Eu já sabia!” desde que foi anunciado, certo? Certo. Acho interessante pois vi muitas pessoas que não tiveram contato com o anime adquirindo esse primeiro volume e se interessando pela história mesmo fora do “hype” causado em 2013. Sinal que o mangá de fato atrai as massas e a Panini acertou muito no lançamento da obra (e com aquele timming que é digno de parabéns). Outro fator positivo é a periodicidade bimestral, já que assim não encostaremos tão cedo nos japoneses, evitando grandes pausas.

DBALL#21_072dpiDRAGON BALL 21

Autor: Akira Toriyama
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal - Concluído com 42 volumes
Formato: 13,7 x 20 cm, 192 páginas
Preço: R$ 10,90

Chegamos na exata metade da coleção de Dragon Ball – e justamente com uma das capinhas mais bobinhas até então. Começamos a partir daqui o arco de Freezer e a nostalgia já bate muito forte. Quem não se lembra daquelas tardes da infância em que esperava ansioso pelo próximo episódio no Band Kids? Eu era feliz e não sabia. Mas deixando de entregar a minha idade, Dragon Ball tem pela frente cerca de 2 anos de publicação, com término previsto pra 2015. Ou seja: você tem tempo suficiente pra providenciar a sua coleção desde já. (E se juntar a mim na torcida pra Panini cogitar a possibilidade de Dr. Slump.)

OnePiece#24_72dpiONE PIECE 24

Autor: Eiichiro Oda
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal - Em andamento no Japão com 72 volumes
Formato: 13,7 x 20 cm, 216 páginas
Preço: R$ 10,90

Oh, One Piece. Why tão bom? Why tão lindo? Em 2014 One Piece se prepara para seu terceiro ano de publicação pela Panini – e de quebra com a “igualdade” de volumes entre a coleção mensal e bimestral, já que a partir da edição 36 já temos o mangá lançado. Nesse comecinho de ano vale lembrar de novo que a editora pretende lançar as edições 36 em diante novamente nas bancas na periodicidade mensal, portanto não precisa se desesperar caso você não adquira as duas versões “juntas”. Vale lembrar também que nesse ano devemos ter o lançamento dos primeiros Data Books da série, um item indispensável nas coleções.

Naruto#64_072dpiNARUTO 64

Autor: Masashi Kishimoto
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Bimestral - Em andamento no Japão com 67 volumes
Formato: 13,7 x 20 cm, 192 páginas
Preço: R$ 10,90

É nessa capa que o tio Kishimoto chuta o pau da barraca e fala: “Eu também sou uma fangirl que shippa Naruto e Hinata”. Não só nessa capa, mas isso já é spoiler. Também é nesse volume que temos um momento muito triste da atual guerra (provavelmente o único, já que essa guerra já tá enrolando mais do que os 3 minutos pra explodir Namekusei). Mas brincadeiras a parte, estamos agora em 3 volumes de distância do Japão. Acho que a equipe da Panini tá fazendo bolão na redação pra descobrir se o mangá acaba antes de precisar paralisar aqui. Façam suas apostas. Lembrando que em 2014 Naruto completa 15 anos de publicação no Japão.

Beel#09_72dpiBEELZEBUB 9

Autor: Ryuhei Tamura
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Bimestral - Em andamento com 24 volumes
Formato: 13,7 x 20 cm, 192 páginas
Preço: R$ 10,90

Qual a sua sensação ao ler um mangá que teoricamente seria sobre gangues e um bebê filho do capeta e dar de cara com uma partida de vôlei mais bizarra que qualquer poder de Prince of Tennis? É por essas e outras que eu amo Beelzebub e ele é o xodó de muita gente (menos dos japoneses que parecem estar jogando o mangá cada vez mais próximo do cancelamento por lá). Ao menos no Brasil o título segue feliz ao seu nono volume com uma das melhores capas da série. Para a felicidade geral da nação, Beelzebub não teve aumento de preço nesse primeiro mês de 2014. Vejamos a situação no decorrer do ano.

07GHOST#15_72dpi07-GHOST 15

Autor: Yuki Amemiya e Yukino Ichihara
Demografia: Shoujo (Comic Zero-Sum)
Periodicidade: Bimestral – Concluído no Japão com 17 volumes
Formato:13 x 18 cm, 184 páginas
Preço: R$ 13,90

Chegamos ao antepenúltimo volume de 07-Ghost, mais um shoujo da Panini indo para o além. A boa notícia é que a Panini já renovou o contrato do mangá até a sua última edição, a de número 17 – isso significa que com certeza teremos o mangá sendo publicado por aqui até o final. Amém. A má notícia é que o título sofre um aumento considerável para R$13,90. Em outras palavras: ficou caro. Mas como eu e as outras 10 pessoas que compramos esse mangá no Brasil preferimos isso ao destino de cancelamento, acho que não teremos nenhum problema com isso. Agora resta saber se a Panini vai continuar investindo no gênero (Karneval?) ou vem algum shounen a la GFantasy chegando para substituir os sete espectros na segunda metade do ano.

Yakumo#06_72dpiPSYCHIC DETECTIVE YAKUMO 6

Autor: Suzuka Oda e Manabu Kaminaga
Demografia: Shoujo (Asuka)
Periodicidade: Bimestral - Em andamento com 10 volumes
Formato: 13 x 18 cm, 176 páginas
Preço: R$ 10,90

Falar de shoujos seguidos do outro até faz parecer que temos um mercado firme dessa demografia no Brasil. (Pausa para tirar as lágrimas.) O detetive mais charmoso do Brasil chega em sua nova fase pela Panini com direito a novo modelo de capa e o mais importante: 4 páginas coloridas de presente. Como já disse aqui outras vezes, de longe Yakumo foi uma das melhores surpresas do último ano. Ainda não sabemos a que ponto o mangá deve prosseguir no Japão, mas com a velocidade incrível (só que ao contrário) da autora, provavelmente no fim do ano teremos aquela tradicional pausa na espera por novos volumes.

KIMINI#17_72dpiKIMI NI TODOKE 17

Autor: Karuhi Shiina
Demografia: Shoujo (Betsuma)
Periodicidade: Bimestral – Em andamento no Japão com 20 volumes
Formato: 13,7 x 20 cm, 192 páginas
Preço: R$ 11,90

Mais um shoujo (pare de enganar meu coração, Panini) no checklist. Kimi ni Todoke é outro que vive a expectativa de se igualar ao Japão, já que por lá estamos no volume 20. Por aqui o mangá teve um ajuste de R$10,90 para R$11,90 – algo que já havia acontecido no ano passado com alguns títulos e agora pega Kimi ni Todoke também. Tudo que consigo pensar é que com tantos shoujos chegando ao fim ou paralisando na editora ainda estamos esperançosos pelos lançamentos de novas obras boas do gênero aqui. Olha o anime de Ao Haru Ride chegando aí, Panini! Abre o olho! (Por precaução eu já estou importando os meus volumes do Japão mesmo, pra não ficar sem.)

Sorano#13_072dpiSORA NO OTOSHIMONO 13

Autor: Suu Minazuki
Demografia: Shounen (Shounen A)
Periodicidade: Bimestral – Em andamento no Japão com 17 volumes
Formato:13 x 18 cm, 200 páginas
Preço: R$ 11,90

Ultimamente tenho me surpreendido positivamente com os comentários de Sora no Otoshimono. Como a maioria deve saber o mangá chega ao fim agora em janeiro no Japão e deverá ser encerrado com 19 volumes encadernados. Mas o impressionante mesmo é a reação dos leitores com a série. Se todos achavam Sora no Otoshimono um título exclusivamente ecchi tomou um verdadeiro tapa na cara com a evolução do título na segunda metade, e principalmente nesse arco final. É a tal da história do “nunca julgue um livro pela capa”, mas nesse caso estamos falando de um mangá que dá na mesma.

T&BAnthology#03_72dpiTIGER&BUNNY ANTHOLOGY 3

Autor: Vários Autores
Demografia: Não serializado
Periodicidade: Bimestral - Concluído com 4 volumes
Formato: 13,7 x 20 cm, 160 páginas
Preço: R$ 11,90

A Panini publica em janeiro o terceiro e penúltimo volume de Tiger & Bunny Anthology, o mangá de histórias curtas da série com autoria de vários autores. Me pergunto se a editora pensa em investir em outros mangás de animes que fizeram certo sucesso nos últimos anos. Não é impossível de se imaginar, já que tivemos por aqui coisas como Blood-C, Eureka Seven e outros. Quanto a Tiger & Bunny vale lembrar que além de Anthology acabar, o mangá “original” também deve encostar no Japão ainda no primeiro semestre. Qual será a próxima franquia a ser investida pela tia Panini?

HOTD#5_072dpiHIGHSCHOOL OF THE DEAD
FULL COLOR 5

Autor: Daisuke Sato e Shouji Sato
Demografia: Shounen (Dragon Age)
Periodicidade: Bimestral - Em andamento com 7 volumes
Formato: 18.2 x 25.7 cm, 176 páginas
Preço: R$ 24,90

Outro que deve encostar e paralisar – mas nesse caso sem nenhuma culpa da Panini – é Highschool of the Dead. Chegamos ao quinto volume da coleção totalmente colorida e nada dos autores apresentarem um sinalzinho de vida no Japão como mostra de retornar ao trabalho do mangá. Um só quer saber de jogos. O outro tá tranquilo fazendo o seu adorado Triage-X (que até a Panini começou a publicar pra ver se a saudade de Highschool of the Dead passa). Assim fica complicada a situação, mas quem começou a colecionar já sabia o que lhes esperava desde o começo, nem dá pra reclamar (ou dá, só não garanto que vão ouvir).

NarutoPocket#44_072dpiNARUTO POCKET 44

Autor: Masashi Kishimoto
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Periodicidade: Mensal – Em andamento no Japão com 66 volumes
Formato:11,4 x 17,7 cm, 192 páginas
Preço: R$ 9,50

Masashi Kishimoto apresenta o volume 44 de seu mangá de maior sucesso, aquele dos caçadores de sapos gigantes ou alguma coisa do tipo. Sim, Naruto Pocket está cada vez mais próximo de fazer companhia para seu irmão mais velho e entrar na fila de espera por novos volumes diretamente da terra da superioridade nihonjin. Enquanto isso a Panini deve pensar em algo especial, como uma edição pocket color, uma edição pocket pocket, ou uma edição especial versão pocket 2. Eu ainda acho que a ideia de imprimir Naruto em rolos de papel higiênico seria algo bem interessante da editora investir, mas ao que parece minha ideia não vem sendo aproveitada nos bastidores.


Hiro Mashima planeja publicação de novo mangá em breve

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mashimaAutor de Fairy Tail seguirá com dois títulos em simultâneo.

Se existe um mangaká que realmente gosta de trabalhar, esse de longe é Hiro Mashima. O autor de Fairy Tail e Rave Master postou em sua conta do Twitter que em breve começará uma nova série  e seguirá a mesma em paralelo com Fairy Tail. Ainda não temos detalhes da série ou do projeto, mas tudo indica que o mangá será publicado em uma nova revista que a Kodansha lançará em breve. Nas próximas semanas detalhes devem ser revelados.

Essa não é a primeira vez que Mashima faz algo assim. Em 2008, enquanto publicava Fairy Tail na Shounen Magazine, o autor começou a serializar o mangá de Monster Hunter Orage (já publicado no Brasil pela editora JBC) na extinta Shounen Rival, também da Kodansha. O mangá durou quatro volumes e Mashima manteve a publicação de ambos durante certo tempo e sem irregularidades.

O mangá de Fairy Tail é publicado no Brasil pela editora JBC e atualmente se encontra em seu volume 37.


ChuNan! Top #20 – As piores lutas de todos os tempos

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chunantop20Só coisa feia.

É sempre fácil falar de lutas que nos marcaram devido a qualidade da animação e a emoção que era passados a cada golpe dado. Já fizemos lá nos primórdios do site, um Cenas Marcantes justamente sobre esse assunto, onde listamos lutas como Goku versus Freeza e Ryu versus Ken, que são batalhas que até hoje são comentadas e lembradas pelos fãs. Só que também existem aquelas que a maioria se lembra por serem lutas péssimas e que realmente não deveriam ter existido e esse é o tema do ChuNan! Top dessa semana e o primeiro de 2014!

Lembrando que esse redator aqui não assistiu ou não se lembrou de muita coisa ruim que tem por ai, então vocês podem ir aos comentários e falar sobre alguma cena que faltou nesse Top e que na sua opinião deveria ser esquecida pelo mundo!

tea vs maiTea x Mai
Yu-Gi-Oh!

O poder da amizade supera até mesmo as suas harpias mega poderosas!

Começando com uma luta de dar pena… Depois de uma batalha tensa entre Yugi e Seto Kaiba, temos o incrível embate entre Tea e Mai, onde o futuro de Yugi na competição estava em jogo. E então temos que testemunhar o baralho da amiga de Yugi, cheio de bichinhos fofos, redondinhos e inúteis contra uma forte competidora que estava lutando como desculpa para não dar as estrelas necessárias de graça.

Essa luta é um anti-climax absurdo! Uma resolução tosca e fraquíssima para o grande problema que o Yugi tinha se metido. A batalha é muito ruim, o baralho da Tea é vergonhoso, mas mesmo naquela porcaria o cheat do coração das cartas funciona, mas no fim das contas a Mai finge que não tem nada e perde. Poderiam ter feito algo bem melhor ou até mesmo fazerem o protagonista aceitar a oferta da Mai.

clare vs priscilaClare x Priscila
Claymore

Por Que?

Quem leu o mangá sabe o absurdo que foi o final do anime de Claymore pela MadHouse. Eles não só encerram qualquer chance de uma continuação direta sem ser preciso um remake ou refazerem toda a saga, como também fizeram uma luta cheia de Deus Ex Machina e poderes desbalanceados.

Priscila é a despertada e a personagem mais poderosa da história de Claymore, mas no anime ela é derrotada de maneira patética por uma Clare sem muita experiência contra inimigos no nível de Abissais. Priscila inclusive não estava nem ao menos totalmente despertada. Eram apenas os pés e as mãos – lembrando que no mangá essa transformação só consegue vencer o Rigardo por pouco. Uma luta patética, que só não foi pior que o final feliz com todos caminhando para o nascer do sol.

zaraki byakuyaZaraki & Byakuya x Yammy
Bleach

Quem era Yammy mesmo?

Você consegue perceber o quanto essa luta é patética ao saber que o autor nem se preocupou em como ela foi resolvida. Yammy parecia ter sido esquecido pelo Kubo durante toda a saga, ele era o espada 10 e os personagens já tinham derrotado personagens muito mais poderosos. Aí temos a grande revelação: Yammy na verdade é o Espada 0! E ninguém realmente se importou. Em nenhum momento percebemos algum respeito pela parte dos seus adversários e ele não conseguia dar tanto trabalho quanto os Espadas 1, 2 e 3 em Karakura.

A luta é tão fraca, que o Kubo apenas mostrou a forma 100% do Yammy e cortou para outra luta. Depois de muito tempo voltamos para o Hueco Mundo e vemos Yammy já derrotado, com o Byakuya e Zaraki um pouco machucados, mas nada sério. É Yammy, desde o começo ninguém nunca te levou a sério…

tenten vs tentenTenten x Tenten
Naruto

Inutilidade versus Inutilidade

Sim, existe uma luta da personagem mais inútil de todos os tempos contra um clone com a mesma falta de habilidade dela. Tenten contra Tenten aconteceu durante a saga para resgatar o Gaara das mãos da Akatsuki e claro que todos os fãs de Naruto esperavam uma luta de sua personagem favorita e não algo sem importância como Naruto contra Deidara… (Acredito que alguns não entenderão a ironia.)

A luta era apenas uma troca de golpes onde cada habilidade acertava a outra e ia sendo anulada. Tenten jogava suas milhares de armas inúteis que se chocavam com as milhares de armas inúteis do clone e assim se seguiu. Até que a velha tática de tirar a força do nada e superar todos os seus limites funciona e ela a derrota. Uma luta que não precisava existir, com uma personagem que não devia existir. Mas calma, que existe uma coisa pior ainda!

metapod vs metapodMetapod x Metapod
Pokémon

Emoção a flor da pele!

A BATALHA SUPREMA! AQUELA QUE PODE DURAR HORAS SEM QUE VOCÊ CONSIGA SABER QUEM SAIRÁ COMO VENCEDOR! Metapod x Metapod! Uma das batalhas que comprovam como o nosso querido Ash é um grande treinador e que desde cedo demonstrava a grande habilidade e sabedoria. Afinal de contas para que utilizar o Pikachu se podemos usar um Pokémon que só tem o poder de endurecer e nem ao menos consegue se mover. E ainda dizem que as temporadas atuais são melhores que a primeira. Vocês estão loucos! Algo desse nível jamais será superado!



Confira a capa do primeiro volume de Vinland Saga

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vinlandsagacapaMangá tem previsão de lançamento para fevereiro.

Como divulgado em novembro, o mangá Vinland Saga é um dos próximos lançamentos da editora Panini – o segundo de 2014. O mangá seinen chega agora em fevereiro e já se encontra em pré-venda em algumas lojas on-line como a Comix. A editora divulgou a capa do primeiro volume nacional, que você confere abaixo.

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A história de Vinland Saga se passa no século 11 e narra a vida de Thorfinn Karlsefni, um menino bárbaro que se torna um guerreiro para vingar a morte de seu pai. Para isso ele persegue o assassino de seu pai, Askeladd. Porém Askeladd está ciente de que Thorfinn quer matá-lo e decide usar essa informação para manipular o rapaz a fazer um de seus trabalhos em troca de um duelo contra ele. Thorfinn aceita e então a história se expande em uma aventura que se divide entre a pacificação dos dinamarqueses da Inglaterra do início do século XI e a ascensão ao poder do rei Canuto. Com batalhas brutais e muita informação sobre a cultura viking em geral, Vinland Saga apresenta diálogos que vão te divertir, surpreender e te conquistar junto aos seus personagens.

Vinland Saga é um mangá de Yukimura Makoto (autor de Planetes) publicado desde 2005 na revista seinen Afternoon. O mangá no momento está em publicação com 13 volumes no Japão e já ganhou alguns prêmios por lá pela qualidade da obra – que é indiscutível. No Brasil, a obra será publicada pela Panini pelo valor de R$11,90 no formato 13,7×20 cm, com periodicidade bimestral.


Revelados os dubladores de Rebecca e Cavendish em One Piece

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rebeccacavendishElenco do anime vai aumentando em Dressrosa.

O anime de One Piece acaba de entrar no mais recente arco do mangá: Dressrosa. Para muitos o arco responsável a “devolver o bom nível” do mangá desde o timeskip, muitas esperanças estão nos personagens introduzidos por Oda nessa fase. Obviamente que também todos esperam um bom trabalho no anime e aparentemente a Toei também. O estúdio “apresentou” dois dubladores para Dressrosa. A primeira é a famosa Megumi Hayashibara, já famosa por seus imensos trabalhos no mundo dos animes como seiyuu (dubladora) e também cantora (eu sei que vocês gostam daquela música de Shaman King). Ela será a responsável por interpretar a nossa mais nova queridinha da série, a guerreira Rebecca. Outro confirmado é o também veterano Akira Ishida, responsável por diversos papeis no universo dos animes – com provavelmente o Gaara sendo o mais fácil de “lembrar” vocês. Ele será o intérprete de Cavendish.

Para os desinformados de plantão, Dressrosa começou no último episódio exibido pela série, o 629. Uma nova abertura, Wake Up – interpretada pelo grupo pop AAA – é o marco para a nova saga.

via Crunchyroll


Review – Watashitachi no Shiawase na Jikan, de Yumeka Sumomo

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Watashitachi no Shiawase na JikanUma linda história em apenas um volume.

Sempre dizemos que as obras curtas podem nos surpreender das mais variadas formas. Quando você menos espera, um mangá de um volume pode ser a melhor escolha para um momento de tédio em seu dia ou simplesmente para uma simples distração. Foi assim que conheci essa obra que descreverei nos próximos parágrafos, em um desses momentos em que precisava de uma “escapada” da rotina. Dessa maneira, por mero acaso, conheci Watashitachi no Shiawase na Jikan (ou em sua tradução literal “Our Happy Time”), um mangá que possui apenas um volume, em um total de oito capítulos e que facilmente poderia considerar como uma das historias mais profundas que eu já li.

Watashitachi no Shiawase na Jikan (7)A história

Juri é uma ex-pianista que sofre de uma depressão profunda. Seu trabalho em um colégio não traz nenhuma satisfação pessoal e já faz algum tempo que ela parou de acreditar na existência de Deus. Sua tia Monica vem visitá-la após a terceira tentativa de suicídio de Juri e faz uma proposta a ela. Monica é uma freira que faz um trabalho voluntário em prisões, visitando prisioneiros que estão condenados a pena de morte e passa os dias de visitas conversando com eles.

A proposta de Monica era que Juri viesse junto em uma dessas visitas, para ajudá-la com um prisioneiro que não deseja suas presença e que já tentou se suicidar várias vezes, como sua sobrinha. Assim que Juri e Yuu – o prisioneiro – vão se conhecendo, um sentimento vai crescendo cada vez mais e um único pensamento acaba passando pela mente dos dois. “Eu quero viver!”

Watashitachi no Shiawase na Jikan (9)Considerações Técnicas

Our Happy Times é uma adaptação da novel “Maundy Thursday”, criada por uma famosa autora sul-coreana chamada Gong Ji-Young, uma das mais renomadas artistas da Coreia e que recebeu diversos prêmios por suas obras. O mangá foi lançado em 2007 lançado na revista seinen Comic Bunch, foi adaptado e desenhado pela Sumomo Yumeka e possui apenas um volume. O nome da desenhista não é desconhecido por aqui. Ela foi a responsável também pela adaptação em mangá de Hoshi no Koe, lançado no Brasil pela editora Panini. Mas voltando para Our Happy Times, a obra possui são apenas 8 capítulos, mas alguns possuem mais páginas que o comum.

Com uma temática adulta que “alterna” entre um seinen ou um josei, a história é bem profunda e muitas vezes chega a ser bem pesada pela forma como a autora adapta a obra e escolhe por demonstrar suas passagens. Nada está ali por acaso ou para enrolação, por mais que um personagem seja evasivo em algum fato de sua vida, a autora se preocupa em uma parte mais a frente o porque dele ser assim. Se tivermos que destacar um ponto principal da obra, com certeza serão seus personagens. Os mesmos são excelentes! Os dois principais somados a tia e o guarda que cuida de Yuu são personagens extremamente bem explorados, com muitas de suas motivações sendo explicadas com o passar do tempo – mesmo que a pouca quantidade de capítulos possa passar a impressão do contrário.

Watashitachi no Shiawase na Jikan (10)Falando em um ponto de vista pessoal, fiquei muito ligado aos dois protagonistas por motivos pessoais. Já tive uma depressão muito forte após alguns problemas com relacionamentos e vestibulares. Não cheguei ao ponto de ter alguma vontade de me matar, mas entendo como é ver o tempo passar devagar e não ter vontade que o dia comece novamente. Esse provavelmente é um dos pontos que faz a obra conquistar ainda mais os leitores, já que a autora mostra que a depressão pode ser interpretada de diferentes maneiras, por diferentes pessoas – e da mesma forma também possui diferentes formas de serem encaradas e superadas pelas mesmas. Provavelmente em algum momento você pode encarar uma pessoa que passa por um problema e pensar “Isso é frescura!”, mas é exatamente nisso que está se enganando. A mente do ser humano é algo que vai além de explicações lógicas, e a depressão é uma das provas concretas disso. É interessante notar como a autora é capaz de explorar tudo isso em sua obra.

Watashitachi no Shiawase na Jikan (6)Retornando aos protagonistas, a relação dos dois protagonistas vai ficando tão forte que o leitor acaba esquecendo de alguns detalhes que no final vão acabar te deixando muito chocado e surpreso. Com um grande baque, confesso que acabei chorando com o último capítulo que definitivamente te surpreende. Inclusive, preste muita atenção em um personagem em especial: o guarda que se relaciona com Yuu. Apesar de ser é um personagem que mal aparece, a obra se preocupa em explicar alguns detalhes de suas ações e personalidade que são marcantes.

Apesar de ser encarada como uma arte bem simples (em muitos momentos o cenário ou é todo branco ou é todo preto) o traço de Yumeka se encaixa perfeitamente na proposta do mangá, e mesmo com toda sua simplicidade com certeza você vai se encantar e assim como eu, achar linda. Destaque para as páginas coloridas que possuem um estilo bem diferente de colorização, com toques aquareláveis e que transmitem uma riqueza visual belíssima para o mangá.

Watashitachi no Shiawase na Jikan (1)Comentários Gerais

Existem momentos da sua vida em que por um mero acaso você acaba esbarrando em algo que acaba marcando sua vida. Foi assim minha experiência com Watashitachi no Shiawase na Jikan, um mangá que acabei conhecendo quando procurava obras mais curtas para ler durante um momento de tédio e que acabei terminando de ler os últimos capítulos em uma madrugada enquanto me segurava para não chorar, em vão. É impressionante como em apenas 8 capítulos conseguimos nos ligar profundamente com os personagens, coisa que muitos mangás longos e com personagens teoricamente “maiores” não conseguiram ou não conseguem fazer. Com destaque para uma cena que sabia que iria vir desde o primeiro capítulo, mas que mesmo assim conseguiu me emocionar.

Concluo de coração que recomendo com todas as minhas forças que vocês leiam esse mangá. Não é algo que você vai levar uma eternidade para terminar, mas é algo que você provavelmente vai levar para o resto da vida – não só como um quadrinho, mas principalmente como uma lição. Apesar de poucos detalhes da obra expressos nessa resenha, posso afirmar que estou querendo evitar ao máximo os spoilers e não atrapalhar a sua experiência com a obra.

Watashitachi no Shiawase na Jikan (3)

Watashitachi no Shiawase na Jikan (2)


Otakismo – Mestres do Anime: Makoto Shinkai

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otakismomakotoshinkaiO herdeiro de Miyazaki?

Quando Hayao Miyazaki anunciou sua retirada da indústria dos animes em 2013, a mídia japonesa usou o termo 速報 para proclamar a aposentadoria do fundador do Studio Ghibli. O entendimento do valor de Hayao dentro da cultura japonesa passa pela compreensão destes ideogramas, usualmente reservados para chamar a atenção pública à chegada de terremotos. O aviso de que Miyazaki não produziria mais longas-metragens caiu no Japão como um desastre natural. No momento em que um mestre deixa o trono vago, a primeira coisa que se busca é o sucessor. Um dos nomes mais citados como prováveis herdeiros desta condição é o jovem Makoto Shinkai. Nesse post, pretendo falar um pouco sobre ele de forma geral, suas predileções estéticas e características técnicas, para então introduzir seus filhotes, um a um, e concluir: será ele o cara?

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Quem é Makoto Shinkai?

Todas as atenções se voltam ao deleite visual proporcionado pela animação que ele produz, cuja narrativa costuma ser sempre uma experiência guiada majoritariamente pelos olhos. Os diálogos em seus filmes, OVAs e curtas não costumam trazer nada de especial, a força está na destreza ímpar em manejar luzes e sombras. As paisagens aquareladas onde suas histórias acontecem nascem de esboços coloridos, padrão de trabalho incomum no nível inicial de storyboard (garranchos em preto e branco). A exemplo de mangakás como Inio Asano, ele gosta de fotografar paisagens reais do Japão para captar com detalhes o ambiente circundante e reproduzi-los em suas criações. Esmero técnico e sensibilidade estética – características quase sempre presentes na produção cinematográfica japonesa – são suas marcas registradas, acessíveis mesmo aos olhares mais leigos. A reprodução animada de cenários reais parece esconder a intenção de se mostrar mais autêntica do que a própria realidade, tamanha a profusão de cores e jogos de luzes. Personagens esteticamente genéricos, por vezes indistinguíveis, contrastam com paisagens exuberantes. É verdade que isto lhe rende algumas críticas, como a afirmação de que em certos momentos sua arte se torna kitsch devido aos excessos.

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Obsessão seria sua terceira característica. Shinkai é obcecado por certos assuntos, por alguns simbolismos e por determinadas construções visuais. Há trens em TODAS as suas animações, geralmente em movimento e interrompendo o caminho dos personagens. A linha férrea com frequência fechada para pedestres obstrui a passagem e cega o horizonte. O transcorrer do tempo e as mudanças psicológicas são expressas pelo ciclo de transição das estações. Pingos de chuva e poças d’água marcam presença constante, assim como lançamentos espaciais, céus estrelados e personagens interessados em assuntos astronômicos. Ligações telefônicas, marcas e referências ao universo do consumo, pássaros voando (muitas vezes no sentido contrário ao do personagem) e mãos apoiadas na porta do trem completam a lista de fixações imagéticas do japonês. Além disso, ele gosta de finalizar suas animações com uma música – ela geralmente ajuda a amarrar o texto, elementos essenciais são trabalhados já nos créditos -, e de vez em quando opta por trabalhar com ambientes beligerantes, onde fala sobre a condição humana em ambientes desumanizados.

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Mais do que um padrão visual, toda a obra do Makoto está amarrada a um fio condutor, isto é, de uma forma ou de outra, todos os seus títulos parecem contar a mesma história, sempre relacionada a algum tipo de relacionamento interpessoal marcado pela distância e pela ausência. Suas criações costumam ter um clima depressivo, uma atmosfera de renúncia. Ele geralmente trabalha com o ciclo do luto, onde há a insatisfação por uma perda, seguida da aceitação do mundo tal qual ele se apresenta, mas não sem o pesar de precisar abrir mão de coisas que são tão caras aos personagens. Muitas vezes este ciclo (que nem sempre se completa, o que torna Hoshi no Koe uma animação mais soturna) é acompanhado de um sentimento de inadequação, ora espacial (insatisfação com o lugar em que se está), ora temporal (flerte com a nostalgia). Isso o distancia muito dos títulos frequentemente positivos do Miyazaki, que gostava de energizar a juventude com uma abordagem mais otimista. Espírito auto-suficiente, Shinkai declara que sua obra toda é a criação daquilo que ele gostaria de assistir para se animar ou consolar.

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Creio ter passado por cima das características que saltam aos olhos no Makoto Shinkai. Abaixo, pretendo empregar uma análise que buscará pontos de convergência e divergência destes padrões em cada um das suas animações, e, claro, apontar as fragilidades de sua obra. Na conclusão, trarei a ideia de que, goste você ou não, Shinkai ajudou a mudar a indústria do anime em dois momentos e por isso merece um pouco de atenção. No mínimo.

Curtas: Tooi Sekai / Kanojo to Kanojo no Neko

“Ei, o mundo é bonito, né? Mas há algo que não posso aceitar… Que algum dia você vai encontrar sua verdadeira metade.”

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Shinkai começou sua carreira como game designer. Paralelamente ao seu trabalho na indústria dos jogos, o japonês começou a produzir curtas independentes durante seus momentos de folga, fazendo da internet sua aliada na divulgação. A primeira delas foi Tooi Sekai (Other Worlds / 遠い世界) de 1997, que você pode assistir em inglês clicando aqui  A produção ainda é precária, mas em seus menos de dois minutos, nota-se uma antecipação de temas que serão recorrentes na sua obra futura, como a separação de um casal.

Kanojo to Kanojo no Neko (She and Her Cat / 彼女と彼女の猫) de 1999 já apresenta uma evolução no cenário independente (em inglês clicando aqui). Durante seus cinco minutos, que cobrem o período de um ano, testemunhamos o desenvolvimento da relação entre um gato e sua dona, pelo ponto de vista do gato. Diferente do romance “Neko” do escritor Natsume Soseki, onde a perspectiva do gato a respeito do seu dono é acida e irônica (Shinkai estudou literatura japonesa na universidade), o bichano de Makoto é guiado pela inocência e se apaixona pela criadora, fechando os olhos para suas oportunidades.

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“A neve absorve todo o som do mundo, mas apenas o som do seu trem alcança minhas orelhas ouriçadas. Eu, e talvez ela também, provavelmente gostamos desse mundo”

Hoshi no Koe (2002)

 (Voices of a Distant Star / ほしのこえ)

“Quanto mais longe a Mikako ia da Terra, mais tempo as mensagens demoravam a chegar. E se eu… acabar me tornando alguém que apenas espera pelas mensagens dela?”

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Shinkai se enamorou com a linguagem cinematográfica criando cenas animadas para videogames. A necessidade sentida de contar uma história sua conflitava com a rotina de trabalho. Isso o fez largar o emprego e passar oito meses trabalhando sozinho em casa no projeto de Hoshi no Koe. Seus únicos companheiros de trabalho eram um Macintosh e sua esposa. O trabalho foi homérico, ele criou um OVA de 25 minutos SOZINHO em um computador pessoal. Para te dar noção do feito, tenha em mente que cada episódio de um anime produzido no Japão custa em média 100 mil dólares e envolve mais de uma dezena de profissionais. A proeza projetou o nome de Shinkai e o DVD de HnK vendeu mais de 100 mil unidades.

“Mesmo que eu tenha escrito o roteiro, desenhado os quadros e dublado as falas em Hoshi no Koe, eu não me sentia como um diretor, eu era apenas um cara na minha, fazendo algo para o meu próprio prazer. Então eu estranhei quando as pessoas se dirigiam a mim como diretor” (Makoto Shinkai)

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Hoshi no Koe apresenta uma realidade futurista onde a humanidade já havia iniciado a colonização do Sistema Solar e tinha a capacidade de explorar dobras espaciais. Tamanho avanço tecnológico colocou o Homem em rota de colisão com uma espécie alienígena chamada Tarsian, contra quem trava duelos interplanetários fazendo uso dos famigerados mechas. Para combatê-los, as Nações Unidas convocou uma série de pilotos, entre os quais figura a garota Mikako Nagamine.

O motor do plot é a troca de mensagens de texto entre Mikako e seu amigo Noboru Terao, que ficou na Terra. Quanto maiores as distâncias intergalácticas, maiores as dificuldades. A comunicação ficava limitada pela velocidade da luz e de meses passou a levar anos para alcançar seu destino. Sem ignorar o risco da mensagem sequer chegar. Enquanto Noboru seguia sua vida provinciana no Japão, Mikako se encontrava presa em uma cápsula do tempo, condenada a ser uma eterna adolescente pela falta de interação com os seus semelhantes (como Shinkai ficou solitários oito meses em seu apartamento só trocando mensagens com a esposa). Ambos, no entanto, amarrados um ao outro.

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O OVA é talvez a obra mais pessimista do autor. Seu final é ligeiramente aberto, mas dá amplas margens para uma interpretação pouco feliz. Um cartão de visitas e tanto, seja no aspecto técnico, seja no artístico. Suficiente para chamar a atenção da indústria do anime. A partir de agora Shinkai seria um profissional contratado, com verba e equipe.

Kumo no Mukou, Yakusoku no Basho (2004)

(雲のむこう、約束の場所 / The Place Promised in Our Early Days)

“Nos últimos 25 anos, a torre se tornou parte da paisagem do dia a dia, e ela simboliza muitas coisas. Nação. Guerra. Desespero. E até admiração. A maneira dela ser interpretada muda entre as gerações, mas uma constante é que todos a vêem como um símbolo de algo além dos seus alcances. Algo que não pode ser mudado. Enquanto eles acharem isso, esse mundo provavelmente não mudará”

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Este é o primeiro produto de concepção comercial do Shinkai. No título temos uma versão alternativa da História do pós-guerra. A exemplo da Coreia, o Japão havia sido seccionado em duas partes, divisão pela qual a ilha de Hokkaido passou a ser chamar Ezo e ficou sob controle da União (uma óbvia referência ao bloco soviético), enquanto o resto se manteve ao lado americano sob a denominação Aliança. O militarizado espaço da União construiu uma torre absurdamente alta que poderia ser vista a olhos nus mesmo de Tóquio. Ninguém sabia ao certo sua função, mas a desconfiança de seu sentido militar era certa.

O roteiro gira em torno de dois garotos, Hiroki Fujisawa e Takuya Shirakawa, ambos interessados pela mesma menina, Sayuri Sawatari, e empregados na indústria bélica da Aliança. O sonho dos dois era construir um avião caseiro para mirar com os próprios olhos a torre de perto (novamente, há paralelos com a produção caseira de animação do Makoto). Eles fazem uma promessa de irem juntos ao monolítico monumento dentro do espaço aéreo da União.

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Aqui há um forte discurso científico e a presença de teorias da física quântica. Se em Hoshi no Koe falamos de dobras espaciais simbolizando distâncias, aqui estamos falando de universos paralelos. Pessoalmente, não sou o maior fã deste título, mas os fãs do Shinkai costumam gostar. Não que eu veja grandes problemas, apenas não entrei na história. A meu ver sua maturidade chega com a obra seguinte:

Byousoku 5 centimeters (2007)

(5 Centímetros por Segundo / 秒速5センチメートル)

“- Ei, vai fazer os exames?

- Sim, para a Universidade de Tóquio.

- Tóquio… Entendo. Pensei que seria o que faria.

- Por quê?

- De alguma forma sempre soube que você iria a algum lugar distante”

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5cm/s é a velocidade com que a flor de cerejeira cai, e nomeia o ponto mais alto da carreira do Shinkai. Esta animação de 1h é dividida em três atos. No primeiro, ‘Flor de Cerejeira’, acompanhamos a amizade construída entre os toquiotas Takaki Tono e Akari Shinohara. Ela é apartada quando Akari se muda com a família para Tochigi e intensificada quando Takaki fixa residência no sul do Japão, em Kagoshima. O primeiro terço da animação focaliza no reencontro entre os dois após longa viagem e na sensação de que algo nunca mais seria o mesmo. O segundo arco, ‘Cosmonauta’, se preocupa com a vida de Takaki em Kagoshima e insere uma nova personagem, Kanae Sumida. O terceiro e último, ‘5cm/s’, conclui a história anos depois, mas não entrarei em detalhes para não estragar a experiência.

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Este é o título onde aquelas características enumeradas no início do texto melhor encontram execução. A insatisfação com a atual situação (Akari seguia vendo a previsão do tempo de Tóquio mesmo morando em outra província); o fluxo do tempo caracterizado pela troca de estações; o diálogo sempre comprometido pela passagem de um trem, por uma carta não entregue ou ligações telefônicas nunca completadas; e a corrida espacial usada como metáfora para os personagens: quando uma revista folheada entrega a manchete “Finalmente achou seu caminho além do Sistema Solar”, pode-se entender claramente quem é a sonda e quem era o Sol.

“Quando comecei a escrever mensagens que nunca enviei?”

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Primeiro sucesso internacional do diretor, a obra foi licenciada em mais de 30 países. Pela primeira vez aparece com nitidez a riqueza visual anteriormente citada. Como descreveu o Crítico Nippon no blog Elfen Lied Brasil,  ele faz “a câmera filmar sempre planos abertos, salientando o isolamento dos personagens”. Uma boa história, bem contada e tecnicamente diferenciada, uma união rara de forma e conteúdo. Foi feliz também na escolha musical que encerra o título, “One more time, One more chance”, que Masayoshi Yamasaki compôs em homenagem à namorada falecida no terremoto de Kobe em 1995. Caso exista um interesse no processo técnico do Shinkai, recomendo assistir ao primeiro ato no formato storyboard clicando aqui.

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Curiosamente sua história mais famosa antecipa a sua pior criação…

Hoshi Wo O Kodomo (2011)

(Children Who Chase Lost Voices / 星を追う子ども)

“- E assim, sua esposa morreu. Devastado pela tristeza, Izanagi decidiu viajar para a terra de Yomi, muito abaixo da terra, para buscar do mundo dos mortos sua falecida esposa, Izanami. Ao chegar lá ele finalmente encontrou sua esposa e ela lhe disse: ‘eu já me tornei moradora do mundo dos mortos’”

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Finalmente um longa metragem de duas horas. O início promete uma experiência espetacular. Logo de cara o espectador se depara com belíssimas imagens naturais. Uma câmera fixa na residência da protagonista acompanha, em segundos, a mudança dos horários do dia e das estações. Da noite primaveril ao ardor de um dia ensolarado de verão. Paranóicos detalhes com cores, troca de folhagens e trabalhos de luz – mesmo na incidência de uma lâmpada no piso de madeira – podem ser definidos como Scenery Porn. Infelizmente, daí pra frente a coisa desanda e este filme se torna a grande bomba na carreira do Shinkai.

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Ele abandona o tema do cotidiano e abraça o mundo fantasioso, numa tentativa de se aproximar (ou de homenagear) os trabalhos de estúdios como Ghibli e Disney. A menina Asuna e seu professor Morisaki decidem entrar no mundo dos mortos para buscar alguém que lhes é caro, numa óbvia reconstrução de vários mitos humanos, como o de Orpheu (Grécia) e de Izanagi-Izanami (Japão). O desenvolvimento, porém, é terrível. É rico em referências, mas capenga em execução. Muitos inclusive o acusam de plagiar o Miyazaki, mas não acho que seja o caso, até porque as referências soam óbvias demais para um oportunista. É apenas uma homenagem mal feita.

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O roteiro foi concebido na Inglaterra no breve período em que ele morou lá por pressão dos seus produtores. O filme tem muitos clichês. Personagens nada carismáticos apresentam comportamento esquizofrênico. Tanto quanto o roteiro, que parece sair do nada para desaguar em lugar nenhum. A tentativa era de criar algo menos japonês e falar uma língua mais universal, por isso mesmo a adoção de mitos que dialogam com diferentes culturas. No entanto o Shinkai é japonês até o osso, e creio que seu forte está menos em criar mundos fantásticos e mais em adicionar um pouco de poesia ao nosso mundo… mundano.

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Não gostei também do final escancarado, típico das produções Disneyficadas, que não deixam qualquer margem para um olhar interpretativo (relaxa, não tem spoiler aqui). O que ele apenas sugere com sutileza na última cena de 5cm/s (um sorriso que diz tudo sem afirmar nada), aqui ele te joga na cara literalmente. Ok, era uma produção comercial que custou muito dinheiro e levou 5 anos de trabalho, ele apenas jogou o jogo da indústria. E o resultado não ficou tão bacana.

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Dareka no Manazashi (2013)

(Someone’s Gaze /だれかのまなざし)

“Parece que a Aa-chan é velha demais para apreciar uma refeição com seus pais”

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Após levar muita paulada da crítica especializada, Shinkai retornou ano passado em grande estilo com esse curta de sete minutos. Se destaca um ganho de maturidade em dois aspectos. Primeiro no visual, ele mantém seu estilo, mas está um pouco mais econômico, entende que em certos momentos menos é mais. Em termos de narrativa, ele abandona os relacionamentos amorosos de adolescentes e descortina uma sensível história entre pais e filha. Ele continua fiel ao seu fio condutor – relacionamentos e distância -, mas apresenta um novo olhar sobre o tema. Você pode assistir na íntegra, em inglês, clicando aqui. (COLOCA ISSO EM HD!!)

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O conto, encomendado por uma empresa de empreendimentos imobiliários, demonstra como as atribulações do dia a dia podem desgastar os afetos. Alexandre Nagado, pesquisador de cultura pop japonesa que escreve no blog Sushi Pop, fez uma interessante observação: “normalmente, filmes publicitários de projetos residenciais mostram famílias felizes e idealizadas. Este mostra uma família que poderia ser a de qualquer um, com qualidades e defeitos, altos e baixos”. De modo curioso, Shinkai achou seu caminho de volta para casa numa peça publicitária de uma incorporadora.

Kotonoha no Niwa (2013)

(The Garden of Words /言の葉の庭)

“Honestamente, há apenas duas coisas que eu sei com certeza. Um: ela deve pensar que um garoto de quinze anos como eu não passa de uma criança. Dois: fazer sapatos é a única coisa que pode me levar para longe daqui.”

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O relacionamento amoroso volta no título mais recente da criação ‘Shinkaiana’, mas dessa vez envolvendo um adolescente de 15 anos, Takao Akizuki, cujo sonho é ser um designer  de sapatos, e uma mulher misteriosa, certamente mais velha, mas esquiva em todas as outras informações. Takao é o símbolo da nova juventude japonesa, hesitante em relação ao método escolar da era industrial, com sonhos de criar um negócio que lhe dê prazer e seja menos estressante (o lado não-radical do herbivorismo japonês). Em dias de chuva ele não suporta pegar o metrô para ir à escola, então ele vai a um parque em Shinjuku para desenhar sapatos nesse oasis verde em meio à selva de pedra da capital japonesa. Espírito livre, ele contraria o senso comum e se sente melhor em dias chuvosos. O Sol – a Deusa Amaterasu que deu origem ao povo japonês e sua tradição, segundo a mitologia – lhe passa a ideia de caminho ditado por outrem, não necessariamente o seu. Dias ensolarados apenas não lhe dizem respeito.

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Em meio à época de chuvas no Japão (junho), ele passa a ir quase diariamente ao parque, onde sempre encontra uma mulher que também mata o seu trabalho, não para desenhar, mas para beber cerveja e comer chocolate. Algo se desenvolve entre os dois tendo como  plano de fundo a chuva, que segundo o Shinkai é um personagem do filme, mesmo não tendo alma (em termos visuais, é minha obra favorita dele).

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Makoto defende que essa é a obra mais incompreendida no Ocidente. Isso porque todo o filme foi criado sob o conceito de amor. Mas não o amor que conhecemos por aqui, e os japoneses descrevem como Ai (愛), mas sim o amor escrito com o ideograma Koi (恋), que estaria mais relacionado a um sentimento de tristeza e desejo na solidão, uma necessidade física de afeto. Tanto Ai quanto Koi são traduzidos como amor, mas há sutilezas nas entrelinhas do idioma japonês que os diferenciam e os fazem ser aplicados em momentos diferentes (e o Japonês é a língua do discurso não dito, das sutilezas, do subentendido). Sinceramente, mesmo pesquisando eu não entendi direito a diferença, me peguei ‘lost in translation’, aceitei que é uma obra japonesa feita para o público japonês e azar o meu se posso apenas subaproveitá-la enquanto não sou fluente na língua.

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Por outro lado, uma coisa é clara. Os sapatos que ele desenha são os ‘passos’ que usará para construir seu futuro, caminho, farão seguir em frente apesar dos pesares. É a representação simbólica da mobilidade, do eterno fluxo, da inexorável impermanência, noções filosóficas caras ao pensamento japonês, originárias do budismo à moda chinesa. Tudo passa tudo sempre passará…

Ok, mas por onde começar?

Se você tem a intenção de assistir toda a obra do Shinkai, recomendo que faça como eu e siga a ordem cronológica de lançamento para entender como as coisas evoluíram. Se você quer ver apenas o que vale a pena, recomendo esta ordem: Dareka no Monozashi, 5cm/s, Hoshi no Koe, Kotonoha no Niwa. Eu não sou um grande fã de Kumo no Mukou e não gosto de Hoshi Wo o Kodomo, apesar de visualmente lindo. Veja se quiser. Os curtas independentes você pode assistir já após a leitura do texto. A única condição é: assista na máxima resolução possível. Se for para assistir em MP4 é melhor nem começar. Não faz sentido assistir Shinkai sem essa disposição.

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Considerações finais

Makoto Shinkai é uma montanha russa. Oscila entre o notável e o descartável. Costuma reunir fãs fervorosos e detratores raivosos. É indiscutível sua excelência técnica, bem como sua mesmice. Makoto me parece um exímio executor que tinha uma boa história para contar, e a remodelou de várias formas em diferentes títulos. Precisará se reinventar e se afirmar de modo mais assertivo como criador de narrativas se não quiser perecer como a eterna promessa da animação japonesa. Fãs mais exaltados costumam valorizar demais a beleza visual e às vezes ignoram fraquezas evidentes no resto do processo de criação.

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Por outro lado, ele carrega o peso das expectativas nas costas. Obras iniciais boas e a sombra de Miyazaki são um fardo pesado demais para um iniciante. Pessoas tentam, injustamente, demolir suas criações para demolir as comparações com um mestre da animação mundial. Não estar no nível do Miyazaki não é um demérito, na verdade é uma condição normal. Não gostar, considerá-lo superestimado e abaixo do nível do Hayao é compreensível (e eu concordo); achar que por conta disso o trabalho inteiro dele é de se jogar no lixo é um exagero dos críticos. Seus filmes estão trazendo uma mensagem importante para um povo vitimado pelos desastres naturais, como os de Fukushima em 2011: o desespero adolescente de Hoshi no Koe cedeu espaço à aceitação da impermanência dos títulos mais recentes.

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Todo mundo precisa reconhecer: ele arregaça as mangas e dá a cara à tapa. Shinkai escreve, anima, dirige, dubla, concentra várias atividades da criação nas próprias mãos e faz acontecer. Quando acerta colhe os louros, mas quando peca, assina o erro. Isso é admirável em um profissional. Sem ignorar o espírito empreendedor de abandonar o emprego para produzir animação independente (num país onde os animadores profissionais têm condições de trabalho precárias).

                Por tudo isso, Shinkai marcou a indústria do anime em dois momentos. Primeiro, ele mostrou que era possível criar conteúdo CG pessoal ainda nos anos 90, alterando a percepção dos profissionais da área. Quem diz isso é Yutaka Kamada da Doga: “eu também estava convencido que isto marcou a consolidação da animação pessoal como um genuíno meio de expressão“. Uma vez contratado, Shinkai demonstrou, com seu know-how adquirido no mundo dos jogos, todas as possibilidades que a computação gráfica poderia trazer para a indústria da animação japonesa, que naquela época ainda prezava por um modelo de animação analógico ou misto. Em outras palavras, ele ajudou a inovar a narrativa no cenário independente, e a técnica no cenário profissional. Não estamos falando de qualquer um!

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Resta saber se ele será capaz de se livrar deste cordão umbilical e dar a guinada em uma carreira de diretor capaz de trabalhar com temas diversos, ou se, como pensam os mais céticos, será apenas mais um. Uma coisa é certa. Ele pode não ser um gigante, mas está sentado nos ombros de um. Se você gosta de Shinkai, agradeça ao Miyazaki e lamente sua ausência. Mas siga em frente, pois como diz Shinkai em todas as suas obras, o show deve continuar, não importa quão grande é a perda.


Review – Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses (2013)

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Batalha Dos Deuses FilmeOi, eu sou o Luk!

Dragon Ball é um dos meus animes favoritos de todos os tempos. Sempre paro para assistir um episódio na TV não importa quantas vezes tenha passado. E como fã cego eu consigo aguentar até mesmo as piores coisas feitas sobre a ele. Seja Dragon Ball GT ou até mesmo o maravilhoso filme live action Dragon Ball Evolution (esse eu vi no cinema, pasmem). E os filmes em animação de Dragon Ball Z não fogem muito dessa baixa qualidade. Foram 13 filmes feitos ao todo e praticamente conseguiu me agradar, fora que muitos nem conseguiam se encaixar na cronologia direito. Até hoje lembro de um em que um inimigo Namekuseijin é derrotado porque o Gohan começou a assoviar uma música no seu ouvido. Talvez o único vilão realmente não explorado de forma correta nos filmes tenha sido Brolly, mas isso é assunto pra outro post.

Dragon Ball Z Batalha dos Deuses (10)Em 2012 uma notícia trouxe de volta Dragon Ball Z na boca dos fãs de todo o mundo. Chegava o 14° filme da série e esse teria o roteiro escrito pelo autor Akira Toriyama! A internet explodia a cada notícia, todos iam ficando animados com a possibilidade de uma continuação após o filme ser anunciado e a cada trailer lançado no YouTube. E para a surpresa de todos eles resolveram lançar o filme aqui no Brasil também! Inesperadamente até a minha cidade recebeu uma cópia e claro que eu corri para reencontrar meus velhos amigos na telona.

Sim, o review possui spoilers do filme. Leia por sua conta em risco!

Dragon Ball Z Batalha dos Deuses (11)A História

A paz no universo está prestes a acabar após Bills, o Deus da Destruição, acordar de um “cochilo” de apenas 39 anos. Bills teve uma premonição através de um sonho que falava sobre um possível rival que consiga lutar igual para igual com ele e apenas um nome rondava em sua cabeça: Deus Super Saiyajin. Ao lado de seu companheiro Whis, Bills resolve ir em busca de seu possível adversário e entender seu sonho. Os únicos que podem conhecer esse tal Deus Super Saiyajin são os Sayajins sobreviventes do Planeta Vegeta. Claro que estamos falando de Goku e Vegeta, que são os alvos de Bills nessa respectiva ordem. Mas enquanto isso, na Terra, a festa de aniversário da Bulma reuniu todos os guerreiros Z na corporação Cápsula. Vegeta segue treinando isolado em busca de uma forma perfeita e Goku está no planeta do senhor Kaioh fazendo o mesmo. Qual será a impressão de todos com a chegada do Deus?

Considerações Técnicas

Vamos deixar claro antes de qualquer coisa e informar que Dragon Ball GT não é desconsiderado da cronologia após esse filme como muitos diziam – até mesmo aqui no site informamos isso de forma errada em algumas notícias, uma vez que era o divulgado até então. A história de Battle of Gods se passa após a derrota de Buu e antes do torneio onde Goku encontra o jovem Uub.

Dragon Ball Z Batalha dos Deuses (7)Dragon Ball Z – A Batalha dos Deuses – título que recebeu em nosso país – foi lançado nos cinemas nacionais no dia 11 de outubro de 2013, cerca de 7 meses depois de sua estreia no Japão. Tá achando muito tempo? Em países como Espanha e Itália o longa demorou ainda mais pra chegar. O longa metragem possui cerca de 1 hora e 25 minutos de duração e aqui no Brasil, depois de muitos pedidos de fãs, foi dublado pela grande maioria dos dubladores originais – com exceção do Senhor Kaioh, por questões contratuais. Com direção de Masahiro Hosoda (Gash Bell), roteiros de Yuusuke Watanabe (Gantz – Live Action) e história original de Akira Toriyama, o filme faturou em nossos cinemas o suficiente para ter uma certeza de sucesso interminável da franquia de Dragon Ball Z no Brasil.

Mas falando sobre o filme em si, A Batalha dos Deuses apresentava trailers que aparentemente vendiam o filme como um de ação, mas você pode se surpreender nesse ponto. A Batalha dos Deuses é muito mais um filme de humor, quase remetendo aos tempos de Dragon Ball e seu humor clássico. Algumas piadas inclusive são bobas, sem graças e extremamente infantis, mas apesar de tudo carrega a mesma essência de Akira Toriyama durante toda a sua série. Um humor inocente e “feliz”, destacando mais do que nunca a infantilidade eterna de Goku em busca de uma “batalha perfeita” – a visita de Bills mostra bem esse ponto.

Dragon Ball Z Batalha dos Deuses (3)A história do longa em si é fraca. Brincamos que na verdade é um grande material para fãs matarem a saudade. O filme se alonga demais em alguns momentos sendo que no mínimo 20 minutos poderiam ser descartáveis. O filme começa com uma introdução ao “vilão” (que de vilão não tem nada) e depois disso temos a parte da festa da Bulma que basicamente é a responsável pela maior parte dos 85 minutos. Nela o plot se arrasta demais com cenas completamente desnecessárias, apenas para colocar uma piadinha aqui ou ali. Um exemplo disso é a existência do grupo Pilaf na trama. Mesmo sendo uma “homenagem” a um personagem clássico, o trio acabou sendo responsável por diversas cenas durante Battle of Gods, todas com cunho de comédia (ok, as partes com o Trunks foram bem boladas). Fora as trocentas cenas envolvendo Bills e Whis descobrindo a maravilhosa culinária japonesa e o seu desejo por um pudim. Enquanto isso temos um Vegeta que realmente perdeu todo o seu orgulho Sayajin e virou um alivio cômico – e que divide a reação do expectador entre um “Por que, Deus?” e um “Vegeta, você é um herói.”

Dragon Ball Z Batalha dos Deuses (14)O que sobra após tanto tempo perdido na festa da Bulma? Bom, temos as lutas que não realmente empolgantes, sendo que apenas uma é dignamente boa. A luta principal do filme é estranha pelo fato de não ser encarada de forma “séria” por nenhuma das partes. Goku não está preocupado com o resultado final, apenas com seu poder. Já Bills luta por diversão. Se você espera também alguma transformação incrível em “Deus” de Goku, pode parar por aí. Com uma aparência totalmente “sem graça”, tudo que vemos é uma paleta de cor diferente no cabelo e uma aparência mais esbelte. Por mais que eu ache o Super Saiyajin 4 horrível, ao menos tentaram fazer algo diferente e “evoluído”. Também vale um destaque para a luta de Vegeta e Bills. Apesar da explicação de Vegeta “ultrapassar” o poder de um Super Saiyajin 3 ser forçada, a ideia do afeto do príncipe por Bulma ser tão forte realmente é interpretada de uma forma bonita pelo melhor personagem do longa.

Se tivéssemos que apontar um grande defeito da animação, ele seria a falta de um sentimento de perigo e até mesmo seriedade vindo de Bills. Em nenhum momento ele realmente passou uma impressão de grande ameaçada. Tudo que ele queria era sua satisfação própria – que de fato poderia ter ocasionado a destruição de tudo, mas no fim era medido pelo seu bom humor e pela participação de seu ajudante (que é mais importante do que você espera). Bills não é um vilão. É apenas um personagem colocado no filme como ponto de força para enfrentar Goku e os outros guerreiros. Isso quebra um pouco a escrita de Dragon Ball, que desde Taopaipai ou Majin Boo, sempre teve um grande ocasionador de problemas reais. Isso não estraga a experiência do filme, mas são coisas que você pensa após o término do mesmo.

Dragon Ball Z Batalha dos Deuses (5)Quanto a animação temos um ótimo investimento se tratando de um filme para cinema de uma franquia que não busca grandes vôos como um Ghibli. Apesar de alguns frames engraçados e feitos “de última hora”, Batalha dos Deuses poderia ser explicado como “o que os fãs imaginavam que Dragon Ball Kai seria se os produtores tivessem refeito a série”. Tivemos momentos em que a tecnologia 3D foi usada em cenários ou pequenas passagens, mas nada que possa incomodar ou tirar a imersão. A trilha sonora também não é nada demais, e diria que um dos grandes pontos fracos da animação. Poderia ser mais explorada em certas partes. Pra compensar, tivemos o FLOW dando um toque de qualidade com a música tema.

Mas se existe algo que Battle of Gods acendeu, com certeza foi o final. Akira Toriyama dá a entender através de Bills que poderemos ver uma continuação ou uma expansão do universo de Dragon Ball Z, com tramas envolvendo outros universos e inimigos cada vez mais poderosos. Sabemos que o autor nunca foi fã de carteirinha de Dragon Ball GT e essa seria uma possibilidade de se “redimir” com os fãs. Mas não existe nenhum tipo de confirmação ou expectativa sobre isso, apenas boatos sem fundamentos na internet. Além disso, Toriyama já está velho e disse recentemente que não aguentaria um grande trabalho. Esse possivelmente seja o motivo para que Battle of Gods tenha sido a última grande aventura dos guerreiros Z.

Dragon Ball Z Batalha dos Deuses (8)Comentários Gerais

Dragon Ball Z – A Batalha dos Deuses definitivamente não é a última bolacha do pacote como boa parte das pessoas achavam que seria. Com elementos atrativos para os fãs clássicos da série e com uma comédia característica da série, o filme é um bom prato de recordação para os veteranos de batalhas, e um bom prato de apresentação para as crianças que não conhecem perfeitamente a história de Goku – imagino que uma criança de 10 anos pirou com um filme assim. Sendo um filme lançado por aqui no Dia das Crianças, Dragon Ball Z serviu para revitalizar um público que nunca morre no Brasil, de uma das franquias mais queridas e rentáveis em nosso solo.

Além disso, diria Battle of Gods foi uma porta interessante para estimular mais as produtoras a trazer animações japonesas para cá. É uma forma de dizer que, trazendo o “certo” ainda temos uma ponta de esperança.

Dragon Ball Z Batalha dos Deuses (2)Antes de acabar, um último ponto: Não deixe de assistir os créditos. São maravilhosos e nostálgicos para quem acompanhou a historia pelo mangá. E quem conseguiu acompanhar no cinema tenho certeza que se emocionou com o último Kame-Hama-Ha.

OBS: O filme agora está disponível no Netflix Brasil.


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